Chegou a minha vez de morrer. Como último desejo peço que me virem na direcção de Portugal, o país que me encheu de alegria o coração de menina e me tirou tudo o que de mais sagrado tinha quando mulher. Olhando para trás, reconheço que a minha vida foi marcada pela tragédia. Vi partir uma mãe cedo de mais, morria de doença e de desgosto por um marido que a traía publicamente. Não me consegui despedir do meu pai, enterrei um marido que, com palavras doces e promessas vãs conquistou o meu ingénuo coração e no final me humilhou com as suas traições, um filho em quem depositava todas as esperanças, um neto adorado, e, por fim, a minha querida Clotilde, irmã de sangue e confidente.
Claro que também tive momentos de felicidade. Quando sonhava acordada com príncipes e casamentos perfeitos, quando cheguei a Lisboa e o povo gritava o meu nome, quando viajava por essa Europa fora de braço dado com Luís, quando brincava no paço com os meus filhos ou quando estendia as mãos para ajudar os mais necessitados, abrindo creches e asilos. Mas mesmo nestas alturas havia quem me apontasse o dedo. Maria Pia a gastadora, a esbanjadora do erário público. A que dava festas majestáticas no paço, a que ia a Paris comprar os tecidos mais caros e as jóias mais exuberantes. Não percebiam eles que assim preenchia o vazio que, aos poucos, se ia instalando no meu coração.
Na sua primeira incursão pela escrita, Diana de Cadaval traz-nos um retrato psicológico impressionante de D. Maria Pia, rainha de Portugal. Num romance escrito na primeira pessoa viajamos para os finais do século XIX, princípios do século XX para conhecer a trágica vida de uma princesa italiana feita rainha com apenas catorze anos. Recebida em clima de grande euforia, Maria Pia foi, 48 anos depois, expulsa de um país a quem dedicou toda a sua vida.
Diana, duquesa de Cadaval, nasceu em Genebra, na Suíça e vive actualmente em Portugal, entre o Estoril e Évora. Formou-se em Comunicação Internacional na Universidade Americana de Paris e trabalhou na leiloeira Christie's, em Londres. Tem a seu cargo a actividade cultural do Palácio Cadaval, em Évora, o berço da família ducal há mais de seis séculos. Com o marido, o príncipe Charles-Philippe d'Orléans, duque d'Anjou, Diana de Cadaval tem participado em missões humanitárias na Etiópia, Camboja, Sérvia e Egipto.
Colecção: Romance
P.V.P: 21 €
ISBN: 978-989-626-230-3
Páginas: 208 + 16 extratextos
Formato: 16 x 23,5 / Cartonado
Data de lançamento: Junho
«Ontem à noite descobri um pequeno caroço num peito. Um caroço indiscutível que não conheço. Toco-o e ele move-se acompanhando o ritmo dos meus dedos mas, por mais que lhe mexa, não desaparece. Continuo a ter um pequeno caroço. Tenho um pequeno caroço? Como é possível que estes peitos tão pequenos, que nunca serviram nem para seduzir nem para amamentar, tenham um caroço?»
É assim que se inicia um relato emocionante na primeira pessoa de uma mulher com cancro de mama. De um dia para o outro Mariela Michelena, uma psicanalista dinâmica, sonhadora, no auge da sua vida pessoal e profissional, vê a vida fugir-lhe por entre os dedos.
Ao longo de quase um ano de tratamentos acompanhamos a vida desta mulher. As suas dúvidas e incertezas, a relação com o marido, as amigas solidárias, os sentimentos contraditórios, o sofrimento e a dor que transformam este livro num testemunho único e comovedor onde a palavra de ordem é a sinceridade. Uma sinceridade perturbadora.
Mariela Michelena, autora de Mulheres Mal-Amada, rejeita a frase «não se passa nada», o sorriso e o optimismo quase obrigatórios na sociedade em que vivemos. Em troca convida o leitor a uma viagem verdadeira e real onde ecoa a voz de um sofrimento a que todos os que passam por esta doença têm direito.
Mariela Michelena é psicanalista e membro da Associação Psicanalítica de Madrid (Associação Psicanalítica Internacional). Desenvolveu a sua prática clínica em Caracas, Houston e Lima. Actualmente exerce no seu consultório de Madrid. Publicou Un año para toda la vida (2002) e Saber y no saber. Curiosidade sexual infantil (2006). Em Portugal, pela Esfera dos Livros, editou com grande sucesso Mulheres Mal Amadas.
