Realidade. É essa a constante presença por detrás de cada um dos poemas que constituem este livro. E, seja o quotidiano da vida campestre, sejam as histórias de um passado já distante e dos homens que conquistaram a lenda e o louvor, há um elemento que, de página em página, nunca deixa de estar presente: a descrição do real.
Também neste livro a poesia do autor adquire um certo pendor narrativo, servindo-se da poesia para transmitir, de uma forma mais breve, pequenas histórias ou episódios da vida rural. E, entre essas histórias, ou mesmo nas pequenas reflexões, também as descrições ganham vida. As flores, as vinhas, a chuva que cai... Tudo é contemplado com os olhos de quem vê claramente os pequenos detalhes da realidade.
Mais uma vez, e principalmente porque a temática não é a que mais me chama a atenção, não posso dizer que me tenha ligado por completo aos poemas deste livro. Ainda assim, a forma como a poesia se desenvolve é, no geral, bastante interessante e, encontrei, inclusive, alguns poemas marcantes. Recomendo aos apreciadores de uma poesia mais vocacionada para os temas da ruralidade e, acima de tudo, da realidade.
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