ANTOLOGIA DE CONTOS E POEMAS, Edgar Allan Poe
Sobre o livro: Nesta edição comemorativa dos 200 anos do nascimento de Edgar Allan Poe, o leitor poderá conhecer melhor, através desta pequena antologia de contos e poemas, a dimensão do génio literário deste mestre do macabro e do terror. Os contos escolhidos obedecem à ordem em que são referidos no estudo crítico inédito de D. H. Lawrence que os antecede. No seu estilo muito próprio, e numa perspectiva inovadora, o escritor inglês analisa os contos de Poe, como Ligeia, Eleonora ou Berenice, enquanto “histórias de amor”. Baudelaire, além de ter traduzido Poe e acusado a sua influência, contribuiu para o seu reconhecimento em França e, por arrasto, nos Estados Unidos. Daí que se reproduza também aqui o seu texto sobre a vida e obra do americano, onde se pode ler como Baudelaire sentiu e deplorou a existência do infortunado poeta. A escolha dos poemas – três dos quais são traduzidos por Fernando Pessoa – não obedecem a outro critério senão ao de dar a conhecer ao leitor os que trouxeram maior notoriedade ao poeta, principalmente O Corvo, que surge aqui ilustrado pelo prodigioso Gustave Doré.
Sobre o autor: Edgar Allan Poe nasceu em Boston, Massachusetts, a 19 de Janeiro de 1809. Poeta, ficcionista, crítico literário, editor, Poe foi, segundo Fernando Pessoa, “das figuras literárias mais notáveis da América Inglesa”. Expoente do Movimento Romântico Americano, a sua influência na história da literatura é difícil de igualar: Poe foi um dos mais notáveis representantes da literatura gótica e de terror, um dos pioneiros da ficção científica, pai da moderna literatura policial e arquitecto do conto moderno. Para além do seu talento literário, Poe cele brizou-se pela vida breve e desafortunada que levou, pautada por alcoolismo, opiáceos, dívidas, depressões e um fascínio pelo mórbido e o sombrio. Morreu em 1849, aos 40 anos, ainda hoje de circunstâncias também elas obscuras.
CARTA A BOSIE, Oscar Wilde
Sobre o livro: Só o Amor, qualquer que seja a sua natureza, pode explicar o enorme sofrimento que há no mundo. É este o tom da carta escrita por Oscar Wilde ao seu amante Lord Alfred Douglas na prisão de Reading, onde cumpria pena por “ultraje aos costumes”. Vítima da paixão destrutiva que manteve por Douglas, um monstro com cara de anjo a quem carinhosamente chamava “Bosie”, a vida de Wilde divide-se em duas fases: antes e depois de Bosie. Antes, o sucesso e a glória de um dandy. Depois, a decadência que culminará na humilhação e na desgraça. Deste texto já De Profundis nos dera um extracto desenvolvido, porém eivado de lacunas que deixavam na sombra a violência da “experiência mais amarga de uma vida amarga” que nela é testemunhada. Daí que Albert Camus se tenha referido a esta carta como “um dos mais belos livros que nasceram do sofrimento de um homem.”
Sobre o autor: Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde nasceu em Dublin a 16 de Outubro de
1854. Paradigma do dandy, porta-voz do esteticismo finissecular e protagonista de escândalos, Wilde gozou de enorme reputação como escritor na pudorosa sociedade vitoriana. Em
1884 casa com Constance Lloyd e nos anos seguintes publica várias obras em Londres, entre elas O Príncipe Feliz e Outros Contos e O Retrato de Dorian Gray (publicado pela Vega em 2000), o seu único e aclamado romance. Wilde notabilizou-se à época especialmente
como dramaturgo, com peças como Lady Windermere’s Fan, A Woman of No Importance, An Ideal Husband e The Importance of Being Earnest. É também autor de ensaios como A Alma do Homem Sob o Socialismo e O Declínio da Mentira, ambos publicados pela Vega.
Depois de cumprir pena por “comportamento repreensível”, abandona a Inglaterra para sempre. Reside em França, Itália, e acaba por se fixar em Paris, onde vive modestamente sob o nome de Sebastien Melmoth até à sua morte, a 30 de Novembro de 1900.
AS MENINAS DE PARIS, Henry Miller
Sobre o livro: Relato autobiográfico das aventuras sexuais do americano Henry Miller em Paris. Nys, um belo pedaço de carne suave e suculenta, Claude, uma prostituta angelical, Germaine, “puta de nascença” com a sua “moita rosada”, e uma anónima prostituta de rua, misteriosa e com ar de norueguesa, são as quatro “meninas de Paris” com que o autor, insaciável libertino, se lança na aventura do erotismo, tanto excitante como perigoso, na Cidade das Luzes, capital da devassidão do início do século XX. Este é o primeiro título da colecção Muito Prazer, publicada sob a chancela editorial Ramo de Ouro.
