quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Maze Runner - A Cura Mortal (James Dashner)

Depois do que viveu no Labirinto e na Terra Queimada, Thomas sabe que não pode acreditar naquilo que a CRUEL lhe diz. E agora que lhe dizem que as Experiências estão perto do fim e que acabaram as mentiras, Thomas só tem mais razões para desconfiar. Nas mãos da CRUEL mais uma vez, ele sabe que não basta voltar costas e fugir. A única escolha possível é procurar uma oportunidade e construir um plano a partir do pouco que sabe. Mas é possível que a fuga seja apenas o início de uma nova sequência de provações, num cenário em que, com o Fulgor a ganhar terreno, as circunstâncias parecem cada vez mais desesperadas.
Retomando os acontecimentos basicamente no ponto onde foram deixados no volume anterior, este é um livro que segue, em grande medida, as mesmas características dos anteriores. Mais uma vez, o ritmo de constante acção e as frequentes reviravoltas fazem deste livro uma leitura viciante, ao mesmo tempo que o percurso das personagens através de um caminho cada vez mais complicado mantém acesa a curiosidade em saber mais. Não surpreende, por isso, que, tal como os anteriores, também este último volume seja de leitura compulsiva.
O que surpreende, sim, é o caminho das personagens e a forma como, ao longo do percurso, as suas interacções se alteram. Traições passadas e relações de confiança surgem agora de uma perspectiva diferente, à medida que certos factos e intenções são revelados. E, neste aspecto, importa referir que, ainda que nada de essencial seja deixado por dizer, ficam, de facto, algumas perguntas sem resposta, principalmente no que diz respeito às memórias de Thomas.
E é também uma surpresa a forma como, apesar do que é deixado por explicar, o impacto do caminho das personagens em nada é diminuído. Há sempre alguma coisa a acontecer e o perigo é uma constante no percurso de Thomas. Mas, apesar de todos os acontecimentos marcantes no passado das personagens e de toda a manipulação associada à CRUEL, há uma construção de ligações genuínas - de amizade, acima de tudo - que acrescentam ao enredo um lado emocional especialmente cativante. E tão mais surpreendente por ser neste livro que acontecem as situações de maior impacto.
Por último, importa também referir um elemento que, apesar de discreto, tem também um grande papel na forma como torna cativante a jornada das personagens. É que, num cenário cada vez mais sombrio e em que há perigo e morte à espera em cada passo, há laivos de humor e de cumplicidade que, além de acrescentarem um muito agradável toque de leveza, reforçam também a relação entre as personagens e a empatia que despertam.
Viciante e surpreendente, mesmo sem dar todas as respostas, Maze Runner - A Cura Mortal apresenta uma conclusão à altura das expectativas criadas pelos volumes anteriores. Uma boa história, com personagens fortes e alguns momentos realmente brilhantes. Muito bom, em suma.

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