quarta-feira, 31 de março de 2010

Novidades Vogais & Companhia

O primeiro volume da trilogia Midnighters (sendo que os seguintes chegarão nos próximos meses), o terceiro volume do Diário de um Banana e Don Peregrino, uma obra aparentemente muito interessante. São estas algumas das novidades da Vogais & Companhia. Em breve, teremos algumas surpresas por aqui. Para já... Fiquem com algumas informações sobre os livros.

A Hora Secreta
Scott Westerfeld

Coisas estranhas acontecem à meia-noite, na cidade de Bixby, no Oklahoma. O tempo para. Ninguém se mexe.
Todas as noites, durante uma hora secreta, a cidade pertence às criaturas negras que vivem nas sombras. Apenas um grupo de adolescentes conhece a hora secreta ¾ só eles conseguem mover-se livremente no tempo da meia-noite.
Designam-se a si próprios como midnighters.

Scott Westerfeld, nascido no Texas (EUA), escreveu muitas obras aclamadas, incluindo os livros das séries Midnighters, Uglies (quadrilogia que a Vogais & Companhia publicará em breve) e ainda uma nova trilogia (que também editaremos) que começa com Leviathan, um livro belissimamente ilustrado. Os seus livros foram nomeados pelo New York Times para integrar a lista «Notable Books of the Year» e ganhou os prémios Aurealis Award, Victorian Premier Award e Philip K. Dick Special Citation. As suas obras figuram regularmente nos tops de vendas nos EUA e noutros países.
Scott é também designer e atualmente vive entre Nova Iorque e Sydney na Austrália. Visite a sua página em www.scottwesterfeld.com.

A trilogia A Hora Secreta, No Limiar das Trevas (abril) e Meio-dia Azul (maio) é uma série de grande sucesso de vendas e junto da crítica:
«Uma combinação empolgante de fantasia, ficção científica e horror. Fez com que eu ficasse a ler até muito depois da meia-noite.»
Garth Nix
«O início empolgante de uma série.»
Kirkus Reviews
«Empolgante e assustador ¾ uma boa leitura para as horas noturnas.»
Ursula K. Le Guin
«Não desejamos todos que exista mais uma hora por dia? Os midnighters concretizam esse desejo, criando uma realidade aterradora em que o tempo para. Porém, mais aterradores ainda, são os próprios midnighters ¾ adolescentes com poder num tempo excedente, cujos conflitos entre eles são reais, imediatos e significativos. Mal posso esperar para ler o próximo livro!»
Holly Black, autora do bestseller Tithe and Valiant
«Uma mistura entre o cenário moderno de Buffy, a Caçadora de Vampiros e a magia do passado de O Jardim da Meia Noite. Um início promissor para uma coleção.»
VOYA

Vídeo de Midnighters – A Hora Secreta:

O Diário de um Banana 3– A Última Gota
Jeff Kinney

A verdade é esta: Greg Heffley nunca deixará de ser um banana. Alguém precisa de explicar isto ao seu pai.
Porque Frank Heffley acredita que conseguirá endurecer o filho e inscreve-o em desportos de equipa e noutras atividades «másculas».
Claro que Greg consegue esquivar-se facilmente aos esforços do pai para o mudar. Mas, quando o pai ameaça enviá-lo para uma escola militar, o Greg percebe que tem de se tornar duro… ou não terá salvação.
Este livro é o terceiro volume da série do diário de Greg, um verdadeiro banana, um romance com cartoons muito divertido, que está a ser um extraordinário sucesso entre nós, como comprova o facto de o primeiro livro, O Diário de Um Banana, já estar com seis edições, e o segundo livro, O Diário de Uma Banana 2 — Rodrick é Terrível, lançado apenas em Setembro, estar já com três edições.
Como é natural, em consequência do grande sucesso de vendas da série «Diary of a Wimpy Kid», com mais de 25 milhões de exemplares vendidos nos EUA e n.º 1 no top de vendas do New York Times, USA Today, Wall Street Journal e Indiebound, o livro vai virar filme já em abril deste ano.

«Um romance hilariante com cartoons… Os leitores não param de rir.» - Publisher’s Weekly

«Chega-te para lá, Harry Potter… A lista de vendas de coleções de livros juvenis tem novo líder e este não tem nada de “fantasia”.» - All Things Considered da NPR

«Uma das séries juvenis de maior sucesso alguma vez publicada.» - Washington Post

Vídeo de Diário de um Banana 3 – A Última Gota:

Don Peregrino
Cecilia Samartin

Jamilet é uma bela rapariga mexicana desfigurada por uma chocante marca de nascimento que lhe percorre as costas e as pernas como uma odiosa marca sangrenta.
Com documentos falsos, nos EUA, Jamilet arranja trabalho num hospital psiquiátrico a tratar de um tal Don Peregrino, um homem desagradável e misterioso.
Jamilet e Don Peregrino forjam uma ligação espiritual extraordinária, mais terpêutica para ambos do que a medicina moderna.

Vídeo de Don Peregrino:


DK-Civilização edita novo livro de Nigella Lawson

Título: Delícias da Nigella
Autor: Nigella Lawson
Título Original: Nigella Bites
Tradutor: Jorge Palinhos
Formato: 186 x 240 mm | Lombada: 12,5 mm
Páginas: 246 pp.
Peso: 775 g
Encadernação: Capa mole
Tema: Culinária
ISBN: 978-989-550-911-9
Cód. Barras: 9789895509119
PVP: 24,99 €
Publicação: Abril 2010


Repleto de receitas deliciosas, incluindo as exemplificadas na série de televisão Nigella Bites, este livro oferece versões inovadoras das receitas tradicionais e receitas novas e diferentes, todas com o toque característico da Nigella – descomplicadas, originais, inovadoras e perfeitas para o dia-a-dia actual.
O livro está dividido em secções como Pequenos-Almoços Tardios ou Jantares diante da TV que ajudarão o leitor a escolher a receita de acordo com a necessidade do momento.