Sobre o autor: Henry Miller nasceu em Nova Iorque, a 26 de Dezembro de 1891, e morreu em
Pacific Palisades, na Califórnia, a 7 de Junho de 1980. Foi dos escritores americanos mais malditos e controversos que a Literatura conheceu. Em 1930 mudou-se para Paris, onde publicou o seu primeiro romance, Trópico de Câncer (1934), financiado pela sua amante Anais Nïn, e mais tarde Trópico de Capricórnio (1938), obras pelas quais viria a ser acusado de pornografia e que seriam proibidas em vários países. Embora Miller se tenha destacado também noutros domínios, como o ensaio e a literatura de viagem, foi como “o escritor da libido, do obsceno e do nojo” que se afirmou.
AS 11000 VERGAS, Guillaume Appolinaire
Sobre o livro: As Onze Mil Vergas conta a história de um príncipe romeno, Mony Vibescu, no seu périplo de depravação em busca de excitação e aventura que o leva de Bucareste a Paris, passando por vários países da Europa e culminando na China. As suas peregrinações são pontuadas por cenas notavelmente cruas, em que Apollinaire explora, com um humor invulgar, as facetas mais obscenas da sexualidade, do sadismo ao masoquismo, do vampirismo ao safismo, da gerontofilia à pederastia, do onanismo à sexualidade em grupo. Leitor de Sade, Restif de la Bretonne e Andrea de Nerciat, Apollinaire constrói com as suas Onze Mil Vergas a resposta do modernismo aos velhos mestres do erotismo, expandindo e detonando os limites da obscenidade muito para além do imaginável.
Sobre o autor: Guillaume Apollinaire nasceu Wilhelm Albert Włodzimierz Apolinary Kostrowicki a 26 de Agosto de 1880, em Roma, filho de mãe polaca, tendo posteriormente emigrado para França. Membro da comunidade artística de Montparnasse, em Paris, Apollinaire foi dos poetas, escritores e críticos mais proeminentes do início do século XX. A ele se atribui a criação do termo “surrealismo”, estética que ele próprio desenvolveria em obras como Les Mamelles de Tirésias (1917). Apollinaire foi um grande apreciador de Marquês de Sade, notabilizando-se ele próprio no género erótico, nomeadamente com Les Exploits d’un Jeune Don Juan e este Onze Mil Vergas, que foi banido de França até aos anos 70. Dois anos depois de ser ferido na I Guerra Mundial, morreu aos 38 anos, vítima da Gripe de 1918.
Sobre o livro: Nesta edição comemorativa dos 200 anos do nascimento de Edgar Allan Poe, o leitor poderá conhecer melhor, através desta pequena antologia de contos e poemas, a dimensão do génio literário deste mestre do macabro e do terror. Os contos escolhidos obedecem à ordem em que são referidos no estudo crítico inédito de D. H. Lawrence que os antecede. No seu estilo muito próprio, e numa perspectiva inovadora, o escritor inglês analisa os contos de Poe, como Ligeia, Eleonora ou Berenice, enquanto “histórias de amor”. Baudelaire, além de ter traduzido Poe e acusado a sua influência, contribuiu para o seu reconhecimento em França e, por arrasto, nos Estados Unidos. Daí que se reproduza também aqui o seu texto sobre a vida e obra do americano, onde se pode ler como Baudelaire sentiu e deplorou a existência do infortunado poeta. A escolha dos poemas – três dos quais são traduzidos por Fernando Pessoa – não obedecem a outro critério senão ao de dar a conhecer ao leitor os que trouxeram maior notoriedade ao poeta, principalmente O Corvo, que surge aqui ilustrado pelo prodigioso Gustave Doré.
Sobre o autor: Edgar Allan Poe nasceu em Boston, Massachusetts, a 19 de Janeiro de 1809. Poeta, ficcionista, crítico literário, editor, Poe foi, segundo Fernando Pessoa, “das figuras literárias mais notáveis da América Inglesa”. Expoente do Movimento Romântico Americano, a sua influência na história da literatura é difícil de igualar: Poe foi um dos mais notáveis representantes da literatura gótica e de terror, um dos pioneiros da ficção científica, pai da moderna literatura policial e arquitecto do conto moderno. Para além do seu talento literário, Poe cele brizou-se pela vida breve e desafortunada que levou, pautada por alcoolismo, opiáceos, dívidas, depressões e um fascínio pelo mórbido e o sombrio. Morreu em 1849, aos 40 anos, ainda hoje de circunstâncias também elas obscuras.
