segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Stir of Echoes (Richard Matheson)

Mais um livro de um autor que dispensa apresentações, e mais um livro excelente. Este conta-nos a história de Tom Wallace, que, depois de uma sessão de hipnotismo realizada em ambiente de brincadeira, começa a captar manifestações do paranormal. E o início desses estranhos fenómenos processa-se quando vê, pela primeira vez, a figura de uma estranha mulher parada na sua sala.
O que mais admiro em Richard Matheson é a sua capacidade de misturar, com um toque de génio, os elementos do medo e do horror, com uma profunda e poderosa abordagem dos sentimentos e das relações. No caso deste livro, é impressionante a forma como os novos dons de Tom intervêm nas suas relações afectivas, tanto com a esposa como com os amigos e vizinhos. A esse aspecto junta-se a sombra de uma loucura possível (talvez provável) e o resultado é uma obra de arte em 200 páginas.
Para todos os fãs do horror, este é um imperdível. E se viram o filme protagonizado por Kevin Bacon, supostamente baseado neste livro, esqueçam o filme e leiam. Porque é muito mais que a diferença entre a escrita magistral de Matheson e a passagem da história à imagem. Mais uma vez (como em Eu Sou a Lenda), a história do livro e a do filme são completamente diferentes.
Sem dúvida que recomendo este livro: é uma leitura rápida, viciante e genial. Quanto a mim... Vou à procura de mais livros do autor.

domingo, 30 de agosto de 2009

Jardim sem Muro (José Leon Machado)

Este é um daqueles livros que me surpreendeu muito e pela positiva. Não estava à espera de gostar tanto deste conjunto de 19 contos que, de uma forma ou de outra, abordam as relações humanas, através dos amores, das paixonetas e de outros afectos similares.
Escritos de uma forma clara e precisa, sem floreados desnecessários, são histórias reais, fragmentos que poderiam ser retirados do quotidiano de cada um. E é por isso que cada leitor encontrará, numa ou noutra personagem, nalgum dos acontecimentos relatados, um ponto com que se identificar e uma história com que se comover.
Sem dúvida, um livro marcante pelo seu realismo e pela forma sempre surpreendente com que nos vamos encontrando connosco próprios, esta é uma daquelas obras para saborear devagar e atentamente. Acima de tudo, é um livro em que, ao chegar ao final de cada conto, nos deixa na mente a sua história e as suas reflexões.
Magnífico.

sábado, 29 de agosto de 2009

Os Passos do Destino: um e-book

Saudações.
Este pequeno post serve para fazer alguma auto-promoção (porque também dá jeito). E isto basicamente para dizer que já podem encontrar no link http://www.neolivros.com/index.php?/neo/bem_vindo_a_neolivros_com/os_passos_do_destino o e-book onde eu e a Carina Portugal (também conhecida como Leto of the Crows) juntámos uns quantos contos de fantasia.
Apareçam, explorem, leiam... e digam-nos coisas! :) Nós agradecemos.


O Espelho Quebrado (Brian Keaney)

Continuam as aventuras de Dante Cazabon e dos seus amigos. A sua luta, contudo, nada tem de fácil e, à medida que novas revelações vão surgindo, o caminho a seguir torna-se progressivamente mais complexo, exigindo dos nossos protagonistas as mais difíceis decisões e sacrifícios.
Neste segundo livro, apesar de pequeno, aumenta a complexidade do enredo. Novos elementos são introduzidos na história e as múltiplas referências mitológicas do mundo criado pelo autor tornam-se mais palpáveis. É fascinante ver a forma como Keaney transferiu para um mundo completamente diferente as diversas crenças e rituais de várias mitologias, criando com elas uma unidade.
Acessível e fluída, a escrita continua a transportar o leitor através da história como um fascinado visitante que, ao ver o desenrolar dos acontecimentos, não consegue deixar de seguir a acção até ao fim. E, mais uma vez, o final imprevisível deste livro deixa-nos ansiosos por saber o desenlace desta complexa história.
Por último, mas também muito importante, a forma como o autor trata os sentimentos e as relações entre os personagens. De forma precisa e clara, mas sem se perder demasiado nas emoções, Brian Keaney leva o leitor a partilhar o medo, a dúvida e a tristeza, mas também a felicidade face às pequenas vitórias, das personagens que nos apresenta. E é por isso que este livro, para mim, só teve um pequeno senão: chega-se ao fim tarde demais, quando se desejava continuar de imediato.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Gente Vazia (Brian Keaney)

Gehenna é um país onde sonhar é visto como uma perturbação mental grave e passível de ser punida com o internamento num asilo. E é neste lugar obscuro e dominado pelas regras que vamos encontrar Dante Cazabon, o protagonista desta história. Dante é-nos apresentado como o ponto mais baixo na hierarquia de tarefas, o filho de uma louca. O que ninguém sabe é que, apesar do ritual da maioridade, Dante continua a sonhar. E é por isso que, depois de conhecer Bea, a vida do jovem muda radicalmente, devido à chegada de um perigoso prisioneiro de nome Ezekiel Semiramis.
Gente Vazia é um livro pequeno, de leitura simples e rápida. A sua história, contudo, tem muito que se lhe diga. Original e curiosa, escrita de uma forma acessível mas cativante, esta é uma narrativa que tem tudo para agarrar o leitor. Com um ritmo de acção bastante acelerado, sem momentos parados, e uma série de revelações imprevisíveis, este é um livro que consegue agarrar o leitor desde o início: primeiro devido à invulgaridade do seu mundo, depois devido à ânsia de novas revelações que inspira aos que seguem as aventuras de Dante, Bea e Semiramis. E este é apenas o início. A história continua em O Espelho Quebrado.
Para os fãs de uma boa história de fantasia, não posso deixar de recomendar este livro, tanto a jovens como a adultos. Quer pela original magia da sua história, quer pela abordagem que apresenta perante as relações e as hierarquias sociais, este é um livro que tem muito para agradar. Muito bom.

Senhores da Noite: um livro e um blogue



O livro que vos quero apresentar ainda não foi publicado... mas será em breve. Por isso, e para já, deixo-vos o espaço a ele dedicado.

Falamos de um livro chamado Senhores da Noite, situado no género da dark fantasy e escrito pela vossa companheira de leituras deste espaço. Para já não há muitas novidades, mas fica já o convite para uma visita. Sempre que haja algo de novo a divulgar, por lá aparecerá.

Espero que apreciem.

Até breve...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Novidades da Planeta para a rentrée

São muitas e esplêndidas as novidades que a Planeta trará aos seus leitores até ao final de 2009. Deixo-vos alguma informação sobre cada uma delas.

Uma Noite não são Dias, Mário Zambujal
Na Avenida Vertical, nome de uma torre habitacional de 98 andares no ano de 2044, ocorrem dois misteriosos assaltos, e ali nascem paixões, intrigas e descobertas surpreendentes.
Trata-se do regresso à ficção do incontornável jornalista e escritor português que, ao longo de vários anos de sucesso editorial, conquistou, com o seu estilo pautado de humor e sensibilidade, um público fiel.

O Destino do Capitão Blanc, Sérgio Luís de Carvalho
A história tumultuosa e apaixonada de um militar português que presencia um massacre em França, no final da Primeira Guerra Mundial. Baseado em factos reais, este novo romance histórico, cujo autor representa já uma referência no género, retrata a árdua vida das trincheiras, as batalhas, as revoltas e o quotidiano de homens em luta, bem como o sofrimento das mulheres e as esperanças perdidas de toda uma geração, entre a guerra e o amor.

Inveja - Um Mal Secreto, Zuenir Ventura
A Planeta continua a divulgar junto do público português os grandes nomes da literatura brasileira. Jornalista e professor há quase 40 anos, Zuenir Ventura trabalhou como repórter, redactor e editor em vários jornais e revistas e viu a sua obra premiada com as maiores distinções. A Planeta reedita o clássico Inveja - Um Mal Secreto, livro que convida o leitor a entrar num universo por tantos negado mas por muitos vivido: o da inveja. Ao investigar sobre este complexo assunto, o autor esbarrou em histórias fascinantes de amor, medo e morte. Sobre a obra, Miguel Sousa Tavares comentou: "O Zuenir esmagou a inveja, tendo o dom de não pertencer ao nímero dos que se deixam esmagar por ela".

Drácula, O Morto Vivo, Dacre Stoker
Emagador e aterrorizante, Drácula, de Bram Stoker inspirou cineastas e impressionou gerações. A Planeta publica agora a sequela oficial deste clássico, que será levado à tela. Escrito a partir das notas descobertas acidentalmente por Dacre Stoker e reconhecidas pelos documentaristas oficiais, este livro retoma a história 25 anos depois e segue os passos de Quincey Harker, filho de Jonathan e Mina.

A Talentosa Flávia de Luce, Alan Bradley
No género policial, este é um livro de um autor premiado, vencedor do prémio Crime Writer's Association Debut Dagger. A Talentosa Flávia de Luce tem como protagonista uma menina de one anos. A original detective, com habilidade para fabricar venenos no seu laboratório caseiro e desvendar segredos de família, é um sucesso internacional e já inspirou um clube de fãs na internet.

Paraíso Inabitado, Ana Maria Matute
Um dos maiores nomes das letras espanholas, esta autora nasceu em 1926 e foi consagrada com os prémios Nadal e Planeta, ainda nos anos 50, o início de uma carreira aclamada pelo público e pela crítica. Depois de 8 anos de silêncio literário, a escritora apresenta a sua obra mais autobiográfica, uma ode à infância e à fantasia, num mundo frio e em ruptura.

O Mapa do Tempo, Félix J. Palma
Um dos escritores mais surpreendentes da nova geração em Espanha, traz aos leitores portugueses a possibilidade de viajar no tempo. Uma história de amor, mistério e suspense, que cruza várias épocas, entre a Inglaterra vitoriana, a sombria Londres de Jack, o Estripador e o globalizado século XXI. Nesta alucinante aventura, HG Wells, o inventor das viagens no tempo, é uma das personagens.

