Um crime numa carruagem de comboio que ninguém viu mas de que todos são suspeitos. Um cadáver desaparecido e um chapéu misterioso. Uma investigação levada a cabo por um detective brilhante.São estes os elementos do crime que chocou a Londres do século XIX.
Dia 9 de julho de 1864. Após um serão com familiares, Thomas Briggs chega à estação ferroviária e entra na carruagem 69 do comboio das 21:45 com destino a Hackney. Sem saber que a sua viagem haveria de ficar para a história…
Alguns minutos mais tarde, dois funcionários bancários entram no compartimento. Quando se sentam, um deles repara no sangue que se acumulara junto dos botões dos estofos. Depois vê sangue no chão e nas janelas da carruagem, assim como a marca de uma mão ensanguentada na porta. As senhoras na carruagem adjacente queixam-se de que têm os vestidos salpicados de sangue que entrou pela janela quando o comboio estava em movimento.
Mas não há sinal de Thomas Briggs. Na carruagem está apenas uma bengala com castão de marfim, uma mala de pele vazia — e um chapéu que, estranhamente, não pertence ao senhor Briggs…
Assim começa a história vertiginosa, fascinante e verídica de um crime que mudou para sempre a maneira como viajamos. Com formidável mestria narrativa, Kate Colquhoun evoca as imagens, os sons e os cheiros da viagem ferroviária vitoriana e revela segredos há muito enterrados de uma das mais apaixonantes investigações de homicídio daquela época.
Os anteriores títulos de não-ficção de Kate Colquhoun foram selecionados para o Duff Cooper Prize de 2004 e o Samuel Johnson Prize de 2003. Para além de escrever para vários jornais e revistas, é convidada frequente na rádio e televisão britânicas. Vive em Londres com o marido e os dois filhos.
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