sexta-feira, 3 de julho de 2015

Divulgação: Novidade Esfera dos Livros

No dia 21 de Agosto de 1415, por volta das seis da manhã, um exército português, comandado por D. João I, desembarcou em Ceuta e conquistou a cidade. Ao lado do rei, seguiam os seus filhos mais velhos, D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, que viam nesta empresa um palco mais digno e honroso para serem armados cavaleiros do que um simples torneio. Os combates fizeram-se corpo a corpo, porta a porta, rua a rua, através das apertadas vielas da cidade muçulmana, demonstrando uma vontade hercúlea em conquistar aquela importante praça norte-africana. Depois de dominada a cidade, os Portugueses ocuparam o castelo, onde se tinham refugiado os habitantes de Ceuta, mas que entretanto havia já sido abandonado. Na torre foi colocada a bandeira de São Vicente, que era, como ainda é, a da cidade de Lisboa, e que a partir desse momento passou a ser igualmente a de Ceuta. Seiscentos anos depois da conquista desta importante cidade do Norte de África, o historiador Paulo Drumond Braga apresenta-nos um livro essencial para percebermos de que modo a tomada de Ceuta foi o tiro de partida para o início dos Descobrimentos portugueses. Analisando as motivações para a conquista, bem como a vida económica, religiosa e quotidiana de uma cidade portuguesa em África desde a sua tomada até ao fim da presença lusa, este livro leva-nos numa viagem intensa por um período extraordinário da História de Portugal.
                                                          
Paulo Drumond Braga é licenciado em História (1987) e mestre em História da Idade Média (1992) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e doutor em História dos Descobrimentos e da Expansão pela mesma universidade (1997). Lecciona, desde 1997, na Escola Superior de Educação Almeida Garrett (Lisboa), sendo investigador do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade da Universidade do Porto (CEPESE) da Universidade do Porto. Participou, como comunicante, em numerosos congressos científicos realizados em Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Reino Unido e Brasil e é autor de cerca de uma centena de artigos saídos em revistas portuguesas, espanholas e brasileiras. É autor dos seguintes livros: A Inquisição nos Açores (1997); Ceuta Portuguesa (1415-1656) (1998) (em colaboração com Isabel M. R. Mendes Drumond Braga); Setúbal Medieval. Séculos XIII a XV (1998); História dos Cães em Portugal. Das Origens a 1800 (2000); D. João III (2002); Coimbra e a Delinquência Estudantil (1580-1640) (2003); Do Crime ao Perdão Régio (Açores, Séculos XVI-XVIII )(2003); Leite. Biografia de um Género Alimentar (2004); Portugueses no Estrangeiro, Estrangeiros em Portugal (2005); D. Pedro II. Uma Biografia (2006); A Princesa na Sombra. D. Maria Francisca Benedita (1746-1829) (2007); O Príncipe D. Afonso, filho de D. João II. Uma Vida entre a Guerra e a Paz (2008); Torres Vedras no Reinado de Filipe II. Crime, Castigo e Perdão (2009); Filhas de Safo. Uma História da Homossexualidade Feminina em Portugal (Séculos XIII-XX) (2010); Duas Rainhas em Tempo de Novos Equilíbrios Europeus. Maria Francisca Isabel de Saboia. Maria Sofia Isabel de Neuburg (2011); D. Maria (1521-1577), uma Infanta no Portugal de Quinhentos (2013); D. Pedro III. O Rei Esquecido (2013); A Rainha Discreta. Mariana Vitória de Bourbon (2014); À Cabeceira do Rei. Doenças e Causas de Morte dos Soberanos Portugueses entre os Séculos XII e XX (2014).

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