Do Meu Bairro de Lata a Hollywood, Rubina Ali
Esta é a história de uma meninna de 9 anos que nasceu num bairro pobre de Bombaim e que se viu no centro do glamour de Hollywood ao protagonizar Latika no filme Quem Quer Ser Bilionário, vencedor de 9 óscares em 2009. Um testemunho na primeira pessoa, recolhido pela conceituada jornalista francesa Anne Berthod, onde a jovem actriz fala da sua vertiginosa vida e esclarece todas as polémicas levantadas pelos media em torno da sua vida actual.

Um Arco-Iris na Noite, Dominique Lapierre
Autor de Oh Jerusalém, este notável investigador traz-nos a épica história da construção de uma nação (África do Sul), desde o século XVII até aos nossos dias, relatando com rigor e mestria narrativa a aventura dos primeiros colonos, os grandes conflitos, a construção do regime do apartheid, a resistência de uma população oprimida e a vida extraordinária do seu líder, Nelson Mandela.

O Crash de 2010, Santiago Niño Becerra
O respeitado professor catedrático de Economia, com ampla presença nos media espanhóis, aborda de forma desarmante o tema, partindo da premissa que o maior impacto da crise ainda não foi sentido.

Fúria, L.J. Smith
O terceiro livro da série Crónicas Vampíricas, das quais o primeiro livro, Despertar, já está em terceira edição. Em Setembro estreia nos Estados Unidos a série baseada nestas obras que, escritas nos anos 90, se afirmaram como precursoras do género.

A Cidade dos Ossos, Cassandra Clare
Também enquadrado na literatura fantástica, mas para um público mais maduro, este é o primeiro volume da série Caçadores de Sombras, uma obra incontornável da literatura fantástica, dirigida a um público urbano e adulto, que mergulha o leitor num universo que combina cenários cosmopolitas e modernos com as lutas ancestrais entre anjos e demónios. A série mereceu já a aprovação internacional do público, da crítica e os elogios de Stephenie Meyer.

Apostas da Gailivro para o final de 2009

Os últimos meses de 2009 na Gailivro serão de glória no que toca à literatura fantástica. Para além de O Nome do Vento (Patrick Rothfuss) e Infecção (Scott Sigler), estão ainda previstas uma série de novidades.

Comecemos por uma aposta no fantástico nacional. Falamos do livro As Atribulações de Jacques Bonhome. Trata-se de um conjunto de contos de ficção científica, situados num futuro próximo e muito sombrio, da autoria de Telmo Marçal.Uma outra obra que se prevê de sucesso e que tem reunido boas opiniões a nível mundial, é O Homem Pintado, de Peter V. Brett.

Para além dos já referidos, está nos planos de publicação uma obra de John Scalzi, conhecido autor de ficção científica, um novo livro de Christopher Moore (O Bobo) e ainda mais uma obra de Anne McCaffrey (A Canção do Dragão).

Será, sem dúvida, um final de ano com excelentes novidades e muito boas leituras. Ficam aqui os meus parabéns à Gailivro por esta grande aposta no fantástico.

O Segredo do Alquimista (Scott Mariani)

Benedict Hope é um homem perturbado pelo passado. Ex-militar, dedica a sua vida a salvar crianças raptadas. Os seus problemas, contudo, começam quando Fairfax, um milionário, o contrata para descobrir, com o alegado fim de salvar uma criança moribunda, um manuscrito medieval que oculta o segredo do elixir da longa vida. Ainda assim, Fairfax não é o único a desejar esse segredo e o resultado é um livro cheio de acção, surpresa e momentos imprevisíveis.
A fórmula deste livro é uma já bastante conhecida: tesouros medievais, enigmas ocultos e gente que está disposta a tudo para possuir um grande segredo. O que o torna, pois, uma boa leitura? Para começar, a escrita fluente, acessível e viciante que, capítulo atrás de capítulo mantém o leitor agarrado ao livro. Depois, as teorias e referências do conhecimento alquímico e da história medieval, explicados de uma forma tão simples, mas tão precisa, que é impossível o leitor não imaginar o que é descrito. Por último, a tremenda carga emocional do protagonista que, em busca de um objectivo para compensar o passado, não deixa de vislumbrar, ainda que isso não o detenha, que não existe, afinal, redenção.
Para quem procura um livro mais complexo, é provável que este não seja o livro ideal. Mas para quem aprecia este género de literatura, simples e envolvente, para esquecer o mundo em redor ao mesmo tempo que se entra na vida das personagens, este é, sem dúvida, um livro para devorar. Eu gostei muito.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O Vendedor de Ilusões (Gilberto Pinto): Uma Novidade da Fronteira do Caos

Título: O Vendedor de Ilusões
Autores: Gilberto Pinto
Editora: Fronteira do Caos Editores
Colecção: Ficção Contemporânea
PVP: 11.90 euros
Data de Publicação: Agosto de 2009
Formato: 15,00 cm x 22,00 cm
Número de Páginas: 110pp
Suporte: Livro
Isbn: 978-989-8070-39-5

Trabalhava sozinho desde que o seu mestre morrera, havia mais de quatro anos. Acompanhara-o desde criança pelos caminhos sem fim, perseguindo as feiras e as romarias. Com ele aprendera todos os truques que conhecia, a destreza com os dedos das mãos, o olhar enigmático com que devia enfrentar a multidão e o segredo de oferecer no instante certo o que os outros, sem o saberem, desejavam ver. O mestre ensinara-lhe que só com a magia os homens conseguiam compreender o mundo. Nessa verdade acreditava, era um Vendedor de Ilusões e disso decidiu fazer o seu modo de vida. Até surgir aquele dia de Inverno em que os alicerces do seu mundo haveriam de ruir. Tudo terminaria na primeira manhã de Abril.
No universo de O Vendedor de Ilusões o insólito e o fantástico passeiam-se de mãos dadas com a normalidade do quotidiano. Transformam-na numa realidade nova, enriquecida com aquilo que o nosso olhar procura insistentemente e tão raras vezes encontra. Perturbador, imprevisível e implacável é o lugar onde se movem as personagens deste livro. Como, afinal, é o mundo onde todos nos movemos.

Jogo de Espelhos (David Mourão-Ferreira)

É um livro curioso este Jogo de Espelhos. Ou, como o próprio autor afirma, este conjunto de dois livros reunidos num só. No primeiro, os aforismos que o constituem falam basicamente das regras e contra-regras da sedução. No segundo, vemos pequenas frases onde o autor fala de si próprio, de como se vê e do que observa do mundo.
Breve, de leitura rápida apesar do seu número de páginas, este é um daqueles livros que, para ser devidamente apreciado, não se deve ler de uma só vez. Ao lê-lo todo de seguida, há pensamentos que se tornam repetitivos, imagens que não se captam devidamente e reflexões que ficam por fazer. Ao ler apenas uns poucos aforismos por dia, contudo, é possível vislumbrar uma mensagem maior nalgumas frases. Noutras, encontrar a imagem que o autor quis plantar nas suas breves palavras. Noutras ainda, conhecer a verdadeira identidade do autor quando olha para si próprio.
Não o consideraria um livro para todos os leitores, apesar de qualquer leitor ter um pouco para aprender destas duas visões em paralelo. É, ainda assim, uma leitura agradável e dou o meu tempo por bem empregue. Para quem queira reflectir um pouco através de uma leitura breve, este pode ser um livro adequado.

Novidades da Gailivro para Setembro

Título: O Nome do Vento
Autor: Patrick Rothfuss
Preço: 19,90

«Da infância como membro de uma família unida de nómadas Edema Ruh até à provação dos primeiros dias como aluno de magia numa universidade prestigiada, o humilde estalajadeiro Kvothe relata a história de como um rapaz desfavorecido pelo destino se torna um herói, um bardo, um mago e uma lenda. O
primeiro romance de Rothfuss lança uma trilogia relatando não apenas a história da Humanidade, mas também a história de um mundo ameaçado por um mal cuja existência nega de forma desesperada. O autor explora o desenvolvimento de uma personalidade enquanto examina a relação entre a lenda e a sua verdade, a verdade que reside no coração das histórias. Contada de forma elegante e enriquecida com vislumbres de histórias futuras, esta “autobiografia” de um herói rica em detalhes é altamente recomendada para bibliotecas de qualquer tamanho.» Library Journal

«O romance de estreia de Patrick Rothfuss, primeiro volume de uma trilogia épica intitulada Crónica do Regicida, não apenas consegue estar à altura dos louvores prévios à publicação (Elizabeth Wollheim,
presidente da DAW chamou-lhe “o romance fantástico mais brilhante que li em mais de trinta anos como editora”), como os ultrapassa. Quando os apreciadores da fantasia iniciam a leitura de O Nome do Vento, deverão estar preparados para perder todo o contacto com o mundo exterior, deixando-se submergir numa história original e cativante de magia, amor e aventura… Com a edição do seu primeiro romance, Rothfuss (que já foi comparado a autores como Terry Goodkind, Robert Jordan e George R.R. Martin) vê o caminho aberto para ser coroado como novo rei da fantasia épica. O Nome do Vento não se limitará a impressionar os apreciadores veteranos da fantasia. Deixá-los-á extasiados, com uma potência narrativa nova e absolutamente avassaladora.» Paul Goat Allen para a Barnes & Noble Review

«Um livro magnífico, uma história notável, altamente cativante e apaixonante. Os meus parabéns ao jovem Pat… O seu primeiro livro é FANTÁSTICO… Uau!» Anne McCaffrey, autora bestseller de The Dragonriders of Pern

O autor:

«Rothfuss é o novo grande autor de fantasia que esperamos há muito e este livro é surpreendente…»
Orson Scott Card, autor bestseller de Ender’s Game
«Patrick Rothfuss dá-nos uma estreia fabulosa, erguendo-se com firmeza no palco principal do género fantástico e semprecisar de aquecimento. Jordan e Goodkind lançarão olhares nervosos sobre os ombros!», kevin J. Anderson, co-autor bestseller de Hunters of Dune

Título: Infecção
Autor: Scott Sigler
Preço: 17,90

Por toda a América, uma misteriosa doença está a transformar pessoas normais em assassinos delirantes e paranóicos, que cometem atrocidades brutais em estranhos, em si próprios e até mesmo nos seus familiares.
A trabalhar sob sigilo governamental, o operacional da CIA, Dew Phillips, cruza o país de lés a lés, numa tentativa vã de apanhar uma vítima viva. Dispondo apenas de corpos em decomposição como pistas, a epidemiologista do CDC, Margaret Montoya, corre contra o tempo para analisar as evidências científicas, descobrindo que os assassinos têm algo em comum: foram contaminados por um parasita criado por bioengenharia, cuja complexidade vai muito além dos limites da Ciência.
Perry Dawsey – um corpulento e antigo ás de futebol americano – confinado a um cubículo e resignado à vida de assistente de informática, acorda uma manhã e descobre que tem várias tumefacções a crescerem-lhe no corpo. Em breve, ele dará consigo a agir e a pensar de forma estranha, a ouvir vozes… está infectado.
Torna-se, assim, possível que o destino da Humanidade dependa da guerra sangrenta que Perry terá de travar com o seu corpo.