Guerra Mundial Z (Max Brooks)

São múltiplos e tão diversos como os locais onde os mortos se ergueram, os testemunhos que formam este livro e que, no seu conjunto, formam um detalhado retrato da guerra entre os zombies e os humanos. E, desde o médico que viu o chamado "doente zero" aos soldados que travaram as mais importantes batalhas, o resultado é um acompanhamento, passo a passo, de todo o conflito, desde a criação dos primeiros planos até à última missão.
Com uma ideia base muito bem construída e uma estrutura no mínimo invulgar, Max Brooks apresenta-nos neste livro uma história bastante completa e bem estudada. Aqui, não temos um protagonista individual, que vamos seguindo ao longo do seu percurso, mas a globalidade da raça humana em conflito contra os zombies: um inimigo que não planeia, que não hesita... e que não se rende.
Com um formato tão diferente, é natural alguma estranheza inicial quando se pega neste livro. Afinal, o que se apresenta é um conjunto de testemunhos ou entrevistas com os diferentes intervenientes na guerra contra os mortos vivos e, como tal, a visão inicial é fragmentária. Com o avançar na leitura, contudo, estabelece-se um hábito e o livro torna-se envolvente, na sua abrangência dos múltiplos aspectos da guerra. E, se a generalidade dos testemunhos são bastante interessantes, há alguns ao longo do livro que se tornam verdadeiramente marcantes, quer pela emoção que transmitem, quer pela forma como o autor surpreende.
Bastante invulgar e cativante, Guerra Mundial Z é, sem dúvida, um livro muito bom no que à temática zombie diz respeito. E, se senti alguma falta da ligação emocional que é, inevitavelmente, mais forte quando acompanhamos um único protagonista, esse aspecto é amplamente compensado pela apreciação global do conflito e pela pergunta que, inevitavelmente, deixa na mente do leitor. Como reagiria, afinal, o nosso mundo perante uma ameaça global?

Passatempo O Clã da Loba

O blogue As Leituras do Corvo, em parceria com a Editorial Presença, tem para oferecer 2 exemplares do livro O Clã da Loba, de Maite Carranza, (disponível a partir de 6 de Abril). Para participar basta responder correctamente às perguntas apresentadas a seguir:

1.Como se chamam os dois clãs de bruxas em conflito?
2. Qual o nome da protagonista deste livro?
3. Em que cidade nasceu a autora?

Regras do Passatempo:
- O passatempo decorrerá até às 23:59 do dia 6 de Abril. Respostas posteriores não serão consideradas.
- Para participar deverão enviar as respostas para carianmoonlight@gmail.com, juntamente com os dados pessoais (nome e morada);
- Os vencedores serão sorteados aleatoriamente entre os participantes com as respostas correctas;
- Os vencedores serão contactados por email e o resultado será anunciado no blogue;
- Só se aceitarão participações de residentes em Portugal e apenas uma por participante e residência.

terça-feira, 30 de março de 2010

Pompeia: O Dia-a-dia da Mítica Cidade Romana (Mary Beard)

Como seria a vida em Pompeia antes da erupção do Vesúvio? Que quotidiano se esconde por detrás dos vestígios dessa cidade? É a estas perguntas que, com bastante pormenor, este livro pretende responder.
Organizado por secções dedicadas aos diferentes assuntos, e acompanhado por imagens que complementam com clareza a informação do texto, este livro baseia-se nos achados arqueológicos de Pompeia para criar uma visão da rotina e do funcionamento normal da cidade. Desde elementos tão simples como onde comiam e onde viviam os pompeianos até à vida política e religiosa da cidade, a autora apresenta-nos, de forma bastante clara e detalhada, as respostas para onde os vestígios parecem apontar.
Quando muitos elementos estão em falta, é por vezes tentador completar os espaços em branco de forma mais ou menos imaginativa. O que mais gostei neste livro é que a autora não só evita esse caminho como aponta várias teorias que foram tomadas como reais, apesar de construídas com alguma criatividade. Assim, a autora separa claramente o que considera como factos prováveis, o que são meras suposições e o que não pode ser senão um mito, revelando um sistema social bastante diferente do que alguma ficção nos faz imaginar.
Tenha-se em consideração que este não é um livro que se centre na tragédia em si, apesar de lhe dedicar algumas considerações, mas sim na vida quotidiana dos habitantes de Pompeia. E é por isso que, com a sua precisão, organização e acessibilidade, julgo que, mesmo para quem - como era o meu caso - tem poucos conhecimentos prévios sobre as bases da vida nessa época, tanto em Pompeia como noutras cidades romanas, este livro pode ser muito esclarecedor.

Regresso de Arrepios

Cerca de quinze anos depois, está de volta uma das colecções juvenis de maior sucesso de todos os tempos: Arrepios, de R. L. Stine. O universo dos livros continua povoado por monstros horríveis, cientistas loucos e todo o tipo de criaturas de arrepiar. O regresso acontece, em todo o país, a 8 de Abril.
Os livros agora publicados não são reedições; esta série da colecção chama-se TerrorLândia e está a conquistar novos fãs em vários países, à semelhança do que aconteceu com a anterior. Refira-se que já se venderam mais de trezentos (300!) milhões de exemplares da colecção Arrepios em todo o mundo e que, no auge de popularidade, chegaram a vender-se quatro milhões de livros por mês!
As aventuras desta série passam-se na TerrorLândia, um enorme parque temático que o autor descreve como o local mais assustador do mundo. Em cada livro, uma criança é atraída ao parque e aí reencontra vilões e heróis dos livros da colecção anterior, que lhes proporcionam aventuras de Os seis títulos da colecção Arrepios – TerrorLândia agora publicados são: A vingança do boneco vivo, Trevas nas profundezas, Sangue de monstro pela manhã, O grito da máscara maldita, Dr. Maníaco vs. Robby Schwartz e Onde está a múmia?.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Wolf Hall: o Booker Prize chega em Abril

Título: Wolf Hall
Autor: Hilary Mantel
Título Original: Wolf Hall
Tradução: Beatriz Sequeira
Formato: 155 x 235 mm | Lombada: 39 mm
Páginas: 680 pp. | Peso: 1100 g
Encadernação: Capa mole
Tema: Romance Histórico
ISBN: 978-972-26-3104-4
EAN: 978 972 26 31044
PVP: 22,20 €

Inglaterra, década de 1520. Henrique VIII está no trono, mas não tem herdeiros.
O cardeal Wolsey é o conselheiro do rei encarregue de obter o divórcio que o papa recusa conceder. Neste ambiente de desconfiança e necessidade aparece Thomas Cromwell, primeiro como secretário de Wolsey, e depois como seu sucessor. Cromwell é um homem muito original: filho de um ferreiro bruto, é um génio da política, um subornador, um galanteador, um arrivista, um homem com uma habilidade incrível para manipular pessoas e aproveitar ocasiões. Implacável na procura dos seus próprios interesses, Cromwell é tão ambicioso nos seus objectivos políticos como nos seus objectivos pessoais. O seu plano de reformas é implementado perante um parlamento que apenas zela pelos seus interesses e um rei que flutua entre paixões românticas e fúrias brutais.