Colecção: Fora de Colecção
P.V.P: 17 €
ISBN: 978-989-626-228-0
Páginas: 208
Formato: 16 x 23,5 / Brochado
Data de lançamento: Junho
Este é um livro sobre treinadores de futebol. Não fala das questões técnicas e tácticas do jogo, mas sim sobre o líder da equipa, o gestor do balneário, o psicólogo e, por vezes, o amigo dos jogadores.
A jornalista Cecília Carmo entrevistou nove treinadores nacionais que partilharam momentos pouco conhecidos do grande público. Quando os flashes e as câmaras não estão apontados, há outras histórias para contar. Histórias de balneário, da forma como convivem com a ruptura, com o despedimento, como lidam com os egos dos jogadores, com a pressão das claques, a sombra dos presidentes dos clubes que os empregam, como reagem aos fracassos e às vitórias.
Um livro que nos revela uma faceta menos conhecida dos treinadores de futebol. Uma profissão solitária cujo lema, todos concordam, é ter a mala sempre pronta para seguir para o próximo desafio.
«Digo muitas vezes aos treinadores: se vocês querem seguir com esta aposta procurem rapidamente um médico. Não estão bons da cabeça de certeza (…)»
Carlos Queiroz
«No meu ponto de vista tem de haver uma fronteira. Eu sou treinador, tu és jogador. Eu tenho esta função, tu tens esta função.»
Paulo Bento
«Eu convivo bem com essa solidão, porque eu, mesmo a perder, gosto de ver sempre quais são as vantagens dessa derrota.»
Domingos Paciência
Cecília Carmo é jornalista da RTP. Trabalhou na secção de desporto do semanário Expresso em 1985. Em 1987 ingressou na RTP, na secção de desporto, onde esteve durante 18 anos. Foi repórter, apresentadora e coordenadora de quase todos os espaços desportivos da estação.
Como jornalista acompanhou quatro edições dos Jogos Olímpicos: Barcelona, Atlanta, Sydney e Atenas, sendo a team leader de toda a operação televisiva destes últimos. Coordenou na redacção em Lisboa os Campeonatos Europeus de Futebol de 1996, 2000 e 2004 e os Mundiais de 1998 e 2002.
Desde 2005 que apresenta o Jornal da RTP2 e coordena há dois anos o jornal «À Noite as Notícias», na RTPN. Lecciona aulas de Jornalismo Desportivo na Escola Superior de Comunicação Social, num seminário de mestrado.
Colecção: Actualidade
P.V.P: 16 €
ISBN: 978-989-626-232-7
Páginas: 168 + 8 extratextos
Formato: 16 X 23,5 / Brochado
Data de lançamento: Junho
Um dia, uma das irmãs de serviço no apartamento pontifício viu João Paulo II cansado e disse-lhe, estar «preocupada com Sua Santidade», Karol Wojtyla respondeu sorridente: «Também eu estou preocupado com a minha santidade».
Sem razão. Em 2005 o Papa Bento XVI abriu o processo de beatificação de João Paulo II, dispensando os habituais cinco anos regulamentares, e entregou a Slawomir Oder a tarefa de dirigir um trabalho rigoroso e objectivo de investigação e recolha meticulosa de testemunhos, provas concretas, pequenas histórias e episódios que provassem a santidade de Karol Wojtyla.
Neste livro, o Monsenhor Slawomir Oder, com a ajuda do jornalista Saverio Gaeta, narra detalhes inéditos da vida pessoal do primeiro Papa polaco, nomeadamente que se flagelava secretamente com um cinto ou que dormia despido no chão como acto de penitência, e apresenta documentos inéditos, como uma carta de renúncia escrita em 1989 por João Paulo II caso ficasse completamente incapacitado.
Ao longo destas páginas ficamos a conhecer um protagonista da História do século XX, mas também, e sobretudo, um crente capaz de viver no próprio corpo a mensagem evangélica. Este livro revela um João Paulo II no limite da pobreza, humilde, generoso, com sentido de justiça, casto, sensível às necessidades do próximo, mas também jovial e espirituoso. Um acérrimo devoto de Maria, capaz de perdoar e reconhecer a grandeza do próximo, como atesta a carta inédita a Ali Agca, o homem que o tentou assassinar em 1981.