O autor:
Scoot Sigler é autor de narrativas para podcasts mais bem sucedido do mundo. Sigler vive em São Francisco com a mulher, Jody, e dois cães.
Mais informações em: scottsigler.com e infectednovel.com

Infecção é a primeira grande publicação impressa de Scott Sigler, um fenómeno da Internet cujas publicações áudio, destinadas apenas a podcasts, atraíram um número incrível de fãs, com mais de três milhões downloads de episódios individuais. Sigler assalta agora as prateleiras das livrarias com esta novela cinematográfica, de ritmo imparável, misturando e conjugando géneros, como o terror, o thriller tecnológico e o suspense.

Outros Domínios (Amadeu Baptista)

Magnífico é o mínimo que se pode dizer deste livro de poesia, pequeno no tamanho, mas imenso na sua profunda força. Neste Outros Domínios, designado com o subtítulo de Clamor por Florbela Espanca, Amadeu Baptista apresenta-nos toda a sua magia poética, forte, imaginária e transbordante de significado.
Nas suas múltiplas referências bíblicas, complementadas por um sujeito poético feminino que sente com uma profundidade majestosa, o autor parece reflectir um alter-ego de Florbela, como se, sem perder a sua identidade própria, cantasse em uníssono com a trágica voz da poetisa. E é isso que torna este livro tão sublime. É como se pudéssemos ver Florbela a meditar sobre a charneca, os silêncios, a solidão e o seu irmão Apeles. Mas não é a voz da poetisa que canta, mas a voz de que quem vê a sua procura com os seus próprios olhos e a sua identidade poética.
Uma obra imperdível na poesia portuguesa. Todos deviam ler este livro.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sacanas sem Lei (Quentin Tarantino): uma novidade da editora Contraponto

Sobre a obra: 1944: o nazismo espalha a sua sombra negra por quase toda a Europa. A opressão, a tirania e a perseguição ameaçam tomar conta do velho continente. A única esperança que resta aos combatentes da liberdade é fazer jogo sujo.Um esquadrão muito especial de soldados americanos está a deixar uma marca – ou melhor, uma cicatriz – no exército do Terceiro Reich. São uma mistura de soldados, mercenários, psicopatas e filhos-da-mãe, um exército-sombra conhecido como… Os Sacanas Sem Lei. Atravessam a Europa ocupada com um objectivo muito simples: caçar nazis. Apanhar tantos quantos conseguirem. E dar bem cabo deles.Shosanna Dreyfuss é uma judia francesa que vive, sob identidade falsa, em Paris. Viu toda a sua família exterminada por um infame oficial das SS conhecido como «o Caça-Judeus». Mais do que a própria sobrevivência, o que Shosanna ambiciona é pôr fim ao reino de terror dos Nazis e fazê-los pagar bemcaro pelos seus crimes.Quando os caminhos de Shosanna e dos Sacanas se cruzam, uma orgia de vingança incendiária está prestes a acontecer… Um épico de guerra e ao mesmo tempo uma homenagem comovente e sentida à sétima arte, Sacanas Sem Lei é Tarantino no seu melhor.

Sobre o Autor: Quentin Tarantino escreveu e realizou Cães Danados, Pulp Fiction, À Prova de Morte, Jackie Brown e Kill Bill. Escreveu os argumentos de Amor À Queima-Roupa, Assassinos Natos e Aberto Até de Madrugada. O seu nome é sinónimo de cinema transgressivo, inovador e de génio. Sacanas Sem Lei é o seu projecto-fetiche, e Tarantino trabalhou durante dez anos no guião.

«Já lemos o guião de Sacanas Sem Lei… e é tão louco, exagerado e delirante quanto esperávamos! Este é definitivamente o melhor texto da carreira de Tarantino. Combina a sua paixão por clássicos do cinema (filmes de guerra, Westerns e até cinema alemão do pré-guerra), a sua atracção por personagens femininas fortes e a sua tendência para extremos visuais e narrativos. Lê-se como se fosse uma mistura entre Kill Bill, Doze Indomáveis Patifes e Cinema Paraíso.»
New York Magazine

Guia do Aleitamento Materno (Clare Byam-Cook): uma novidade ArtePlural

Sobre a obra: Fácil de consultar, este guia reúne conselhos práticos sobre o aleitamento materno para quem acabou de ser mãe ou está prestes a ter um bebé. Cada vez há mais mães a optar pelo aleitamento materno, mas enquanto umas se sentem perfeitamente à vontade, outras têm mais dificuldade e precisam de ajuda no início. O Guia do Aleitamento Materno dá conselhos simples e motivadores para dar de mamar com facilidade e fazer da amamentação uma experiência maravilhosa para si e para o seu filho, dando indicações úteis sobre:

Como preparar-se para o aleitamento materno

O que esperar nos primeiros tempos

Como resolver os problemas comuns

Este pequeno guia responderá a todas as suas questões e dar-lhe-á a confiança necessária para amamentar com sucesso.

Sobre a autora:Clare Byam-Cook estagiou como enfermeira no Westminster Hospital e graduou-se em 1976. Depois de frequentar um curso de parteira no Pembury Hospital, em Kent, finalizado em 1979, Clare trabalhou durante quatro anos no Queen Charlotte’s Hospital, em Londres, até ao nascimento do seu primeirofilho. Em 1982 foi convidada por Christine Hill, professora de pré-parto, para ser especialista em amamentação no seu Centro em Chiswick, e aí se tem mantido até hoje. Durante todos estes anos a trabalhar com Christine Hill, Clare ganhou uma incalculável experiência em tudo o que tem a ver com aleitamento materno e artificial, bebés chorões (e mães choronas!) e cuidados diários a recém-nascidos. Para esta enfermeira, não há melhor experiência do que aquela que pode ser adquirida na situação privilegiada de poder contactar vezes sem conta com os mesmos problemas. Os conselhos que ela dá neste livro resultam de todo o conhecimento obtido ao longo dos vários anos em que tem feito assistência domiciliária e não apenas de leituras académicas.

Espionagem no Deserto (San Antonio), uma novidade das Edições O Quinto Selo

Sobre a obra:Imaginem que Alcides Sulfúrico, mais conhecido nos meios da espionagem pelo nome de código SO4 H2, foi raptado, no regresso de uma importante missão à China Popular, por um comando de rebeldes árabes no árido país de Kelsaltan!Conhecem o Kelsaltan? Pois bem, este país situa-se exactamente no ângulo do Golfo Pérsico com a avenida Raymond-Poincaré... Quer dizer... Para lá chegar é preciso, em dorso de camelo, atravessar o grande Rasibus, o deserto da sede... Ironicamente foi preciso, para acompanhar o vosso valoroso San-Antonio nessa missão perigosa, apelar a Pinaud e, sobretudo, a Bérurier! Não vos digo mais...Juntai-vos à nossa estranha caravana e vinde visitar o harém do xeque Bérurier(um xeque bem fornecido, por sinal).

Sobre o autor:Frédéric Dard nasceu em França ano ano 1921. Filho de trabalhadores foi educado pela avó, na qual se inspirou para criar a personagem de Félicie, a mãe de San-Antonio. "Tudo o que sei foi ela que me ensinou, foi ela quem me transmitiu o gosto pela leitura", dizia. Após a crise económica dos anos 30, vai viver para Lyon e é aqui que começa a trabalhar como jornalista e escreve asprimeiras obras, onde se percebe a influência de Georges Simenon e de Céline, mostrando um dom de expressão notável. Casado e pai de família, troca Lyon por Paris, onde publica o primeiro romance como San-Antonio, mas sem sucesso. Mas insiste e conquista o público que se deleita ao ritmo de três a cinco obras de San-Antonio por ano, sem contar os livros publicados com o seu verdadeiro nome e com pseudónimos. Não só é autor de 330 títulos, como também conta com um inventário de mais de 20 000 neologismos. "Fiz a minha carreira com 300 palavras, tudo o resto foi inventado." Frédéric morreu a 6 de Junho de 2000, na Suíça. Ainda hoje, meio século após a criação de San-Antonio, as aventuras e o brilhante humor desta personagem continuam a cativar milhões de leitores.

