As Publicações Dom Quixote inauguram, quinta-feira, dia 26, às 17h30, na Galeria da Biblioteca Nacional, de quem partiu a iniciativa destra mostra, uma exposição dedicada ao escritor Luiz Pacheco, falecido a 5 de Janeiro de 2008. Essa exposição passará para o papel em forma de um catálogo, que reunirá, pela primeira vez, quase todo o material impresso de Pacheco, enquanto autor e editor, e que chegará às livrarias, numa edição da Dom Quixote, no dia 7 de Dezembro. Tratam-se, na verdade, de dois livros num só volume e que terão os seguintes títulos: Luiz Pacheco -1925-2008 - Um Homem Dividido Vale Por Dois e Contraponto-Bibliografia. Com esta obra, o leitor terá acesso a um conjunto de textos inéditos do autor e, também, a várias trocas de correspondência nunca antes publicadas. Depoimentos e testemunhos, entre eles, o de Mário Soares, para além de todo o catálogo da Contraponto, editora fundada pelo próprio Luiz Pacheco, estão também reunidos nesta colectânea.
Recorde-se que a Dom Quixote editou, em 2005, organizado por João Pedro George, o diário de Luiz Pacheco, com o título Diário Remendado, por muitos considerado um trabalho sem precedentes na literatura portuguesa.
Luiz José Machado Gomes Guerreiro Pacheco nasceu em Lisboa a 7 de Maio de 1925. Frequentou o Liceu Camões e a Faculdade de Letras de Lisboa, nunca tendo concluído o curso de Filologia Românica. De 1946 a 1959 foi funcionário da Inspecção dos Espectáculos. Da sua extensa e irregular colaboração em jornais e revistas, iniciada em O Globo e em Afinidades, figuram títulos como Seara Nova, Norte Desportivo, Jornal de Notícias, Diário Ilustrado, Jornal de Letras e Artes, Notícia, Diário Popular, Diário Económico e Público, entre outros. Em 1946 publicou História Antiga e Conhecida, posteriormente levada ao teatro por Mário Cesariny com o título Um Auto Para Jerusalém. Em 1950 criou a Contraponto, a editora de Cadernos de Crítica e Arte e de escritores portugueses como Mário Cesariny de Vasconcelos, António Maria Lisboa, Manuel de Lima, Carlos Wallenstein, Vergílio Ferreira, Herberto Helder e Natália Correia.
Nos últimos anos foram publicados Memorando, Mirabolando (1995), Cartas na Mesa (correspondência, 1996), O Uivo do Coiote (livro de entrevistas, 1996), Prazo de Validade (crónicas do Público, 1998), Isto de Estar Vivo (crónicas do Diário Económico, 2000), Uma Admirável Droga (2001), Mano Forte (correspondência com António José Forte. 2002), Raio de Luar (2003), Figuras, Figurantes e Figurões (2004) e Diário Remendado (2005).
Fonte: Dom Quixote
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