Slawomir Oder nasceu em Chelmaz, Polónia, em 1960. Licenciado em Direito Canónico, Económico e Comércio. Sacerdote diocesano e reitor da Igreja Romana de Santa Maria Imaculada e São Bento José Labre. Vice-director do Gabinete do Departamento Legal do Vicariato de Roma é actualmente presidente do tribunal de apelo desse vicariato.
Saverio Gaeta nasceu em Itália, em 1958. É licenciado em Ciências da Comunicação Social, sendo chefe de redacção do semanário Famiglia Cristiana. Foi ainda redactor do diário L’Osservatore Romano e editor do jornal mensal Jesus. Tem ainda uma rubrica na Rádio Maria.
Colecção: Religião
P.V.P: 16 €
ISBN: 978-989-626-229-7
Páginas: 216
Formato: 15,5 x 23 / Brochado
Data de lançamento: Junho
Em Coimbra, a animação era uma constante. O Barão, alcunha pela qual Alberto João Jardim era conhecido desde os tempos de liceu, estava sempre no centro da festa. Os estudos, esses, ficavam para trás e foram concluídos a custo.
Quem não lhe vaticinava grande futuro enganou-se, Alberto João Jardim transformou-se, quatro anos depois do 25 de Abril de 1974, no incontestado presidente do Governo Regional.
A jornalista Maria Henrique Espada traça o retrato político e pessoal do homem que está há 32 anos no poder na Madeira. Nesta biografia não autorizada, ficamos a conhecer a sua ligação à fundação do PPD/Madeira, o apoio que teve do bispo e da Igreja, a sua acção como líder parlamentar, os bastidores do seu primeiro governo, o papel fundamental, embora inadvertido, na ascensão de Cavaco Silva em 1985 e as suas ambições e hesitações de se tornar líder do PSD Nacional.
De verbo fácil, rápido e inspirado, exagerado, controverso, com capacidade de executar, ainda que recorrendo à dívida para se financiar, descarado e com uma enorme capacidade negocial e reivindicativa, Alberto João Jardim é uma figura incontornável da política portuguesa.
Maria Henrique Espada é subeditora da secção Portugal da revista Sábado desde 2006. Foi jornalista nas revistas Visão (1994-1999) e Focus (1999-2002) e no jornal Diário de Notícias (2002-2006), sempre na área de política. Prémio Ensaio, do Clube Português de Imprensa, para estudantes de jornalismo, atribuído em 1993. É licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa e pós-graduada em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica de Lisboa.
Colecção: Actualidade Biográfica
P.V.P: 25 €
ISBN: 978-989-626-227-3
Páginas: 408 + 16 extratextos
Formato: 16 x 23,5 / Cartonado
Data de lançamento: Junho
O vinho é um elemento essencial da nossa cultura e da nossa gastronomia. Mas para muitos ainda é um mundo complexo e difícil de entender. João Afonso, conhecido crítico de vinhos, revela-nos os segredos do vinho através deste guia completo e acessível a todos os que querem saber mais.
Não sabe que vinho servir com carne ou peixe? Gostaria de construir a sua própria garrafeira, mas não sabe por onde começar? Depara-se com notas de prova que não consegue interpretar e que em nada o ajudam na escolha de um vinho? Muitas vezes interroga-se como deve abrir uma garrafa, em que copo deve servir determinado vinho ou a que temperatura deve ser degustado?
João Afonso responde a estas e outras questões de forma simples e prática e leva-o numa viagem ao mundo vínico.
· Conheça o processo de produção desde a vinha à maturação;
· Descubra as grandes marcas de vinhos portugueses e estrangeiros;
· Saiba onde e como comprar os melhores vinhos para a sua garrafeira;
· Aprenda a decifrar os rótulos e contra-rótulos das garrafas;
João Afonso nasceu em Coimbra em 1957, tirou o curso de professor de Educação Física na Faculdade de Motricidade Humana (FMH) mas a alma de artista levou a optar pela arte da dança em vez de futebol. Durante mais de 15 anos foi primeiro bailarino do saudoso Ballet Gulbenkian.
Em 1994, Inicia a colaboração com a Revista de Vinhos. Entretanto assume também as funções de director da Edição da Enciclopédia do Vinho da editora Salvat em Portugal – 1997/1998. A partir de 2000 alarga a sua influência junto do público consumidor com o seu Anuário de Vinhos. Hoje, entre a vida de repórter de vinhos, júri de concursos internacionais, palestrante e pedagogo na área do vinho, vive entre Castelo Branco (onde abraça o hobby de olivicultor) e Portalegre, onde está a construir um projecto vitivinícola.
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