A Princesa de Cléves (Madame de Lafayette): uma novidade da Bico de Pena

Sobre a obra: Publicado anonimamente em 1678 e recebido com fervor por leitores em toda a Europa, A Princesa de Cléves é considerada uma das obras fundadoras danarrativa literária moderna.Mademoiselle de Chartres é uma jovem aristocrata que chega à corte de Henrique II para encontrar um marido com boas condições sociais e financeiras. Contudo, velhas intrigas de corte e invejas familiares fazem com que a jovem receba escassa atenção da parte dos melhores pretendentes. Finalmente, segue a sugestão da mãe de aceitar a proposta de um admirador fiel, se bem que não muito interessante, e casa-se com o Príncipe de Cléves. Pouco tempo depois do seu casamento, conhece o encantador Duque de Nemours, por quem se apaixona irreversivelmente. Dividida entre a fidelidade e o desejo, a Princesa de Cléves trava um longo combate interior para decidir qual será o seu dever – permanecer com um marido que a aborrece ou entregar-se ao homem que ama. Contudo, o tempo não favorece a resolução deste dramático triângulo amoroso.Toda a complexidade dos dilemas afectivos é magistralmente espelhada neste clássico da literatura. A elegância do seu estilo, a riqueza da análise psicológica, a perspicácia e subtileza dos diálogos e a força da descrição de ambientes fazem de A Princesa de Cléves uma obra intemporal.

Sobre a autora: Marie-Madeleine Pioche de la Vergne, Condessa de La Fayette – mais conhecida como Madame de Lafayette – nasceu em 1634 em Paris, numa família da baixa aristocracia favorecida pelo Cardeal Richelieu. Aos dezasseis anos, tornou-se dama de honor da rainha Ana de Áustria e estudou Latim e Italiano com Gilles Ménage. Através dele, foi apresentada nos salons literários de Madame de Rambouillet e Madame de Scudéry, que passou a frequentar avidamente. Mais tarde, através de uma ligação familiar, conheceu a escritora e mulher de letras Madame de Sévigné, com quem formou uma amizade que durou toda a vida. Em 1655 casou com o Conde de La Fayette, de quem teve dois filhos. Tinham longas estadas nas suas terras em Auvergne e Bourbonnais, embora Madame de La Fayette nunca deixasse de frequentar a sociedade e a corte parisiense, chegando a ter o seu próprio salon literário. Privou com La Rochefoucauld, através de quem conheceu Racine e Boileau. Após a morte do marido e de LaRochefoucauld, afastou-se progressivamente da vida social. Faleceu em 1693.

Marcas de Urze (Catarina Costa)

Carregado de hermetismo e de significados ocultos, este pequeno conjunto de poemas é, na sua totalidade, um livro para pensar. Para reflectir acerca dos deuses e dos homens, da fome e da miséria, da vida e da morte. Cada poema rasga sulcos na mente do leitor com a profundidade das suas palavras e as imagens que com essas palavras cria.
Ao longo das suas (poucas) páginas, Catarina Costa apresenta-nos a sua poesia cuidada e elaborada, mas, acima de tudo, mágica pela sua mensagem. Dividido em quatro partes, este Marcas de Urze tem o tom de uma elegia que se repete em ciclos, cada um deles único e irrepetível.
Não é uma leitura simples. A autora não hesita em recorrer a palavras mais complexas e referências que para alguns serão desconhecidos, mas todos esses elementos são partes essenciais da harmonia final deste Marcas de Urze. Para os apreciadores de um bom livro de poesia, bem elaborado na forma e no conteúdo, este é um livro a não perder.

Earthbound (Richard Matheson)

Quando David e Ellen Cooper se retiram para a cabana de Logan Beach, o seu objectivo é apenas resolver o impasse que se instalou no seu casamento. A situação, contudo, adquire contornos tenebrosos quando Marianna, uma mulher bela e misteriosamente possessiva, começa a visitar David na ausência da sua esposa. O problema, contudo, é bem maior que uma simples traição. Marianna traz consigo os segredos do outro mundo e uma força que nenhum dos humanos pode acabar de conceber.
Mais uma vez, este pequeno livro apresenta-nos a imaginação de Richard Matheson no seu melhor. Na linha dos clássicos de horror, com a sua casa fria e o seu fantasma, o autor apresenta-nos uma estranha história de amor e de sentimentos que se descobrem por entre o paranormal. E, com a mestria com que desenvolve cenários e personagens, Matheson conquista o seu leitor, guiando-o através de uma tempestade de pensamentos, emoções e súbitas revelações, ao mesmo tempo que o conduz por um enredo fascinante, envolvente, e que não se afasta mesmo depois da sua palavra final.
Quem leu o livro Eu Sou a Lenda, verá que Earthbound se centra em cenários bem diferentes, instilando uma carga emocional provavelmente mais poderosa. E se este livro contém uma história mais simples, não deixa de ser uma história de impacto com as suas revelações de justiça, vingança, amor e sacrifício.
Uma excelente leitura e, para os fãs do horror, um livro imperdível.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Morte no Nilo (Agatha Christie): Leitura conjunta no Fórum Estante de Livros

Ainda faltam algumas semanas, mas as inscrições já estão abertas. Esta é a 5ª leitura conjunta a decorrer no fórum Estante de Livros http://estante-de-livros.pt.vu/ e este tipo de iniciativa tem-se revelado como uma experiência enriquecedora, tanto para os que participam directamente, como para quem (como eu) acompanha as opiniões e trocas de ideias de quem está a ler o livro.

Prevê-se que a leitura conjunta comece na semana de 28 de Setembro e o livro escolhido é Morte no Nilo, de Agatha Christie. Mais uma vez, por falta de tempo, não me vai ser possível participar, mas deixo aqui o desafio. Apareçam e participem!

Palácio da Lua (Paul Auster)

Marco Fogg é o nome do narrador e protagonista desta magnífica história. Marco como Marco Pólo e Fogg como Phileas Fogg. As suas viagens, contudo, não são pelo mundo fora, mas através de si próprio, à sua natureza, às suas forças e fraquezas e aos mais básicos conteúdos da sua natureza humana. Mas não é só da sua vida que se trata. São vários os momentos em que o narrador se esquece de si próprio para nos contar a história dos personagens que cruzam o seu caminho: o tio Victor, com as suas excentricidades, Thomas Effing, o velho louco que se esconde de um passado intenso, Solomon Barber com os seus segredos e a história do seu fracasso.
Palácio da Lua foi o meu primeiro contacto com a escrita meticulosa e envolvente de Paul Auster. Com um tom que é simultaneamente de divagação e de memória, o autor converte-nos numa parte da mente do protagonista, a que contempla e ouve a sua história, sentindo e pensando no futuro como uma própria parte do jovem narrador. E é isso que torna este livro tão especial. Por momentos, o leitor partilha os fracassos e as esperanças das personagens, vive com as suas ilusões e caminha com ele para um final poderosíssimo.
Um livro magistral, sem dúvida, e, para mim, uma revelação impressionante. Vou querer ler mais da obra deste autor.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Novidades ASA para Setembro

Título: A Leste do Sol
Autora: Julia Gregson
Págs.: 544
Romance
Preço: 15,00
Vencedor do Prémio Romantic Novel of the Year 2009
Outono de 1928. Três jovens inglesas partem no navio Kaisar-i-Hind com destino a Bombaim, na Índia. No seu íntimo, acalentam o sonho de começar uma nova vida, longe dos espartilhos morais da rígida sociedade inglesa. Viva Holloway é uma jovem aspirante a escritora em busca da Índia da sua infância. Para poder empreender a viagem, aceita ser dama de companhia da bela e ingénua Rose, que se prepara para casar com um oficial britânico que mal conhece. A acompanhá-las está também Victoria, dama de honor de Rose e sua melhor amiga, que anseia por se libertar do jugo de uma mãe dominadora.
Todas elas têm uma boa razão para deixar a pátria, mas será que estão preparadas para o que as espera?

Título: Um fogo eterno
Autoras: Barbara e Stephanie Keating
Págs.: 640
Romance
Preço: 15,00
Três mulheres em busca de amor e redenção, na apaixonante sequela de Irmãs de Sangue
Hannah, Sarah e Camilla partilharam uma infância mágica e feliz no Quénia. Anos depois, as três jovens mulheres regressam às terras altas da África Oriental e àquele que é agora um país independente.
Hannah luta para preservar a sua memória na fazenda Langani, alvo de uma série de ataques violentos que ameaçam a sua segurança e casamento. Sarah está a estudar o comportamento dos elefantes numa zona perigosa devido à acção de caçadores furtivos, refugiando-se no trabalho para superar a morte do seu amor de infância. Camilla, um ícone mundial da moda, abandona a sua carreira em Londres e regressa ao Quénia por amor a um carismático caçador e guia de safáris.
Mas um segredo paira sobre elas. Com a ajuda de um ambicioso jornalista indiano, elas vão desvendar a verdade por detrás da morte do noivo de Sarah e dos constantes ataques à fazenda e às suas vidas. As paixões e provações por que passam estas inesquecíveis heroínas, unidas uma vez mais pela amizade e pelo amor ao país das suas infâncias, fazem de Um Fogo Eterno um romance épico e magnífico.

Título: O Relatório de Brodeck
Autor: Philippe Claudel
Págs.: 256
Romance
Preço: 14,50
VENCEDOR DO PRÉMIO GONCOURT DES LYCÉENS
Chamo-me Brodeck e não tive culpa de nada. Insisto em dizê-lo. Quero que toda a gente o saiba.
De regresso à sua aldeia, Brodeck retoma o seu antigo trabalho de escrivão. Um dia, um estrangeiro vai viver para a povoação, mas os seus modos e hábitos estranhos levantam suspeitas; o seu discurso é formal, faz longas e solitárias caminhadas e, apesar de ser extremamente cordial e educado, nada revela sobre si próprio. Quando o estrangeiro começa a retratar a aldeia e os seus habitantes em quadros pouco lisonjeiros mas perspicazes, os aldeãos matam-no. As autoridades, que assistiram impávidas ao linchamento, ordenam a Brodeck que escreva um relatório que branqueie o incidente.
À medida que escreve o relatório oficial, Brodeck passa também para o papel a sua própria versão da verdade numa narrativa paralela. Numa prova ponderada e evocativa, ele entrelaça a história do estrangeiro na sua própria e dolorosa história e nos segredos sombrios que os habitantes da aldeia cuidadosamente escondem.
Passado num tempo e lugar não definidos, O Relatório de Brodeck mistura o familiar com o desconhecido, mito e história, num romance poderoso e inesquecível.