[...] A minha primeira escolha é o prémio Booker de 2009 Wolf Hall, de Hilary Mantel [na imagem] Mantel já escreveu um romance histórico incomparável sobre a revolução francesa, A Place of Greater Safety. Agora voltou ao género. Wolf Hall, um título já equívoco e ameaçador (por razões longas de explicar aqui) é à superfície sobre a vida e ascensão de Thomas Cromwell, filho de ferreiro, mercenário e advogado, que chegou a chanceler de Henrique VIII e foi o grande
executante da Reforma inglesa. Como já alguém explicou noutro sítio, esta extraordinária meditação sobre o poder e a fé pesa sobretudo pelo que não é dito. Numa voz baixa, triste, neutra e aterrorizante (e sem um erro de facto ou teologia), Mantel conta o fim de um mundo. Uma lição aflitiva e apropriada.
Vasco Pulido Valente, PÚBLICO

The Laurentine Spy (Emily Gee)

Corhona é um lugar perigoso e muitos segredos se escondem entre os lordes e as damas da corte. Saliel e Athan são espiões de Laurent, escondidos sob uma máscara de inocência e de adaptação aos costumes da corte Corhonase, mas na verdade tentando reunir informação sobre os seus inimigos. Acontecerá, contudo, que cairá sobre eles a suspeita e, quando um caçador de espiões chega à cidadela, os misteriores poderes que Saliel tão meticulosamente escondeu passarão a ser necessários para que possam escapar com vida.
Centrado fundamentalmente nos deveres e objectivos da personagens, é surpreendentemente fácil entrar neste mundo. Ainda que vejamos muito dos pensamentos e sentimentos de Athan e Saliel, a corte Corhonase e o sistema hierárquico de Laurent encontram-se gradualmente mas muito bem explicados ao longo dos capítulos. E, de acordo com as atitudes que os protagonistas se vêem obrigados a tomar para se esconderem ou obterem a necessária informação, é possível ver claramente uma boa parte do mundo que os rodeia.
Com uma história inicialmente centrada na severidade de Corhona, é impossível não imaginar Laurent como uma espécie de paraíso, especialmente no que às mulheres diz respeito. Com o progredir dos eventos, contudo, e à medida que as verdadeiras identidades e posições de Athan e Saliel são reveladas, descobre-se que Laurent não é tão perfeita como inicialmente parecia. Na verdade, ambas as cortes são bastante realistas, com as suas vantagens e as suas falhas.
Passando ao desenvolvimento das personagens. O que mais me fascinou ao longo deste livro foi, de facto, a relação entre os dois espiões. Ambos têm muitos segredos e, à medida que mais é revelado sobre eles, a aceitação dos sentimentos que alimentam parece cada vez mais impossível. E depois há a intervenção do caçador de espiões, criando uma tensão constante e que torna este livro impossível de largar. É constante o sentimento de que as coisas não vão acabar bem para os protagonistas, mas é também inevitável a esperança de que haja um final feliz. E foi esse efeito que me fez querer ler mais e mais e mais.
Ainda um outro aspecto. As capacidades mágicas neste livro – tanto as de Saliel como as do caçador de espiões – são discretas e surgem com naturalidade ao longo do texto. Podem, de facto, mudar o curso dos acontecimentos, mas esse aspecto nunca é demasiado óbvio já que, mais que a magia, o que verdadeiramente conta para que os espiões atinjam os seus objectivos é a sua capacidade de se confundirem na corte.
Dito isto, só posso terminar reforçando que gostei mesmo, mesmo muito de ler este livro e que seguramente vou querer ler mais desta autora. Muito bom.

NOTA: Esta opinião é uma versão aproximada da que escrevi para os DGLA, que me deram a oportunidade de ler este livro. Obrigada!

domingo, 28 de março de 2010

Os Dias da Febre (João Pedro Marques)

Ao descer a calçada na companhia do seu marido, Elvira avista uma figura familiar. Não está certa do que vê, mas parece-lhe ser Robert Huntley, um velho amigo do irmão por quem, em tempos, alimentou uma paixão platónica. O surto de febre amarela que grassa por Lisboa, contudo, fará com que os seus caminhos se cruzem e o amor ilícito que existe entre ambos ganhará uma nova vida.
Partindo de um ponto simples - o momento em que Elvira avista Robert - e divagando depois para outros momentos e personagens, com recurso a recuos temporais, quando necessário, o autor dá-nos uma visão clara, ainda que não demasiado aprofundada, dos costumes da época. E se, mais que uma história em si, o surto de febre amarela surge mais como um contexto para a história de amor que constitui a essência deste romance, não deixa por isso de ser interessante a forma como o autor nos apresenta, em pequenos fragmentos, os elementos essenciais sobre esse surto, desde as teorias dos médicos e da Igreja à forma como a população reagia.
A escrita é bastante acessível, sem floreados desnecessários e existem alguns momentos verdadeiramente marcantes ao longo deste livro. Ainda assim, o romance entre Robert e Elvira acaba por se dispersar, em grande parte, por entre as visões do passado de ambos e dos que os rodeiam, pelo que me foi um pouco difícil - apesar de toda a história do marido de Elvira o converter numa personagem muito fácil de odiar - envolver-me por completo na relação amorosa dos protagonistas.
Curiosamente, apesar da história do seu amor não me ter emocionado particularmente, é a caracterização de Robert o que eu achei mais marcante nesta leitura e se, com a sua ligação a Elvira não me comoveu particularmente, o mesmo não se pode dizer da sua relação benevolente para com as mulheres necessitadas e do gesto de coragem que, na fase final do livro, acaba por marcar toda a sua história.
Um livro com um contexto histórico bastante interessante, que transmite bem a imagem de uma Lisboa de outros tempos e que, com os seus momentos mais marcantes, não deixa de ser uma leitura envolvente e agradável. Gostei.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Exilados (Manuel Arouca)

