terça-feira, 6 de agosto de 2013

O Toque do Highlander (Karen Marie Moning)

Circenn Brodie, guerreiro imortal, jurou proteger as relíquias das fadas, mesmo negando os seus dons particulares. Mas a negação do seu dom colocou-o numa situação delicada, já que uma maldição pouco ponderada o obrigou a um juramento difícil. Circenn jurou que, quando o frasco regressasse às suas mãos, mataria o seu portador. Mas não é fácil cumprir esse voto, quando o dito portador é uma mulher vinda de um tempo futuro e que parece ter um efeito estranho sobre o seu coração. Orgulhosa, forte e pronta para enfrentar a adversidade, Lisa é um factor que Circenn não pode controlar. Mas talvez seja também a mulher de quem ele precisa.
Tal como nos outros livros desta série, o elemento central do enredo é, mais uma vez, o romance entre os protagonistas. Assim sendo, é natural que muitos dos acontecimentos se centrem em questões de atracção, sensualidade e amor. Estes são, muitas vezes, os aspectos dominantes. Mas, desenvolvidos de forma cativante e numa história que tem mais para além do romance, são também parte do que torna a leitura interessante, em grande parte devido ao equilíbrio entre o romance com o restante do ambiente e da história, mas principalmente pela empatia que as personagens vão conquistando.
Se é fácil sentir empatia para com Lisa, vinda de uma vida difícil e projectada para um tempo de que pouco conhece, mas forte e determinada, apesar disso, Circenn demora o seu tempo a exercer o mesmo efeito. Apresentado primeiro como guerreiro dominador, as suas melhores características vão-se revelando aos poucos. Uma vez reveladas, contudo, Circenn surge como um protagonista carismático, com um lado emocional particularmente cativante e uma muito interessante base de valores.
Também muito interessante neste livro é o elemento sobrenatural. O desenvolvimento do mundo das fadas - com a sempre intrigante presença de Adam - conjuga-se com a questão das viagens no tempo para servir de base a um bom conjunto de situações invulgares, mas fáceis de imaginar. Para isso contribui também o contexto histórico, com a presença dos Templários e a iminência da batalha a tornar as coisas um pouco mais complexas.
Ainda um outro ponto curioso é a posição temporal deste livro relativamente ao restante da série, o que permite ver relações com os outros volumes - ainda que continue a haver questões por responder - e também conhecer um lado diferente para algumas personagens,sendo que papel de Adam neste livro acaba por ser particularmente surpreendente.
Com um enredo interessante e momentos bastante emotivos, esta é, pois, uma história que cativa pela força das personagens, bem como pela forma como se enquadram no seu tempo e nas suas naturezas. Uma boa história, cativante e agradável, e uma boa leitura.

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