De novo no mercado, em reedição da Planeta, aquele que é um dos mais importantes romances históricos sobre a Inquisição portuguesa já escritos.
Um autor que é considerado uma das mais importantes vozes literárias da sua geração e que é claramente uma das mais reconhecidas no campo do romance histórico.
Este livro é baseado na fábula, por muitos aceite como verdade histórica, do falsário andaluz Alonso Pérez de Saavedra, que através de bulas forjadas terá passado por núncio apostólico e instituído em 1539, durante o reinado de D. João III, o Tribunal da Santa Inquisição em Portugal.
Finalista do Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas, A Mão Esquerda de Deus é um romance poderoso e inesquecível sobre a verdade e a mentira, uma história de amor e culpa e uma viagem intemporal ao mais fundo da natureza humana, numa época em que impera a intolerância e a desumanidade.
Tudo ganhará forma como a tua imaginação quiser.
Tens de sair para o mundo para lhe dares vida e cumprires as tarefas indicadas.
Se isto não é um livro, o que será?
Só tu podes responder.
Da mesma autora de Destrói Este Diário, mais um livro que abala certezas, desafia o leitor e estimula a nossa imaginação de uma forma bem ousada.
Outubro de 1874, Gabriel Camarasa regressa com a família a Barcelona após vários anos de exílio em Londres. No primeiro dia de aulas na Escuela de Arquitectura de la Lonja, conhece um jovem do segundo ano: Antoni Gaudí. Este é um enigma para Camarasa, pois possui conhecimentos de arquitectura muito superiores para um estudante da sua idade.
Interessam-lhe os assuntos esotéricos, botânica oculta e fotografia, além de manter vários contactos no submundo de Barcelona, onde leva a cabo uma lucrativa e misteriosa actividade. Gaudí é também, ou acredita sê-lo, uma mente dedutiva de primeira ordem.
Quando a aprazível vida de ambos os estudantes se altera devido a um assassínio e a uma obscura conspiração de consequências imprevisíveis, todas as capacidades do jovem Gaudí são postas à prova.
Algumas das mais fascinantes figuras da nossa História são vistas ou foram tidas como traidores –será uma questão de perspectiva?
Desde Viriato e Sertório, passando pelas crises de independência – tão pródigas em traições, como aqui se mostra – até ao final da I Guerra Mundial, com a história de um soldado português executado por traição à Pátria...
Este livro fala de traidores. Mais concretamente de traidores portugueses. Como tal foram acusados de traição pelos poderes legítimos e, como tal, foram (eventualmente) julgados.
Mas isto é só metade da história. Se seguíssemos com rigor este princípio, homens tidos hoje como o paradigma da traição – Miguel de Vasconcelos, por exemplo – não poderiam ser analisados neste livro, enquanto outros, vistos hoje como heróis nacionais – o Mestre de Avis, D. Nuno Álvares Pereira ou D. João IV –, seriam considerados traidores.
Neste livro há homens de bem, há oportunistas, há homens de convicções, há malandros, há homens de fé, há pulhas. Todos traíram ou foram acusados de trair (justa ou injustamente).
Não são todos farinha do mesmo saco, apesar de estarem todos aqui no mesmo saco. Todos têm histórias algo trágicas e, por vezes, até, algo cómicas, todas garante de uma leitura deleitada.
Com a mestria, o rigor e o tom vivaz e irónico a que já nos habituou, Sérgio Luís de Carvalho volta a fazer história da História de Portugal, através do fulgor e fascínio que nos inspiram os grandes traidores aqui tratados.
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