Março de 1974. O dia em que Cecília descobre que está grávida é também o dia em que compreende, por fim, que não ama o marido e que não pode ter um filho dele. As convenções e preconceitos, contudo, parecem ser uma barreira insuperável e os acontecimentos desencadeados pela revolução parecem guiar a sua vida num sentido que nunca previra.
Mais que um livro sobre o ambiente político pós 25 de Abril, Exilados centra-se na vida e história das pessoas que viveram esses tempos conturbados e que, ainda que nascidos em berço de ouro, tiveram de deixar tudo para trás e recomeçar a vida longe de Portugal. E é com base na história de Cecília que muitas outras vidas se entrelaçam, esperanças e traições, ódios e amores, para criar um enredo complexo como reflexo dessa época.
Com uma escrita bastante acessível e um ritmo de história envolvente, sendo poucos os momentos mais parados, o ponto forte deste livro é sem dúvida a emoção. Numa época por si só problemática, a forma como as tragédias pessoais, as dúvidas interiores e as traições imprevistas se atravessam no caminho de cada personagem permitem estabelecer quase inconscientemente uma ligação com o leitor. E, apesar da forte componente política que poderia ser referida num livro como este, centrado numa época de mudanças, o autor opta por dar relevo às pessoas, o que torna esta obra de leitura fácil mesmo para os menos familiarizados com a circunstância da época.
Ainda de referir um ponto de bastante impacto no enredo e que, apesar da mudança dos tempos, ainda se reflecte intensamente na realidade: a forma como as convenções podem influenciar a vida pessoal, levando a hesitações com base no "que as pessoas vão pensar". Isto reflecte-se de forma muito realista no carácter de Cecília, hesitante apesar de se ter tornado num símbolo de sucesso, e a influência do preconceito nos seus actos é uma constante ao longo da história.
Uma história de amores difíceis, marcados por uma sociedade em mutação numa época conturbada, Exilados é um livro envolvente, que transmite bem a imagem do passado onde decorre e que, mais que a revolução de Abril, espelha as mudanças interiores que, por vezes, são o caminho para a verdadeira felicidade.

Novidades infanto-juvenis da Planeta - 7 de Abril

Geronimo Stilton é o director do Eco dos Roedores , o jornal mais famoso da Ratazia, a Ilha dos Ratos. Faz colecção de cascas de queijo Parmesão do século XVIII e adora contar em livro as suas aventuras, com muito suspense e humor à mistura.

Nesta nova aventura, Geronimo segue os pérfidos Gatos Piratas até ao Antigo Egipto e, na corte do faraó Khafré, terá de comprometer-lhes os planos e salvar a História. Tudo com a ajuda do Professor Volt, cientista de renome que projectou para a família a famosa máquina do tempo Ratospeed.

Tea é a enviada especial do Eco dos Roedores. No colégio de Ratford, onde ensina Jornalismo, conheceu cinco alunas excepcionais – as Tea Sisters são alegres, brilhantes e querem ser verdadeiras jornalistas. Entre aulas, amores e pequenas invejas, a vida no Colégio é emocionante.
Nesta história, é tempo de eleições no Colégio de Ratford e os candidatos dos clubes estudantis, o das Lagartixas e o dos Lagartos, têm de prestar provas para serem eleitos presidentes. A competição é, porém, interrompida pela chegada de um misterioso navio negro que tentará poluir as praias da ilha.

Planeta edita "O Livro das Almas" - nas livrarias a 7 de Abril

Uma verdade chocante jaz entre as páginas dos livros de uma velha biblioteca, fechada no interior de um complexo de alta segurança nos confines do deserto do Nevada. E o governo dos EUA fará tudo o que estiver ao seu alcance para conservar esse segredo. Agora, um grupo obscuro de ex-funcionários quer que o mundo saiba, por muito aterrorizadora que essa verdade possa ser. Quando um só volume misteriosamente desaparecido da colecção original emerge numa casa de leilões londrina, o grupo convence o antigo agente do FBI Will Piper a ajudá-los a encontrá-lo e a desvendar, de uma vez por todas, o segredo que jaz no coração da biblioteca. Viajando para Inglaterra, Will descobre que o texto encontrado contém um soneto que encerra uma série de pistas – pistas essas que mostram que o livro teve um efeito profundo na história da humanidade.
Perseguido pelos guardiões dos segredos da biblioteca, Will acabará por testemunhar que a verdade é demasiado poderosa para permanecer escondida.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Alice do Outro Lado do Espelho (Lewis Carroll)

Um fascinante regresso ao mundo dado a conhecer em Alice no País das Maravilhas. É isso que promete este segundo livro, dedicado às aventuras da pequena Alice nos segredos de um mundo onde tudo é possível. E, com encontros inesperados, situações inacreditáveis e um jogo de xadrez muito especial, este é um livro que não desilude.
Com uma escrita acessível e um imaginário incomparável, capaz de agradar a crianças e adultos, Alice do Outro Lado do Espelho e toda uma obra de impossíveis, onde a menos plausível das situações ganha um interesse verdadeiramente fantástico. Aqui, não é a história em si o que importa - até porque definir uma linha de enredo num livro como este não é trabalho nada fácil. São os momentos inverosímeis, mas cativantes, a magia sem preâmbulos nem consequências. A ideia do maravilhoso, de um lugar onde tudo pode acontecer. E, entre tudo isto, a ingenuidade de Alice, ao mesmo tempo inocente interveniente dos acontecimentos e fonte de todos eles.
Uma referência também às ilustrações que, ao longo do texto, nos permitem uma imagem concreta e bastante interessante de vários dos momentos deste livro, conjugando palavra e desenho numa bela harmonia.
Um livro feito de sonhos, portanto, e que, na sua improbabilidade, faz o leitor sonhar e imaginar. Simples na sua essência, pequeno nas suas dimensões, mas muitíssimo interessante no seu resultado final, esta foi uma obra que gostei muito de ler. Muito bom.

O Clã da Loba, de Maite Carranza - a 6 de Abril nas livrarias

Chega dia 6 de Abril a nova aposta da Presença no que diz respeito ao fantástico. Parece ser um livro muito interessante e em breve teremos um passatempo aqui no blogue. Para já, ficam algumas informações sobre a obra.

