A Francisca está a entrar na adolescência, o que significa mudanças de humor, novos interesses e algumas distrações. No essencial, contudo, continua igual a si mesma, com os seus interesses e frustrações, os seus altos e baixos e as suas aventuras ao longo de um quotidiano normal. É uma miúda como qualquer outra... mas quem disse que era simples?
Parte do que torna estes livros cativante, mesmo para quem já não faz parte do seu público principal, é a forma como acompanham o crescimento da protagonista, não só nas suas aventuras mais caricatas, mas também na forma como lida com os obstáculos da vida. São histórias simples e descontraídas, assentes sobretudo nos dilemas da vida normal, mas não deixam de ter muitos momentos divertidos e algumas surpresas ao longo do caminho.
Outro ponto interessante são as mensagens subjacentes. Uma delas prende-se, naturalmente, com a questão do ambiente, que é uma das preocupações da protagonista, marcando por isso presença em todos os livros. Mas há também uma ideia subjacente à absoluta normalidade da Francisca. Não é uma miúda perfeita com notas perfeitas e comportamentos imaculados. É uma miúda normal, com as suas particularidades e vulnerabilidades, que são também o que a torna tão fácil de compreender.
Finalmente, importa referir, como sempre, o aspeto visual, que, de forma simples mas criativa, confere a estes livros o aspeto de verdadeiros diários, tornando a leitura mais imersiva e envolvente.
Uma história simples sobre os desafios do crescimento de uma adolescente perfeitamente normal, mas também singular na sua normalidade, com novos desenvolvimentos, mas com a mesma leveza e capacidade de cativar. Assim é, em suma, este novo diário da Francisca - uma boa leitura, como sempre.
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