Heinrich Himmler, comandante da SS, Hermann Göring, criador da Gestapo e chefe da Luftwaffe, Albert Speer, ministro do Armamento do Terceiro Reich, Rosenberg, o grande teórico do Nacional-Socialismo, Joseph Goebbels, ministro do Povo e da Propaganda do Regime, e Anton Drexler, fundador do partido, são alguns dos doze homens fortes da hierarquia nacional-socialista que o historiador Ferran Gallego retrata e analisa em Os Homens do Führer.
Sem eles dificilmente Adolf Hitler teria chegado ao poder e conseguido solidificar um sistema político, económico, social, militar e cultural tão completo como foi o nazismo. O autor, professor da História do Fascismo na Universidade de Barcelona, traça a biografia destes homens e explica, com precisão e ritmo narrativo, como estas figuras surgiram depois da Primeira Guerra Mundial e foram ocupando o seu espaço à frente das diferentes organizações e instituições que surgira na Alemanha entre 1919 e o final da Segunda Guerra Mundial.
Ferran Gallego é doutor em História Contemporânea. É professor de História do Fascismo e História da América Latina contemporânea na Universidade Autónoma de Barcelona. Tem vários livros e artigos publicados sobre o fascismo alemão, dos quais destacamos De Múnich a Auschwitz e Neofascistas - Democracia y extrema derecha en Francia e Italia.
Trata-se sem dúvida de um livro profundo e exaustivo sobre algumas das principais figuras do nazismo e do seu papel na barbárie que representou.
ResponderEliminarCreio, contudo, que desenvolveu exageradamente certos aspectos de menor importância histórica ainda que eventualmente de interesse académico.
Todavia se o livro merece elogios a tradução portuguesa merece a mais severa crítica: a frequente pontuação errada ou falta dela, a utilização tempos de verbos desadequados, a falta de correspondência entre sujeito e predicado (aquele no plural e este no singular ou vice versa)tornam muitos parágrafos praticamente incompreensíveis. A ignorancia do tradutor vai ao ponto de traduzir literalmente expressões idiomáticas como por exemplo "les quatrecents coups" por quatrocentos golpes o que em português não quer dizer nada porque a expressão nacional para expressar a ideia seria, por exemplo, "trinta por uma linha" ou "troca tintas".
Bem sei que a necessidade de reduzir custos é muito importante nos dias de hoje, mas tentem encontrar melhores tradutores ou revisores. É uma vergonha colocar no mercado um livro com uma tradução igualmente vergonhosa como esta.