O Clã da Loba - A Guerra das Bruxas – Livro 1
Maite Carranza
Título Original: La Guerra de las Brujas – El Clan de la Loba
Tradução: Regina Louro
Páginas: 328
Colecção: Via Láctea Nº 84
PREÇO COM IVA: 17,50€
ISBN: 978-972-23-4332-9
Código de Barras: 9789722343329
Data de Publicação: 6 Abril 2010

Desde que há memória, dois clãs de bruxas, as Omar e as Odish, vivem em permanente conflito, incapazes de conciliar as suas diferenças ancestrais. Apenas uma velha profecia deixa entrever alguma esperança de no futuro a eleita conseguir unir ambas as tribos. E agora todos os sinais confirmam que a chegada dessa eleita está próxima. Quando Anaíd, uma jovem de catorze anos, acorda uma manhã e verifica que a mãe desapareceu, pensa que lhe poderá ter acontecido todo o tipo de coisas, menos que a sua mãe é uma bruxa Omar e considerada por todas aquela de que a profecia fala…

Maite Carranza nasceu em Barcelona em 1958 e estudou antropologia. Já publicou mais de quarenta livros e venceu importantes prémios literários, encontrando-se neste momento traduzida em cerca de duas dezenas de línguas. Actualmente divide o tempo entre a criação literária, o guionismo e a docência universitária. O Clã da Loba vendeu 35 000 exemplares em Espanha em apenas quatro meses, sem qualquer campanha de marketing.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Novidades Esfera dos Livros para Março

D. Amélia - A rainha exilada que deixou o coração em Portugal
Isabel Stilwell

Uma rainha não foge, não vira costas ao seu país. D. Amélia de Orleães e Bragança era uma mulher marcada pela tragédia quando embarcou, em Outubro de 1910, rumo ao exílio. Essa palavra maldita que tinha marcado a sua família e a sua infância.

O povo acolheu-a com vivas quando chegou a Lisboa para se casar com D. Carlos. A princesa era uma mulher feliz. Mas cedo sentiu o peso da tragédia. O povo agora criticava os seus gestos, mesmo quando eram em prol dos mais desfavorecidos. O marido afastava-se do seu coração, descobriu-lhe traições e fraquezas e nem o amor dos seus dois filhos conseguiu mitigar a dor. Nos dias mais tristes passava os dedos pelo colar de pérolas que D.Carlos lhe oferecera, 671 pérolas, cada uma símbolo dos momentos felizes que teimava em não esquecer.

Isabel Stilwell, autora best-seller de romances históricos, traz-nos a história da última rainha de Portugal, que viveu durante 24 anos num país que amou como seu, apesar de nele ter deixado enterrados uma filha morta à nascença, D. Luís Filipe, herdeiro do trono, e o marido D. Carlos assassinados ao pleno Terreiro do Paço a tiro de carabina e pistola. De nada lhe valeu o ramo de rosas que tinha na mão e com o qual tentou afastar o assassino. D. Amélia regressou em 1945 a convite de Salazar por quem tinha uma declarada admiração. Morreu seis anos depois no seu país natal, na cama que Columbano havia pintado para ela. Na cabeceira estavam desenhadas as armas dos Bragança.

Isabel Stilwell é jornalista e escritora. Actualmente é directora do jornal Destak. Foi directora da revista Notícias Magazine, e tem um longo percurso na imprensa escrita. Sempre se confessou apaixonada por romances históricos. Depois do enorme sucesso do seu primeiro romance, Filipa de Lencastre, A rainha que mudou Portugal, Isabel Stilwell consagrou-se como autora portuguesa de romances históricos com o seu segundo livro Catarina de Bragança, A coragem de uma infanta portuguesa que se tornou rainha de Inglaterra.

Spínola
Luís Nuno Rodrigues

O historiador Luís Nuno Rodrigues traz-nos a biografia de António de Spínola, o primeiro presidente da República após o 25 de Abril de 1974. O homem que meses antes agitou o país com a publicação de Portugal e o Futuro, onde defendia que o problema colonial português não teria uma solução militar.

A sua passagem pela vida política revestiu-se de aspectos mais dramáticos e constituiu uma decepção, quer para aqueles que a ele se opuseram, quer mesmo para alguns dos seus apoiantes e seguidores, que nele depositaram fortes esperanças num momento-chave da História portuguesa contemporânea. À imagem do militar intrépido sucedeu gradualmente a de um político inábil, ingénuo e até desastrado, para uns, ou a de um homem guiado por uma ambição desmedida e por um projecto pessoal de poder, para outros.

O certo é que, entre 25 de Abril de 1974 e 11 de Março de 1975, a «glória» cedeu lugar ao «drama» na vida de António de Spínola. Uma série de passos em falso levaram o «general do monóculo» da Presidência da República ao exílio no Brasil, de símbolo da esperança nascida em Abril de 1974, a líder de um movimento clandestino que, a partir do estrangeiro, visava alterar pela força o regime político vigente. Regressou a Portugal em Agosto de 1976, recebendo ordem de prisão ainda no aeroporto. Reintegrado posteriormente nas Forças Armadas,

Luís Nuno Rodrigues é doutor em História Americana pela Universidade do Wisconsin (EUA) e em História Moderna e Contemporânea pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Actualmente é professor auxiliar com agregação no Departamento de História do ISCTE, onde coordena os programas de mestrado e doutoramento em História, Defesa e Relações Internacionais. É autor do livro Marechal Costa Gomes publicado em 2008 pela Esfera dos Livros.

A Vida Amorosa no Antigo Egipto
José Miguel Parra Ortiz

O sexo é um dos elementos básicos da sociedade humana. Compreender como a sociedade egipcía compreendia e interpretava o acto reprodutor, saber como vivia a sexualidade, se existia uma cultura do prazer e quem tinha acesso à mesma é o objectivo do historiador e especialista espanhol José Miguel Parra Ortiz neste livro.

Ao contrário de outras culturas da Antiguidade, como a Grega ou Romana, os egipcíos não nos deixaram muitas representações gráficas dos seus sentimentos e devaneios físicos. As principais fontes para o conhecimento da sexualidade no Antigo Egipto são poemas amorosos do Reino Novo, estatuetas e relevos como as de Akhenatón e Nefertiti, o casal real que mais fez representar o seu amor, amuletos sexuais, fragmentos de cerâmica, pinturas murais que foram aparecendo nas escavações arqueológicas e o Papiro Erótico de Turim, que é reproduzido na íntegra neste livro.

Baseado numa rigorosa e original investigação histórica, esta obra, amplamente ilustrada, aborda temas como o vestuário e a maquilhagem objectos de sedução para rainhas como Nefertiabet, a homossexualidade no Vale do Nilo como a possível relação entre Niankhnum e Khnumhotep, os remédio utilizados para despertar o ânimo sexual, as posturas, variantes sexuais como a dominação ou submissão, a gravidez, o aborto, bem como as orgias e a luxúria da sociedade dos faraós.