Título: Uma desordem americana
Autor: Ken Kalfus
Págs.: 224
Preço: 14,50
Joyce e Marshall são casados e têm dois filhos. No dia 11 de Setembro de 2001, Joyce pensa que o marido está no seu escritório, nas Torres Gémeas, quando elas caem; por sua vez, ele acha que a mulher está a bordo do voo 93 que se despenhou na Pensilvânia. Cada um fica eufórico ante a perspectiva da morte do outro. Ambos vão sofrer uma grande desilusão quando se encontram frente a frente no apartamento que são obrigados a partilhar enquanto o processo de divórcio decorre. Pior, a perspectiva de uma solução rápida para a separação complica-se devido ao clima de medo que se apodera dos americanos. Entre ameaças de ataques biológicos, bombistas suicidas e guerras no Médio Oriente, Nova-Iorque é uma cidade em estado de choque, onde, por sua vez, Joyce e Marshall travam uma batalha doméstica repleta do mesmo sentimento de perda e devastação.

Título: O corpo e o sangue do inquisidor
Autor: Valerio Evangelisti
Págs.: 204
Preço: 14,50
Nicolas Eymerich, impiedoso defensor da fé cristã, gravou a sangue e fogo o seu nome na história dos nossos tempos. Autor do célebre Manual do Inquisidor, do século XIV, esta personagem verídica será durante mais de cinquenta anos o inquisidor mais poderoso e implacável do reino de Aragão.
Com um rigoroso fundo histórico, as investigações de Nicolas Eymerich trazem até nós um detective do misterioso, a meio caminho entre Sherlock Holmes e Guillaume de Baskerville (de O Nome da Rosa), capaz de desmontar os enredos mais maquiavélicos e de arrasar todas as heresias.

Sede de Viver (J. R. Moehringer)

Fascinante, envolvente e impossível de esquecer quando terminado. São estas as características que definem este livro, onde, com alma, arte e coração, J. R. Moehringer nos conta a sua própria história. Desde a criança introvertida que se escondia no celeiro para ouvir, na rádio, a voz do pai conflituoso, ao sonhador que queria, a todo o custo, ser jornalista no New York Times, J. R. conta-nos as suas lutas, as suas esperanças e as suas desilusões.
Acima de tudo, contudo, Sede de Viver fala-nos de um ponto comum, do porto de abrigo de J.R. e de muitos como eles, do que era, para eles, um dos santuários de Manhasset: o Dickens. E existe tanta vida naquele bar, tantos diálogos, monólogos e interacções, que o leitor não pode deixar de sorrir quando os seus visitantes se divertem e suspirar quando estes se deprimem.
Uma leitura excelente, sem dúvida. Apesar de ser um livro de memórias, parece um romance. Lê-se como um romance. E, como aqueles romances que nos marcam por muito tempo, Sede de Viver é um livro que se estranha, que nos puxa para os pontos onde nos identificamos com o seu narrador, para que partilhemos as suas esperanças e fracassos.
Impressionante.

sábado, 15 de agosto de 2009

La Lengua de Santini (Miloš Urban)

Estranho. É a primeira palavra que me ocorre para descrever este livro que, divagando pelas igrejas e conventos da Boémia e Morávia, nos conta a história de um agente publicitário que, de forma quase inconsciente, se vê envolvido numa investigação sobre o segredo de Santini. A este, junta-se todo um leque de personagens surreais, mortes misteriosas e mensagens codificadas no interior das construções.
Até aqui, tudo bem. É uma fórmula conhecida, mas de sucesso, e este livro tem, de facto, alguns pontos de interesse. As descrições da arquitectura de Santini, a base histórica da vida de Johann de Nepomuk, o santo, e a forma como o autor avança sem se deter em demasiadas descrições desnecessárias tornam La Lengua de Santini numa obra fácil de ler e algo interessante de acompanhar.
Existem, contudo, alguns problemas. As perturbações quase surreais das personagens, muitas das quais ficam por explicar, levam a uma série de acontecimentos que resultam incompreensíveis. Além disso, a explicação para que Martin, o protagonista, se envolva numa ivnestigação que nada tem, à partida a ver com o seu trabalho, nunca chega a ser devidamente apresentada. Mas o mais frustrante na leitura deste livro é verificar que, depois de longas páginas à espera que o protagonista descubra um pequeno segredo... subitamente, ele anuncia que já o sabe (nome da personagem revelada incluído), mas nunca explica como se deu essa descoberta.
Balanço final: é um livro que pode ser interessante do ponto de vista do que tem a ensinar. Tem alguns aspectos positivos, capaz de despertar a curiosidade ao leitor, e a escrita é fluída o suficiente para o impedir de largar o livro. Para mim, contudo... não creio que esses aspectos tenham sido suficientes.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Nove Mil Passos (Pedro Almeida Vieira)

É, desde o início, um livro curioso, este que nos conta as aventuras e desventuras da construção do Aqueduto das Águas Livres. E a sua originalidade começa, desde logo, pelo narrador. Falamos de Francisco d'Ollanda, um dos primeiros humanistas portugueses, e que, morto mais de um século antes dos acontecimentos que narra, nos vem, com os seus poderes de omnipresença e omnisciência, contar a história dos intervenientes na construção do aqueduto.
Com uma escrita invulgar, elaborada e bem construída, o autor traz-nos, com pouco diálogo, mas descrição na medida perfeita, uma visão algo caricata das intrigas e relações da corte, do rei e do povo. É impossível não rir com a divertidíssima descrição que o autor nos apresenta dos rituais da Maçonaria. Além disso, contada de uma forma interessante e envolvente, esta é uma verdadeira lição de História, daquelas que se aprendem com prazer.
Interessante também é notar o constante clima de conspiração que paira na corte, orientada pela temível mão do prior de S. Nicolau. Mas nunca se deve esquecer a presença do nosso narrador, que, além de omnipresente, partilha da vontade de alguns de ver a água chegar ao povo de Lisboa e que, por isso, não deixa de surpreender o leitor, não só pelos seus pensamentos, mas também com as suas acções.
Concluindo. Não diria que este Nove Mil Passos seja uma leitura para todos os gostos. Quem procura uma leitura mais leve poderia cansar-se demasiado cedo deste livro. Com esta excepção, recomendo esta obra a todos os apreciadores do romance histórico, aos que gostam de ler um livro imaculadamente bem escrito e aos que querem aprender com aquilo que estão a ler.
Para mim, esta estreia é um livro magnífico... Agora falta-me encontrar os outros trabalhos do autor.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Poder, Liberdade, Graça de Deepak Chopra chega dia 20 (edição da Albatroz)

O novo autor da Albatroz está traduzido em 50 línguas e vendeu mais de 20 milhões de livros em todo o mundo. Deepak Chopra, médico indiano e reconhecido guia espiritual, explica que Poder, Liberdade e Graça, a lançar a 20 de Agosto, «reúne a essência das palestras» que deu «ao longo dos últimos 20 anos» e constitui uma espécie de «destilação» de tudo quanto reflectiu até hoje.
Assim, Chopra debruça-se sobre os temas “eternos” e que desde sempre acompanham o seu trabalho: o mistério da existência e respectivo significado na busca da felicidade.


A tese de Poder, Liberdade e Graça
“Alimente a sua vida na fonte da felicidade eterna" é o lema deste livro. De acordo com o autor, o “Ser essencial” que habita cada um é a fonte de toda a vida – a “dimensão de consciência pura” que se manifesta como a totalidade do Universo. Esta consciência pura ilumina e dá alento ao corpo e à mente.
Assim que compreendamos que esta dimensão é a essência do Ser, teremos o poder para fazer os desejos acontecerem, libertar-nos-emos do medo e das limitações e viveremos em pleno estado de graça, em que a vida flui em harmonia e as aspirações se concretizam. O médico indiano conclui que a chave para a felicidade é a identificação com a essência do “Eu interior” e aprender a viver na dimensão de consciência pura que está para além do mundo material. O caminho a seguir pelo leitor Segundo Deepak Chopra, para viver uma felicidade duradoura temos de ir para um lugar para lá do pensamento e fazer a experiência da “paz interior”. Não se trata de manter uma atitude positiva. Não se trata de dizer adeus às mágoas e de encher a vida de boa disposição. É preciso ir além para entrar na dimensão da consciência pura e viver “bebendo da origem do ser”. A felicidade e a tristeza são diferentes faces desta consciência infinita. Ambas são transitórias e nós não somos nenhuma delas, porque uma pessoa não é um estado de consciência. É a própria consciência manifestando-se em todos estes estados. Porque haveríamos de querer identificar-nos com uma onda do oceano, ou uma simples gota de água, se somos o próprio oceano?

Deepak Chopra nasceu em Nova Deli em 1946 e por influência do pai formou-se em Medicina na Universidade de Nova Deli. É mundialmente reconhecido como um dos gurus da saúde holística e das relações corpo-mente, e viaja pelo mundo promovendo a paz, a saúde e o bem-estar. Publicou mais de 25 livros de auto-ajuda, está traduzido em 50 línguas e vendeu mais de 20 milhões de exemplares. Deepak é fundador e director executivo do Centro Chopra no La Costa Resort e Spa, em Carlsbad, Califórnia.

Primeiras páginas disponíveis em:

http://recursos.portoeditora.pt/recurso?&id=1180074

O Nome do Vento de Patrick Rothfuss chega às livrarias em Setembro (edição da Gailivro)

Chega, em Setembro, às livrarias portuguesas, a obra de estreia de Patrick Rothfuss, já considerado por muitos como um autor de excepção. Best-seller do The New York Times, com direitos de tradução vendidos para 26 países, vencedor do Prémio Quill para o melhor livro de literatura fantástica, e considerado pela Amazon como uma das “dez jóias ocultas” de 2007, "O Nome do Vento" promete ser a próxima grande aposta da Gailivro no género fantástico.

