A Invenção do Amor passa-se em Madrid, nos dias de hoje, e narra a história de Samuel, que se apaixona por uma mulher que já morreu e que ele nem sequer conhecia. A partir daí, decide-se a reinventar-lhe uma vida, fazendo do leitor cúmplice na capacidade do ser humano para se enganar a si mesmo.
Do seu terraço, Samuel observa a agitação quotidiana de Madrid, repetindo para si próprio que tudo está bem. Sobreviveu aos quarenta, a "idade maldita", não tem filhos, e as mulheres entram e saem da sua vida sem nunca pronunciarem as palavras "para sempre".
Uma madrugada, alguém lhe comunica por telefone que Clara, sua ex-namorada, morreu num acidente. De ressaca, Samuel é incapaz de explicar que não conhece nenhuma Clara. Impelido por um misto de curiosidade e enfado, decide ir ao velório. É então que, fascinado pela possibilidade de usurpar a identidade da pessoa com quem o confundem, Samuel ficciona uma história de amor com Clara, que vai partilhando com Carina, a irmã desta. Samuel vê nesse jogo de ilusões a possibilidade de reinventar a sua existência e de, por fim, se sentir vivo. À medida que a memória de Clara vai ganhando verdadeira forma na sua cabeça, vai crescendo também a atracção que sente por Carina - e Samuel começa a perder o controlo do jogo que criou. Irá o amor que inventou ser a sua salvação ou a sua perdição?
José Ovejero nasceu em Madrid em 1958. A sua paixão pela literatura e pelo jornalismo leva-o a dividir a sua vida entre a cidade-natal e Bruxelas. Romancista, contista, ensaísta, dramaturgo e poeta, por todos estes géneros recebeu diversos prémios literários. Pelo último romance, A Invenção do Amor, foi destacado com o Prémio Alfaguara de Romance em 2013.
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