José Miguel Parra Ortiz nasceu em Madrid e, 1968. É doutorado em História Antiga pela Universidade Complutense de Madrid. A sua investigação incide sobre o Antigo Egipto. A sua tese de licenciatura foi sobre A função social dos túmulos durante o Reino Antigo Egipto e a tese de doutoramento foi dedicada ao tema Os complexos funerais reais no Antigo Egipto: um ponto de vista económico e social.

Actualmente trabalha como tradutor, conferencista e participa como membro do Projecto Djehuty na escavação e restauração dos túmulos TT11 (Djehuty) e TT2 (Hery) na Necropolis de Tebas, na margem ocidental de Luxor (Egipto).

Mitos Urbanos e Boatos
Susana André

O clarão foi visto numa extensão de vários quilómetros e o barulho ouviu-se em Cascais, assegurou o locutor de rádio enquanto anunciava a chegada de marcianos à praia de Carcavelos. Onze pessoas foram esfaqueadas na Praça de Espanha por um árabe de túnica branca, alertava o e-mail que correu milhares de caixas de correio electrónico. O convento de Mafra está infestado de ratos do tamanho de coelhos, efabula a lenda que já faz parte da história deste monumento nacional. E os fantasmas que por todo o país pedem boleia são quase tantos quantas as estradas portuguesas: diz-se que assombram locais como a serra de Sintra e a curva do Mónaco.

A autora explica-nos como nascem os mitos urbanos e os diversos tipos de boatos nacionais e internacionais. Através de um trabalho minucioso e exaustivo, descobriu a verdade por detrás de histórias forjadas que julgávamos reais. Durante este longo processo de investigação contou muitas vezes com a ajuda dos próprios protagonistas dos boatos que ajuda a desmontar. Lembra-se de ter recebido um e-mail a pedir pijamas para o IPO? De lhe garantirem que o cantor Carlos Paião mudou de posição dentro do caixão? De ler numa revista que Teresa Guilherme e Manuel Luís Goucha estavam de casamento marcado ou de ouvir falar na alegada relação entre José Sócrates e o actor Diogo Infante? Certamente também já lhe contaram que os hambúrgueres da McDonald’s são feitos de minhocas e que saem crocodilos vivos das sanitas nova-iorquinas.

Estes e outros mitos urbanos correm de boca em boca e percorrem as nossas caixas de correio electrónico; agitam os blogues, publicam-se nos media e instalam-se no imaginário colectivo. Pelo caminho vão ganhando força e manchando reputações; em muitos casos, chegam mesmo a destruir a vida dos visados.

Susana André nasceu em Lisboa, em 1972. Fez o curso de Jornalismo no Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR) e trabalhou como editora na Rádio Baía, antes de entrar para a SIC, em 1995. Integrou as equipas do Primeiro Jornal e do Jornal da Noite. Durante quatro anos foi pivot na SIC Notícias e em 2003 apresentou o programa Rotas de Verão. Deu aulas de Géneros Jornalísticos na Universidade Independente, em Lisboa. Desde 2005, integra a equipa da Grande Reportagem SIC.

Mente Sã, Corpo São
Francisco Varatojo

Quer ter uma vida mais equilibrada? Sentir-se com mais energia? Quer saber interpretar os sinais que o seu corpo lhe dá? Alterar o seu modo de vida e a sua alimentação para se sentir melhor? Em suma, quer aprender a viver de modo mais saudável?

Francisco Varatojo, director do Instituto Macrobiótico, conhecido orador em várias palestras nacionais e internacionais, ensina-lhe, através de conselhos, dicas práticas, testes e exercícios simples, a ter uma mente sã num corpo são.

Ao longo destas páginas vai aprender a potenciar a energia do seu corpo, a interpretar os sinais que este lhe dá através do autodiagnóstico, a praticar exercícios de respiração e meditação, a fazer alongamentos e outros movimentos físicos, a cozinhar de forma mais saudável, escolhendo alimentos que beneficiam a sua saúde, a pensar de forma mais positiva de forma a usar a mente e as emoções a seu favor.

Sabia que a nossa respiração deve dar mais de ênfase à expiração e ser mais centrada na zona abdominal? O funcionamento dos intestinos pode dar-nos indicações preciosas sobre a nossa saúde em geral e sobre a saúde do aparelho digestivo em particular? Alterações na testa como inchaço, borbulhas, escamação e outros tipos de sinais estão ligados a desequilíbrios nos intestinos, bexiga e órgãos reprodutores? Devíamos consumir mais cereias integrais, vegetais, leguminosas, e menos lacticínios, carne e açúcares?

Francisco Varatojo, director do Instituto Macrobiótico Português, é desde há muitos anos reconhecido como um dos consultores macrobióticos mais qualificados, sendo procurado regularmente pelos principais centros europeus para seminários e consultasComeçou a estudar Macrobiótica em 1977 e foi o fundador do Instituto Kushi após ter estudado no Instituto Kushi de Boston onde foi assistente pessoal de Michio Kushi.

O Dardo de Kushiel (Jacqueline Carey)