Sobre o livro: Contada por Kvothe, na primeira pessoa, esta é a história de um jovem extremamente dotado em artes mágicas e que se virá a tornar o mais famoso feiticeiro que o mundo conheceu. A narrativa intimista de uma infância vivida numa trupe itinerante, os anos passados como órfão nas ruas violentas de uma cidade flagelada por criminosos, a ousada e bem sucedida entrada para uma lendária escola de magia e a vida de fugitivo após o assassinato de um rei constituem a mais impressionante história de transição para a idade adulta da literatura recente.
Uma narrativa de acção escrita pela mão de um poeta, "O Nome do Vento" é uma obra prima que levará os leitores a encarnar, de corpo e alma, a figura de um feiticeiro.
Sobre o autor: Patrick Rothfuss teve a sorte de nascer no Wisconsin, onde os longos Invernos e a ausência de televisão por cabo ajudaram a desenvolver uma paixão pela leitura e pela escrita. A sua mãe lia-lhe histórias quando era criança e o seu pai ensinou-o a construir coisas. Se procuram a génese da arte de contar histórias, é aqui que a vão encontrar. Pat vive ainda no Wisconsin e continua a não ter televisão por cabo. Os longos Invernos obrigam-no a ficar em casa e a escrever. Quando não está a ler ou a escrever, Pat desperdiça o seu tempo com jogos de vídeo, organiza tertúlias em sua casa e brinca com alquimia na cave. Ele adora o mundo e as personagens que criou, mas adora especialmente que as pessoas tenham oportunidade de os conhecerem.

«Avé, Patrick Rothfuss! Um novo gigante percorre a terra. O Nome do Vento é um romance estonteante que, por acaso, é o seu primeiro. As listas de bestsellers e os júris de prémios chamam Rothfuss e os leitores exigirão novos capítulos da emocionante história de Kvothe. Bravo!"
Robert J. Sawyer, vencedor de um prémio Hugo e autor de Rollback

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A Ameaça (Ken Follett)

Véspera de Natal e os problemas sucedem-se nos laboratórios de investigação da Oxenford Medical. Primeiro foi um funcionário, que, por ligação afectiva a uma das cobaias, leva para casa um coelho infectado com o Madoba-2, uma variante mortífera do vírus Ébola. Para complicar a situação, Kit Oxenford, filho do dono dos laboratórios, tem um plano para roubar o vírus.
Estes são os pontos de partida para um thriller viciante e arrebatador, que puxa os leitores para dentro da mente das diversas personagens, enquanto as acções se sucedem a um ritmo incontrolável. Com a sua já habitual mestria de escrita, Ken Follett transporta-nos para uma acção fulminante e, ao longo dos dois dias nos quais decorre a maioria da história, cada segundo conta para o desfecho final.
Num estilo bem diferente de "Os Pilares da Terra", "A Ameaça" mostra-nos o mestre na sua área mais explorada, e confirma aos seus leitores que, seja qual for o género em que escreve, Follett consegue criar um livro de impacto, original e cativante. Neste livro, apesar da imensidade de termos técnicos normalmente associados a laboratórios e investigação, o autor foge dos exageros de palavras desconhecidas e termos estranhos, para se concentrar naquilo que o leitor mais apreciará: os pensamentos e as emoções que reflectem cada acção e o sucessivo decorrer de acontecimentos inesperados.
Recomendo a todos os apreciadores de thriller e suspense. Para aqueles que se querem iniciar no género, também me parece uma boa escolha. Dentro do género, é um livro imperdível.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ASA reedita com nova capa "Como Obélix Caiu no Caldeirão do Druida quando era Pequeno"

O Livro “Como Obélix Caiu no Caldeirão do Druida Quando Era Pequeno” foi reeditado pela ASA com uma nova capa criada por Uderzo, o histórico co-autor, com Gosciny, das aventuras de Astérix que este ano completam 50 anos. A versão portuguesa da reedição com nova capa deste livro já pode ser encontrada nas livrarias portuguesas e será acompanhada de um marcador de oferta alusivo ao cinquentenário da série, efeméride que terá o seu ponto alto com a já anunciada publicação, pela ASA, de um álbum de 56 páginas contendo pranchas inéditas de Uderzo e textos inéditos de Gosciny. A publicação deste muito esperado livro está agendada para 22 de Outubro e acontecerá em simultâneo em 18 países. Este será o primeiro álbum da série em 4 anos e terá uma tiragem estimada de 2 milhões de volumes em todo o mundo.

A ASA anunciará em breve as iniciativas que está a preparar para festejar os 50 anos de Astérix & Obélix no nosso país.


Outras Cores - Ensaios sobre a Vida, a Arte, os Livros e as Cidades (Orhan Pamuk)

Nunca tinha lido nada deste autor e, antes de pegar neste livro, de cariz menos ficcional, perguntava-me se seria a melhor escolha para começar. Terminadas as mais de 400 páginas que compõem este Outras Cores, contudo, não tenho a mínima dúvida de que este é um livro que conquista e que deixa vontade de ler muito mais.
Com uma maestria impressionante, combinada com uma atitude simples e honesta, Pamuk divaga sobre os mais diversos temas com tal perícia que é impossível não deixar o leitor a pensar sobre o assunto abordado. Quando fala nos terramotos que assolam a Turquia, sentimos o medo e a aura de tragédia que paira sobre o seu povo. Quando fala da tristeza da sua filha, fitando pensativamente o mundo, também nós conseguimos ver essa figura algures por perto. E quando disserta sobre os livros que o marcaram ou sobre o que o levou a escrever qualquer uma das suas obras, também nós temos vontade de desvendar os segredos desses livros.
Não saberia escolher, de entre todos os textos agrupados neste livro, qual o que mais se entranhou nos meus pensamentos. Não posso deixar de realçar, contudo, a triste beleza do conto "Olhar pela Janela", que, com os seus laivos de inocência e de tragédia, nos deixa antever a dimensão que, seguramente, se abrigará nas outras obras do escritor.
Um óptimo livro, sem dúvida, para divagar, para ler aos poucos, para saborear e aprender com cada uma das suas reflexões. Sem dúvida, um livro que nos cativa para o mundo do autor. Eu, por cá, fiquei com vontade de, à primeira oportunidade que surja, conhecer os seus romances.

sábado, 8 de agosto de 2009

Emmanuelle (Emmanuelle Arsan)

Antes de mais, devo dizer que este livro não se enquadra propriamente nos meus géneros de eleição, o que poderá ter influenciado de alguma forma menos positiva a minha opinião.
Ao longo das 200 páginas deste livro, todas elas livres de pudores ou quaisquer preconceitos, a autora conta-nos a viagem de Emmanuelle até à aprendizagem da sua sexualidade a um nível superior. E, neste percurso, não faltam encontros singulares e momentos de explícito erotismo.
O ponto fundamental deste livro é a sensualidade e penso que (talvez fosse esse o objectivo) a história divaga demasiado em torno de encontros que parecem irreais e que não servem senão como desculpa para que os seus protagonistas se envolvam numa relação sem outro objectivo que não o prazer. Ainda assim, quando a autora se afasta desses momentos, na longa conversa entre Mario e Emmanuelle, em que o mentor expõe à sua discípula as suas teorias sobre o erotismo, o livro deixa de ser apenas uma obra erótica para se tornar num tratado sobre as relações eróticas entre homens e mulheres.
Com uma escrita impecavelmente fluída e alguns pontos de interesse, este poderá ser um bom livro para os apreciadores da literatura erótica. Para mim... definitivamente não faz o meu género.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Apresentação do livro NUNO ÁLVARES PEREIRA – A demanda do Mestre de Avis e a vida do Santo Condestável, de Isabel Ricardo Amaral


Decorrerá na Feira do Livro da Nazaré, no dia 14 de Agosto de 2009, às 22:00 horas a sessão de apresentação do livro Nuno Álvares Pereira - A Demanda do Mestre de Avis e a vida do Santo Condestável e a autora convida todos os interessados a aparecer.


NUNO ÁLVARES PEREIRA – A demanda do Mestre de Avis e a vida do Santo Condestável, é a obra eminente que declara como causa retratar a época, os factos e figuras históricas, em particular, a vida de D. Nuno e a personalidade do homem, chefe militar, estratega de batalhas, personagem heróica, figura histórica, e benfeitor, que arrebatou as gentes de boa fé do tecido social e político português. Na esteira de uma crise dinástica que D. Nuno soube enfrentar com audácia e sapiência, é de suma importância que todos os leitores portugueses possam testemunhar e revigorar a virtuosidade e os valores que regeram a conduta do Santo Condestável perante as vicissitudes da sua vida, feitos militares, familiares, sociais e conventuais. Uma incitação literária para uma sociedade mais justa e fraterna. Um forte apelo para a dignificação da vida, de um melhor humanismo partilhado, através duma reflexão conciliadora de lealdade para com a identidade do país, que ajuda a responder aos desafios do tempo presente.


