A Herança Perdida reúne ensaios que o crítico James Wood foi publicando ao longo de vários anos em publicações tão prestigiadas como a New Republic ou a London Review of Books. De Herman Melville a Philip Roth, de Virginia Woolf a Don DeLillo, Wood analisa as formas como nestes escritores a literatura funciona como uma espécie de religião. Regista igualmente o percurso inverso – a transformação da religião num género literário – levado a cabo por autores do século XIX como Matthew Arnold e Ernest Renan. A distinção entre a realidade e o realismo, os polémicos ensaios sobre George Steiner, John Updike e Julian Barnes, a profunda empatia da escrita que permite novas leituras de escritores consagrados são motivos suficientes para se aceder ao universo de James Wood.
James Wood conseguiu transformar a crítica literária num assunto popsem ceder em nada à facilidade. Conseguiu contrariar a hostilidade do mundo jornalístico aos seus textos, inicialmente considerados «muito académicos» e, ao mesmo tempo, fazer com que as revistas Time e New Yorker cobiçassem os seus ensaios. Mas Wood não trata apenas dos autores clássicos; a atenção aos autores novos, e não apenas os que escrevem em inglês, fez dele um autor venerado em todo o mundo e muito estudado nas universidades.
James Wood nasceu em 1965, em Durham, na Inglaterra, onde o seu pai era professor de zoologia na universidade local. Estudou em Eton, onde recebeu uma bolsa de estudos de música, e depois em Cambridge. Em 1990, foi o vencedor do Young Journalist of the Year Award. De 1992 a 1995, foi o principal crítico literário do Guardian e, em 1995, tornou-se editor sénior da revista The New Republic, nos Estados Unidos. A partir de 2007 as suas críticas e ensaios têm aparecido com frequência no New York Times, The New Yorker, The New York Review of Books, e na London Review of Books, onde é membro do conselho editorial.
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