Uma pequena mancha escarlate num dos olhos - o Dardo de Kushiel - marca Phèdre como uma anguissette. Na sua vida, o prazer e a dor estão intimamente ligados e o seu estatuto de serva de Naamah, bem como os interesses de Anafiel Delaunay, seu protector, colocaram a jovem no centro de toda uma série de intrigas e mistérios.
Com uma escrita muito particular, detalhada na exploração do seu mundo mas com uma facilidade incrível em transportar o leitor para o universo que descreve, este livro promete ser o início de uma saga fascinante. No mundo que Jacqueline Carey introduz neste volume, a intriga e a sensualidade são uma constante e, apesar da complexidade deste mundo fantástico onde são inúmeras as casas, devoções e irmandades, este é um livro que nunca deixa de ser envolvente, e onde até os pequenos pormenores são interessantes.
Apesar de narrado na primeira pessoa, o enredo não se torna limitante e podemos conhecer as personagens ao ponto de estabelecer com elas um tão forte elo emocional que, quando os grandes acontecimentos (bons ou maus) se manifestam, podemos sentir com eles o júbilo ou a dor. E com personagens tão diversas como a misteriosa Melisande Shahrizai ou Anafiel Delaunay, protector, mas cheio de segredos, é praticamente impossível não encontrar ao longo da história alguém com quem o leitor se possa identificar.
Ainda de referir a capacidade constante que a autora tem de surpreender. Ao ritmo a que os acontecimentos se sucedem, e ainda que estejamos desde o princípio cientes de que a vida de Phèdre será uma odisseia, a forma como intrigas imprevistas alteram por completo a trama da acção torna a leitura extremamente difícil de interromper. E quando chegamos ao fim deste primeiro volume (correspondente a metade do livro original), a vontade de ler mais e de saber mais é imensa.
Apenas me ocorre um aspecto menos bom a apontar e este prende-se com a tradução. É evidente que o estilo de escrita da autora tem peculiaridades e aconteceu que algumas palavras escolhidas na tradução acabem por soar de forma um pouco estranha. Não é, ainda assim, um elemento que dificulte particularmente a leitura ou que prejudique o ritmo fascinante da história.
Este é, portanto, um livro que, no seu fascínio envolvente, entrou já para a lista dos meus preferidos. Um dos melhores livros de fantasia que li até à data, recomendo sem reservas. Leiam. Vale a pena.

Nova edição de O Oito, de Katherine Neville

Mais de um milhão de exemplares vendidos, traduzido em 30 línguas e considerado pela crítica como um dos melhores livros de sempre. São estes os créditos que apresenta O Oito, de Katherine Neville, publicado pela primeira vez em 1990 e agora reeditado pela Porto Editora especialmente para os leitores portugueses. Em Setembro de 2010, será lançada a sequela inédita do grande sucesso de Katherine Neville, O Fogo.

O Oito, disponível a partir do próximo dia 8 de Abril, parte de uma lendária oferta que os Mouros
teriam feito a Carlos Magno: um tabuleiro de xadrez que continha a chave para dominar o mundo.
No sul de França, em 1790, no auge da Revolução Francesa, o lendário tabuleiro de xadrez de Carlos Magno, oculto há mais de um milénio nas profundezas da Abadia de Montglane, corria o risco de ser descoberto. As suas peças encerram um intricado enigma e quem o decifrar terá acesso a uma antiga fórmula alquímica que lhe concederá um poder ilimitado. Para mantê-las fora do alcance de mãos erradas, as noviças Mireille e Valentine deverão espalhá-las pelos quatro cantos do mundo.
Dois séculos depois, Catherine Velis, uma jovem perita informática, é enviada para a Argélia com o objectivo de desenvolver um software para a OPEP. Nas vésperas da sua partida de Nova Iorque, um negociante de antiguidades faz-lhe uma proposta misteriosa: reunir as peças de um antigo xadrez.
Cat vê-se assim envolvida na busca do lendário jogo de xadrez e torna-se numa das peças desta partida milenar, jogada ao longo dos séculos por reis e artistas, políticos e matemáticos, músicos e filósofos, libertinos e o próprio clero. Quem está de que lado? De quem será o próximo lance?
Passado e presente entrecruzam-se magistralmente nesta obra excepcional, com a qual Katherine Neville inaugurou um género literário que tem, hoje em dia, milhões de fãs em todo o mundo e no qual se inscrevem títulos como O Código Da Vinci e O Codex 632.

terça-feira, 23 de março de 2010

Encontre Deus na Cabana (Randal Rauser)

Depois do sucesso de A Cabana, de William P. Young, era apenas natural que surgisse um livro a analisar as suas repercussões teológicas. É esse o objectivo de Encontre Deus na Cabana, um pequeno livro que, numa linguagem bastante acessível, tenta analisar os aspectos essenciais, bem como os mais polémicos, do encontro com Deus de Mack, o protagonista de A Cabana.
Tentando ser o mais claro possível na forma como explora as principais questões - com um ênfase particular nas levantadas pelos críticos do romance - o autor recorre não só à Bíblia, mas a exemplos de possíveis posições perante o divino retiradas de alguns clássicos literários. E a abordagem metódica, mas não demasiado complexa, da temática deste livro poderá ser bastante esclarecedora para os que leram A Cabana e pretendam aprofundar um pouco mais a temática.
Parece-me, ainda assim, que este é um livro vocacionado fundamentalmente para um público crente, já que muitas vezes, a análise do autor parte da premissa de que o leitor acredita à partida na existência de Deus. Assim, não me parece que o leitor mais céptico retire grande conhecimento de uma leitura como esta.
Encontre Deus na Cabana será, pois, um livro interessante para os que, tendo lido o romance, tenham curiosidade em conhecer uma "resposta teológica" ao seu tema, aprofundando aspectos mais polémicos do assunto. Tenho de admitir que, para mim, este não é de todo o género preferido de leitura.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Ascensão de Arcana (Rafael Loureiro)

Estranhas visões perturbam a mente de Daimon, prenúncios de que algo de negro está para acontecer. Na sociedade de Nocturnus, contudo, prepara-se a assinatura de um importante tratado e, por isso, as suas preocupações devem ser deixadas para segundo plano. São mais que simples perturbações, contudo, e são esses avisos ignorados o início de uma situação preocupante e que pode alterar todo o sistema, já que o segredo foi quebrado e a humanidade pode estar perto de descobrir a existência dos vampiros.
Menos pessoal que o volume anterior, Ascensão de Arcana centra-se mais nas relações entre a sociedade vampírica, ainda que a visão pessoal do protagonista continue a estar bastante presente. O ritmo de acção é constante e a forma como os acontecimentos se sucedem continuam a manter a força compulsiva ao longo de toda a leitura. Ainda assim, o ponto forte continua a ser, para mim, a intensidade emocional e a abordagem do protagonista, atormentado pelos seus demónios interiores e inevitavelmente solitário apesar do seu lugar de importância na sociedade vampírica.
Com uma escrita bastante acessível e a visão dos acontecimentos narrada pela voz de Daimon, é impossível evitar, por vezes, a sensação de que havia muito mais a dizer nesta história. Tendo em conta a natureza de alguns dos seus intervenientes - de destacar Janus e o próprio Daimon - haveria seguramente muito mais a contar sobre as suas histórias e naturezas. Ainda assim, os momentos marcantes estão lá e a forma como a dúvida se envolve na mente do protagonista, em oposição à necessidade de uma acção rápida e segura não deixa de criar um elo de ligação entre livro e leitor.
Uma leitura simples e rápida, mas interessante, capaz de entreter e de comover e que, por isso, correspondeu às minhas expectativas. Gostei.

