Quando o marido decidiu aceitar um emprego a quilómetros de distância, Joan soube que o casamento estagnara e a separação estava iminente. A decisão foi, pois, afastar-se durante algum tempo e mudar-se para a sua casa junto ao mar. Aí, ao longo de um ano, Joan viveu ao ritmo da natureza e, de descoberta em descoberta, percorrendo novas experiências, descobriu uma nova faceta de si mesma.
Fundamentalmente introspectivo, este é um livro em que a história da autora não é o essencial, mas apenas a base para um longo exercício de reflexão. Assim, o que acontece é que os acontecimentos são, por vezes, pequenas coisas, momentos aparentemente simples, mas que despertam na autora a necessidade de meditar sobre o que era e o que desejaria que fosse a sua vida.
Trata-se, portanto, de uma história bastante pessoal e que, segundo experiências de vida muito particulares, terá sobre cada leitor um impacto diferente. Questões de casamento, de relação com os filhos, mas também de realização profissional, de amizade e de mudança são abordadas a partir da experiência específica da autora. As suas conclusões são, pois, pessoais e resultantes das suas próprias opções. Personalidades diferentes e escolhas divergentes poderiam ter levado a um rumo completamente diferente.
Por isso, a mensagem que fica é, acima de tudo, a da necessidade de cada um encontrar o seu próprio equilíbrio, uma certa estabilidade entre o que são os seus desejos e sonhos pessoais e as relações com o mundo em redor, superando os obstáculos que bloqueiam e magoam, para encontrar uma vida mais feliz. Talvez o caminho deste livro seja apenas um entre muitos. Ainda assim, a mensagem está lá. E é isso o mais interessante desta leitura.
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