CARTA A BOSIE, Oscar Wilde
Sobre o livro: Só o Amor, qualquer que seja a sua natureza, pode explicar o enorme sofrimento que há no mundo. É este o tom da carta escrita por Oscar Wilde ao seu amante Lord Alfred Douglas na prisão de Reading, onde cumpria pena por “ultraje aos costumes”. Vítima da paixão destrutiva que manteve por Douglas, um monstro com cara de anjo a quem carinhosamente chamava “Bosie”, a vida de Wilde divide-se em duas fases: antes e depois de Bosie. Antes, o sucesso e a glória de um dandy. Depois, a decadência que culminará na humilhação e na desgraça. Deste texto já De Profundis nos dera um extracto desenvolvido, porém eivado de lacunas que deixavam na sombra a violência da “experiência mais amarga de uma vida amarga” que nela é testemunhada. Daí que Albert Camus se tenha referido a esta carta como “um dos mais belos livros que nasceram do sofrimento de um homem.”
Sobre o autor: Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde nasceu em Dublin a 16 de Outubro de
1854. Paradigma do dandy, porta-voz do esteticismo finissecular e protagonista de escândalos, Wilde gozou de enorme reputação como escritor na pudorosa sociedade vitoriana. Em
1884 casa com Constance Lloyd e nos anos seguintes publica várias obras em Londres, entre elas O Príncipe Feliz e Outros Contos e O Retrato de Dorian Gray (publicado pela Vega em 2000), o seu único e aclamado romance. Wilde notabilizou-se à época especialmente
como dramaturgo, com peças como Lady Windermere’s Fan, A Woman of No Importance, An Ideal Husband e The Importance of Being Earnest. É também autor de ensaios como A Alma do Homem Sob o Socialismo e O Declínio da Mentira, ambos publicados pela Vega.
Depois de cumprir pena por “comportamento repreensível”, abandona a Inglaterra para sempre. Reside em França, Itália, e acaba por se fixar em Paris, onde vive modestamente sob o nome de Sebastien Melmoth até à sua morte, a 30 de Novembro de 1900.
AS MENINAS DE PARIS, Henry Miller
Sobre o livro: Relato autobiográfico das aventuras sexuais do americano Henry Miller em Paris. Nys, um belo pedaço de carne suave e suculenta, Claude, uma prostituta angelical, Germaine, “puta de nascença” com a sua “moita rosada”, e uma anónima prostituta de rua, misteriosa e com ar de norueguesa, são as quatro “meninas de Paris” com que o autor, insaciável libertino, se lança na aventura do erotismo, tanto excitante como perigoso, na Cidade das Luzes, capital da devassidão do início do século XX. Este é o primeiro título da colecção Muito Prazer, publicada sob a chancela editorial Ramo de Ouro.
Sobre o autor: Henry Miller nasceu em Nova Iorque, a 26 de Dezembro de 1891, e morreu em
Pacific Palisades, na Califórnia, a 7 de Junho de 1980. Foi dos escritores americanos mais malditos e controversos que a Literatura conheceu. Em 1930 mudou-se para Paris, onde publicou o seu primeiro romance, Trópico de Câncer (1934), financiado pela sua amante Anais Nïn, e mais tarde Trópico de Capricórnio (1938), obras pelas quais viria a ser acusado de pornografia e que seriam proibidas em vários países. Embora Miller se tenha destacado também noutros domínios, como o ensaio e a literatura de viagem, foi como “o escritor da libido, do obsceno e do nojo” que se afirmou.
AS 11000 VERGAS, Guillaume Appolinaire
Sobre o livro: As Onze Mil Vergas conta a história de um príncipe romeno, Mony Vibescu, no seu périplo de depravação em busca de excitação e aventura que o leva de Bucareste a Paris, passando por vários países da Europa e culminando na China. As suas peregrinações são pontuadas por cenas notavelmente cruas, em que Apollinaire explora, com um humor invulgar, as facetas mais obscenas da sexualidade, do sadismo ao masoquismo, do vampirismo ao safismo, da gerontofilia à pederastia, do onanismo à sexualidade em grupo. Leitor de Sade, Restif de la Bretonne e Andrea de Nerciat, Apollinaire constrói com as suas Onze Mil Vergas a resposta do modernismo aos velhos mestres do erotismo, expandindo e detonando os limites da obscenidade muito para além do imaginável.
Sobre o autor: Guillaume Apollinaire nasceu Wilhelm Albert Włodzimierz Apolinary Kostrowicki a 26 de Agosto de 1880, em Roma, filho de mãe polaca, tendo posteriormente emigrado para França. Membro da comunidade artística de Montparnasse, em Paris, Apollinaire foi dos poetas, escritores e críticos mais proeminentes do início do século XX. A ele se atribui a criação do termo “surrealismo”, estética que ele próprio desenvolveria em obras como Les Mamelles de Tirésias (1917). Apollinaire foi um grande apreciador de Marquês de Sade, notabilizando-se ele próprio no género erótico, nomeadamente com Les Exploits d’un Jeune Don Juan e este Onze Mil Vergas, que foi banido de França até aos anos 70. Dois anos depois de ser ferido na I Guerra Mundial, morreu aos 38 anos, vítima da Gripe de 1918.
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