Apresentação a cargo do Dr. Alexandre Patrício Gouveia – Presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, economista de formação, prestou consultoria a diversos Ministros e ao Gabinete do actual Presidente da República, Cavaco Silva. Empresário reconhecido e singular, que em paralelo, elabora a aliança sem mácula do homem com a História e com a cultura portuguesa – um excepcional impulsionador do nosso legado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O Diário Perdido de Don Juan (Douglas Carlton Abrams)

Sob a forma de um diário curiosamente sincero, tendo em conta a personalidade que o protagoniza, este livro conta-nos a história de Don Juan, o lendário libertino. Há, contudo, neste livro, bem mais que uma boa história de aventuras e, ao longo das suas páginas, ficamos a conhecer uma alma muito para além do sedutor.
Com momentos de sensualidade fluentemente descritos, não é, ainda assim, esse o ponto mais marcante deste livro. Ao ouvir, pelas suas palavras, a história de um passado de criança orfã que foi ladrão e espia, para depois se tornar no fidalgo sedutor que, através do seu protector, gozava dos favores da realeza, é impossível não nos surpreendermos com os rasgos de nobreza e honra que a personagem demonstra. E, quando Don Juan parece esquercer a sua vida de sedução pelo estranho sentimento que hesita em reconhecer como amor, a força do seu coração e aquilo a que se dispõe por esses sentimentos são relatados de uma forma tão serenamente bela que é improssível não se ficar fascinado pela figura do protagonista e pela arte do autor que o desenvolveu de tal forma.
Preciso, envolvente e magistralmente escrito, este é um livro que não se deixa largar antes da última página. E, com todos os seus momentos de paixão, de amor e de sacrifício, este diário é, sem dúvida, um livro imperdível.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Sombra da Águia, de Arturo Pérez-Reverte: uma novidade da Porto Editora

Chega às livrarias, no dia 20 de Agosto, A Sombra da Águia, do castelhano Arturo Pérez-Reverte, – um extraordinário relato da conquista napoleónica narrado por um soldado espanhol que, como todos os seus compatriotas, detesta o pequeno imperador gaulês. A Sombra da Águia, que Arturo Pérez-Reverte publicou em 1993 nas páginas do El País sob a forma de folhetim, e que se encontrava até hoje inédita em Portugal, é, na sua aparente simplicidade, uma das obras que melhor espelha o virtuosismo literário do seu autor, o seu sentido de humor e a sua fidelidade aos grandes temas do ser humano, como a guerra, o heroísmo anónimo e a noção de Pátria. A história é baseada num acontecimento real: em 1812, durante a Campanha da Rússia, num combate adverso para as tropas napoleónicas, um batalhão de antigos prisioneiros espanhóis, alistados à força no exército francês, tenta desertar, passando-se para os russos. Interpretando erroneamente o movimento, o Imperador encara-o como um acto de heroísmo e envia em seu auxílio uma carga de cavalaria que terá consequências imprevisíveis. Ao mesmo tempo divertido e trágico, A Sombra da Águia revela-nos uma visão mordaz e descarnada da guerra e da condição humana. Uma pequena pérola com a assinatura do mais importante escritor espanhol da actualidade.

O Autor Arturo Pérez-Reverte nasceu em Cartagena (Espanha) em 1951. Depois de ter feito carreira como jornalista, nomeadamente como repórter de guerra, durante 21 anos, dedicou-se à literatura e tornou-se no escritor espanhol mais lido no mundo, estando já traduzido em 34 idiomas. É autor de uma extensa obra, quase toda traduzida em Portugal, com frequência adaptada ao cinema. Desde 2003 é membro da Real Academia Espanhola.

“Creio sinceramente que esta obra não fica aquém dos outros romances do autor. O ambiente histórico em que tem lugar – as guerras napoleónicas – constitui uma das especialidades de Pérez-Reverte. Por outro lado, talvez a imposição de um tamanho predeterminado tenha sido benéfica para o narrador. Através de um relato unitário, aparentemente simples, o romancista pode mostrar a sua visão de temas tão importantes para ele como a guerra, Espanha, o patriotismo ou o heroísmo anónimo de qualquer ser humano. Deste modo, o sentido de humor de Pérez-Reverte pode brilhar como poucas vezes, com um estilo muito desenfadado; em resumo: uma obra muito atractiva, que não merece ficar à sombra de nenhum símbolo imperial.”
Andrés Amorós


“Arturo Pérez-Reverte é, hoje, o romancista mais perfeito da literatura espanhola.”
El País

Concurso Talentos Fantásticos

A Edita-me, editora recente e vocacionada para as primeiras obras de autores desconhecidos, está a organizar o seu primeiro concurso. Este direcciona-se para a área do Fantástico e recebe trabalhos no âmbito do conto, da poesia e da ilustração. O objectivo é que deste concurso nasça o primeiro livro da Edita-me vocacionado para o tema, reunindo os trabalhos concorrentes.Poderão participar neste concurso autores com mais de 16 anos que apresentem o seu original até dia 30 de Setembro e os vencedores, um para cada categoria, serão anunciados no dia 31 de Outubro, numa Costume Party a realizar em local ainda não divulgado.
O regulamento pode ser consultado aqui:http://www.edita-me.pt/newsletter/imagens/concursotalentosfantasticosregulamento.pdf

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Novidades Europa-América para Agosto

Título: A Vida que Nunca te Contei
Autora: Josephine Cox
Colecção: Contemporânea
Preço: 24.50€
Pp.: 324

Na cidade de Bedford, quatro estudantes ouvem a voz insistente de uma mulher a cantar. A bela melodia é entoada pela vizinha — uma pessoa solitária, que nunca abre a porta a ninguém, nem sai de casa em pleno dia. Não podiam saber que a mulher na casa ao lado, Madeleine Delaney, é perseguida por uma recordação antiga que durante vinte anos controlou a sua pobre existência …
A voz angélica de Madeleine e a beleza impressionante atraem os corações de muitos. Mas ela só está interessada no proprietário do clube. Steve Drayton, um homem extremamente atraente mas assustador. Então, uma noite ela presencia um crime horrível, e a sua vida muda irrevogavelmente para sempre. A gentileza e a amizade de uma rapariga — Ellen — salva Madeleine da destruição total. Mas para sobreviverem têm de fugir de Londres, deixando para trás aqueles que amam, e o perigo segue-as para onde quer que vão…

Josephine Cox nasceu em Blackburn, uma de dez filhos. Aos 16 anos, Josephine conheceu e casou-se com Ken e teve dois filhos. Quando os filhos foram para a escola, decidiu ingressar na faculdade e conseguiu, por fim, um cargo na Universidade de Cambridge. Não o pôde aceitar uma vez que isso significava viver longe de casa, mas enveredou pelo ensino e começou a escrever o
primeiro romance. Ganhou o Prémio «Superwoman of Great Britain» para o qual a família a inscrevera em segredo, ao mesmo tempo que o seu romance era aceite para publicação.
As suas histórias intensas, realistas, são tiradas da tapeçaria da vida. Josephine declara, «Nunca poderia imaginar um dia sem escrever. Tem sido assim desde que me lembro.»

Crítica:
«O talento de Cox como contadora de histórias nunca deixa de o enfeitiçar»
Daily Mail
«Arrebatador e intenso» Sunday Times
«Narrativa irresistível» Books Magazine
«Empolgante» Woman’Real


Título: Morto por Pecar
Autor: Stephen Booth
Colecção: Crime Perfeito
Preço: 25.90€
Pp.: 368

Após uma descoberta macabra na quinta de Pity Wood em Peak District, a Polícia é chamada ao local. Durante os trabalhos de conservação da quinta, um dos operários desenterrou uma mão conservada em argila. Na sequência de várias escavações e investigações policiais, dois cadáveres são descobertos e apenas se sabe que não foram enterrados em simultâneo. Com poucos dados forenses, os agentes Ben Cooper e Diane Fry terão de descobrir o misterioso passado da quinta e deparam-se com um longo historial de exploração de trabalhadores pobres. Onde estará a verdade nesta horrível história? No passado sombrio da quinta ou nas íngremes ravinas de Peak District, à espera de ser revelada?

Stephen Booth nasceu na cidade fabril de Burnley, no Lancashire, e manteve-se ligado aos Peninos durante a sua carreira como jornalista da imprensa escrita. Vive com Lesley, a mulher, numa casa antiga em Nottinghamshire e os seus interesses incluem o folclore da região, a Internet e as caminhadas pelas colinas do Peak District. Notícias
actualizadas das publicações e compromissos mais recentes de Stephen Booth podem ser encontrados no seu sítio na Internet: www.stephen-booth.com

Crítica: «Booth é um dos melhores escritores de policiais da actualidade.» —
Sunday Telegraph


Título: Picasso
Autor: Henry Gidel
Colecção: Grandes Biografias
Preço: 34.90€
Pp.: 412

Picasso é uma das personalidades que marcaram o século XX. Génio multifacetado que tanto fascina como gera ódios. O pai de Guernica e de As Meninas de Avinhão, bem como de muitas outras obras de génio, adorava surpreender, chocar e fascinar o público. O grande autor da revolução cubista, que mudou para todo o sempre a nossa forma de olhar para a Pintura, foi também um homem de mulheres. Dona Maar, Françoise Gilot foram muitas das musas da sua vida. Uma vida comprometida com a época, uma vida apaixonada, tão cheia de brilhantismo como de momentos dramáticos.
De facto, o leitor, ao olhar para este livro, poderá pensar: «Mais um livro sobre Picasso...» Porém, se excluirmos os relatos, muitas vezes parciais, publicados recentemente e que se referem a épocas precisas da sua vida, eis que podemos dizer que há cerca de quinze anos que não se edita um livro no qual se explore, desde a nascença até à morte, a vida deste monstro sagrado que desapareceu em 1973.
Há muitos que o consideram um avaro, um sádico, um dissimulado, outros que o olham como um impostor e um assassino da Pintura, e há ainda quem se revolta contra os primeiros e que, sem nenhum sentido crítico, se verga diante da estátua que ergueram em sua homenagem. Todos têm razão e todos estão completamente errados, uma vez que há vários Picasso, muitos Picasso,
demasiados, sem dúvida. Nele, o homem bom e generoso rivaliza com o bárbaro e o avaro, o audacioso esconde o tímido, o revolucionário apadrinha o conservador e o homem seguro
de si camufla um indeciso patológico. O que é mais extraordinário ainda é que o verdadeiro satírico transformava-se num doce amante. Assim, ao longo destas páginas poderá descobrir não só o Picasso-pintor mas também o Picasso-homem, que sempre esteve rodeado de mulheres, até ao momento em que Geneviève Lapone passou a ocupar um lugar definitivo na sua vida.
Definitivamente um novo olhar sobre Picasso!

Henry Gidel, vencedor do Prémio Goncourt na área das biografias, bem como do Grande Prémio Internacional da Crítica Literária em 1991, é um conceituado autor de biografias de personalidades tão conhecidas do grande público como Coco Chanel, Marie Curie, Sarah Bernhardt e Jean Cocteau.


Título: Superpoderes para Pais
Subtítulo: Os psicólogos ajudam pais e filhos a serem felizes
Autor: Stephen Briers
Colecção: Saber Viver
Preço: 16.91€
Pp.: 232

Todos nós queremos que os nossos filhos sejam bem comportados.
Também queremos que as nossas crianças sejam felizes e equilibradas, que saibam pensar por si mesmas e que sejam capazes de lidar com todas as situações difíceis com que se deparem ao longo da vida.
Não seria óptimo se houvesse pequenas atitudes da nossa parte, enquanto pais, que melhorassem o comportamento das crianças e, simultaneamente, as tornassem mais felizes e com maior auto-estima? A boa notícia é que esses superpoderes existem!
Neste livro inovador, o Dr. Stephen Briers mostra-nos exactamente quais são e como podemos aplicá-los ao longo do crescimento das crianças. Em vez das velhas técnicas de disciplina e comportamento, este livro
apresenta uma forma diferente e proactiva de ser pai. E não precisa esperar que a criança tenha um mau comportamento para usar estes superpoderes. Pode começar já! E, assim, evitar situações desagradáveis no futuro... Verá que as crianças serão muito mais felizes, bem comportadas e estarão muito mais bem preparadas para lidar com sentimentos, com situações e com as pessoas que as rodeiam.
Pode não conseguir saltar entre arranha-céus ou derrotar monstros, mas certamente tornará o seu mundo muito melhor!

O Dr. Stephen Briers é um psicólogo clínico, formado pela Universidade de Cambridge, onde esteve envolvido no estudo do desenvolvimento infantil, na Winnicot Unit. Actualmente, trabalha tanto com crianças como com adultos no seu consultório. As suas presenças televisivas incluem quatro temporadas das séries Little Angels e Teen Angels (BBC), e também Make Me a Grown-Up (Channel l4). É um colaborador regular numa coluna do suplemento educacional do Times e reside em Brighton com a sua mulher e os seus dois filhos pequenos.


Título: Os Mistérios do Seu Gato
Subtítulo: Soluções Simples para os Problemas do Dia-a-Dia
Autores: Gary R. Sampson e Dick Wolfsie
Colecção: Cães, Gatos, Periquitos & Companhia
Preço: 14.86€

Conheça Fritz, o gato que preferia fazer as suas necessidades no fato de flanela azul do seu dono em vez de usar o caixote. Otis, que escondia os cigarros e fósforos da sua dona. E Mel, que expressava o seu aborrecimento da forma mais despropositada possível.
Em Os Mistérios do Seu Gato, os donos de gatos irão aplaudir a abordagem criativa do Dr. Gary Sampson para resolver os problemas comportamentais mais «gatastróficos» possíveis. O Dr. Sampson emprega exemplos da vida quotidiana, retirados da sua experiência com o comportamento animal, para ajudar o leitor a:
- Compreender os motivos por detrás do comportamento do seu gato.
- Tomar medidas simples e inovadoras para corrigir o problema.
- Prevenir maus comportamentos num futuro próximo.
Cada capítulo tem uma lição prática que pode aplicar ao relacionamento que tem com o seu gato. Estas histórias vão fazê-lo rir e, mais importante ainda, deixá-lo um pouco mais sábio no que diz respeito a definir um comportamento apropriado para o seu melhor amigo.

Gary R. Sampson é um veterinário especializado em problemas comportamentais em cães e gatos. O Dr. Sampson, cuja prática profissional é bem conhecida no Midwest americano, foi reconhecido como o «Melhor Veterinário» pela revista Indianapolis Monthly, em 2004.
Dick Wolfsie é um galardoado com um Emmy que trabalha para a WISH-TV em Indianápolis. É autor de sete livros, incluindo Barney: The Stray Beagle Who Became a TV Star and Stole Our Hearts. A sua coluna humorística pode ser lida em vinte e cinco publicações jornalísticas.

A Última Metamorfose de Zeus (José Morais e Régine Kolinsky)

Este pequeno livro, simples, descontraído e divertido, é uma forma interessante de explicar, misturando a mitologia grega e afro-brasileira com as pequenas coisas da vida real, o mágico processo de aprendizagem da leitura. E tudo começa com uma história, quando Hermes, mensageiro dos deuses, revela a Zeus que, desde a criação dos livros, os homens passam muito do seu tempo mergulhados na estranha actividade da leitura. A curiosidade de Zeus aumenta ainda quando receba visita de Xangô, que, alfabetizado por um missionário, lhe fala dos prazeres da leitura. É então que o senhor do Olimpo decide chegar a um acordo com Prometeu para que este o ensine a ler.
Escrito de uma forma muito acessível, com capítulos pequenos e uma linguagem clara, este é um livro adequado para os mais jovens, que poderão assim descobrir, de uma forma divertida, as origens e as vantagens da leitura. Também os menos jovens, contudo, podem apreciar esta leitura descontraída e divertir-se com a ingenuidade do deus que aprende a ler com os ensinamentos de Zélia, uma criança tão inocente, mas tão sábia para a sua idade.
É uma leitura muito breve, com as suas 130 páginas, e uma história muito simples. Ainda assim, este é um livro que vale a pena. Leve e divertido, é daquelas obras que, ao virar da última página, nos deixa com um sorriso nos lábios.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Oda a Erin, Diana Groe: Uma Novidade Valery (Espanha)

«Diana Groe evoca as grandes autoras da literatura romântica.» RT BookReviews.


Uma princesa irlandesa. Um guerreiro viking. Os assaltos perpetrados pelo seu povo na Irlanda deveriam tê-los tornado em inimigos irreconciliáveis, mas, quando ele é arrastado pela corrente até à orla da praia sem qualquer memória do seu passado, Brenna sente-se atraída pelo belo forasteiro.As suas palavras amáveis e carícias ternas ajudá-la-ão a afastar as memórias da brutalidade e atearão o fogo de uma paixão que nunca julgara possível. Ao ver a forma como as suas mãos percorrem a resplandecente madeira do barco, Brenna apercebe-se do seu desejo de que aqueles dedos acariciem da mesma forma o seu corpo. Mas nem mesmo o desejo que ambos sentem pode negar os segredos que se escondem no passado e, enquanto percorrem o país, atravessando Erin numa busca que pode alterar o curso da história, os enganos de outrora e a traição ameaçam destroçar o refúgio que encontraram nos braços um do outro.

Império Terra: O Princípio (Paulo Fonseca)

Com um início directamente traçado na acção e toda uma série de fenómenos de tom apocalíptico, este Império Terra: O Princípio é um livro de ritmo intenso, que nos transporta directamente para a rápida sucessão dos eventos. E tudo começa quando Gabriel, o protagonista, acorda do coma para encontrar uma Lisboa bem diferente daquela que recorda.
Criaturas misteriosas, vagamente semelhantes a demónios, invadiram a cidade, espalhando o caos e o pânico, e, em breve, a cidade deixará de ter luz elétrica, abrindo portas a terrores desconhecidos.
Como principais aspectos positivos deste livro, destaco o intenso ritmo da história, sem grandes momentos parados que tornem os sucessivos desenvolvimentos aborrecidos e a forma como se processam, começando pela confusão até à tomada de uma atitude. Gostei também da diferença de pontos de vista das diversas personagens. Laura, com o seu idealismo e os seus planos de construir uma humanidade à sua maneira. Gabriel, com a certeza de que sobreviver não é suficiente. Nolen, com a sua presença misteriosa e os segredos que não se atreve a revelar.
Em termos de aspectos a melhorar, apontaria fundamentalmente a confusão emocional de algumas personagens, principalmente Laura, que parece divagar por alguns pensamentos contraditórios naquilo que espera de Gabriel.
Um outro aspecto que me deixou "à espera de mais" foram as muitas coisas que ficaram por dizer, mas, uma vez que a história continuará noutros livros, acredito que as respostas em falta estarão na continuidade da história. Por último, e esta não é uma falha do autor, mas dos responsáveis pela edição, existem umas quantas gralhas no livro que poderiam ser detectadas com uma revisão atenta.
Balanço geral: não é uma obra prima, mas é uma boa estreia. É um livro que agarra, que estimula a imaginação, e que culmina com um final interessante, deixando muito em aberto para o volume seguinte... e, claro, deixa vontade de ler mais.

domingo, 2 de agosto de 2009

Os Melhores Contos Espirituais do Oriente (Ramiro Calle)

Existem várias formas de apreciar este livro, que reúne 250 pequenos contos recolhidos durante as viagens de Ramiro Calle pelo oriente. E a diversidade desses contos, cada um deles com uma mensagem espiritual pode servir o propósito de elucidar um leitor curioso acerca das filosofias e modos de pensar orientais, mas também como meio de reflexão.
Complementados com breves comentários de Ramiro Calle, estes contos abordam as diferentes características do coração e da mente humana, guiando o seu leitor através das emoções e reacções, tanto positivas como negativas, e complementando as lições de cada conto, com indicações para melhorar a vida interior de cada um.
É uma obra curiosa esta colectânea de contos, porque, na sua totalidade abrangente, contém muitas pequenas partes e são todas tão diversas que cada leitor pode encontrar algum conto que lhe interesse e com que se possa identificar. Um bom livro para quem aprecia obras mais espirituais, interessante para ler todo de seguida, mas também para ler um ou dois contos de vez em quando e meditar um pouco sobre o seu significado.