Novidades Gailivro para Abril

Título: Eternidade
Autora: Alyson Noêl
Págs.: 288
Preço: 17,90 euros

O primeiro livro da extraordinária nova série Os Imortais de Alyson Noël.
Entrem num mundo encantador onde o verdadeiro amor nunca morre...
Depois de um terrível acidente que lhe matou a família, Ever Bloom, de dezasseis anos, consegue ver as auras das pessoas que a rodeiam, ouvir os seus pensamentos e conhecer a história da vida de qualquer pessoa através de um simples toque. Desviando-se, sempre que possível, no sentido de evitar qualquer contacto humano e de esconder esses dons, Ever é vista como uma anormal na escola secundária à qual regressa.
Mas tudo muda, quando conhece Damen Auguste.
Damen é encantador, exótico e rico. E é a única pessoa que consegue silenciar o ruído e as manifestações de energia que invadem a cabeça de Ever. Ele transporta uma magia tão intensa que parece conseguir ler a alma de Ever.
À medida que Ever é arrastada para o sedutor mundo de Damen, onde abundam os segredos e os mistérios, começam a surgir-lhe mais perguntas do que respostas. Além de que não faz ideia de quem realmente é... ou daquilo que é. Apenas sabe que se está a apaixonar desesperadamente.
ALYSON NOËL é a autora de Saving Zoë e Art Geeks and Prom Queens. Vive em Laguna Beach, na Califórnia, onde já trabalha no seu próximo livro. Visitem-na em www.alysonnoel.com

Título: A Feiticeira
Autor: Michael Scott
Págs.: 400
Preço: 17,90 euros
O VERDADEIRO SUCESSOR DE HARRY POTTER
Nicholas Flamel ficou com o coração despedaçado ao ver a sua amada Paris desmoronar-se. A cidade foi destruída por Dee e Machiavelli, mas Flamel também teve a sua quota-parte de responsabilidade.
Sophie e Josh Newman revelam cada vez mais sinais de serem os gémeos da profecia e Flamel tem de os proteger dos Anciãos Negros. Mas o Alquimista enfraquece a cada dia que passa, Perenelle continua presa em Alcatraz e, agora que Scatty desapareceu, o grupo está desprotegido. A única arma de que dispõem é Clarent – a espada gémea de Excalibur. Mas o seu poder maléfico é tão indomável que quem a empunha corre o risco de a alma lhe ser roubada.
Para manter a esperança de derrotar Dee, Nicholas tem de encontrar um ancião que ensine aos gémeos Josh e Sophie a terceira magia elementar- a Magia da Água. O problema é que que Gilgamesh é mesmo muito louco.
O autor de Bestsellers nomeado pelo New York Times. Figura de referência em mitologia e em crenças populares, Michael Scott é um dos autores irlandeses mais bem sucedidos. Este mestre do Fantástico, da Ficção Científica, do Terror e do Folclore vive e escreve em Dublin, tendo sido agraciado pelo Irish Times com o epíteto de “Rei do Fantástico nestas Ilhas”. Visitem-no em www.dillonscott.com.
Livros de “Os Segredos de O Imortal” já publicados entre nós: O Alquimista e O Mágico

Título: Se acordar antes de morrer
Autor: João Barreiros
Págs.: 512
Preço: 17,90 euros
João Barreiros nesta colectânea de contos de ficção Científica portuguesa descreve-nos lugares imaginários, que se aproximam muito dos reais, onde tudo é negativo. O seu imaginário é sempre fracturante, onde a maior parte das vezes o herói ou o próprio mundo estão condenados à partida. O herói tem sempre uma falha essencial: a cupidez; a cegueira pessoal, política ou está envolvido numa situação em que dificilmente ele sairá ganhador. A tentativa de chocar o leitor é deliberada e propositada. Em alguns dos contos encontra-se a desconstrução subversiva de todos os mitos de infância(Pai Natal). Num dos contos que fazem parte desta colectânea “O Teste” revela-nos toda a sintomatologia psicossomática característica de um professor quando de manhã acorda e tem pela frente um dia que teima em ser longo desde que se levanta até chegar à escola. Finalmente chega e entrega os testes aos alunos que o consideram difícil. Perante tal reacção, José Esteves fica aterrorizado por causa da taxa de insucesso gigantesca que irá revelar-se o que implica uma visita de Inspector ou um processo disciplinar e uma suspensão das actividades lectivas por provada crueldade mental. E como se isso não bastasse, uma espera feita pelos alunos, algures, fora dos terrenos da escola.

Título: Crepúsculo – A Novela Gráfica
Autora: Stephenie Meyer
Págs.: 244
Preço: 19,90 euros
Quando Isabella Swan se muda para a sombria cidade de Forks e conhece o misterioso, e atraente Edward Cullen, a sua vida sobre uma mudança emocionante e assustadora. Com a sua pele de porcelana, olhos dourados, voz assombrosa e capacidades sobrenaturais, Edward é irresistível e impenetrável. Até hoje, ele conseguiu manter a sua verdadeira identidade escondida, mas Bella está determinada a descobrir o seu mais negro segredo… .
Magnificamente concebido, este primeiro volume de Crepúsculo: A Novela Gráfica é uma peça obrigatória na colecção de qualquer fan.

Planeta edita novo volume da série O Mundo da Noite

Em O Vampiro Secreto , Poppy pensara que o Verão duraria para sempre, até lhe ser diagnosticado um cancro terminal. A sua única esperança de sobrevivência, James, era um amigo e amante secreto. Vampiro pertencente ao Mundo da Noite, James possuía o poder de dar a Poppy a vida eterna. Mas, ao transgredirem as leis do Mundo da Noite, os dois amigos selaram um futuro incerto e implacável.
Neste segundo volume, As Filhas das Trevas , três irmãs vampiras partem da sua casa isolada para viver no meio dos humanos. O irmão, Ash, é enviado para trazer as raparigas de volta, mas apaixona-se pela amiga deslumbrante com quem as irmãs travaram amizade.
Mary-Lynnette, de 17 anos, que adora contemplar as estrelas do jardim da sua casa, julga assistir, uma noite, a um assassínio, através do seu telescópio. Mas Mary-Lynnette enganou-se: o que viu, de facto, foram três irmãs vampiras a enterrar a tia, misteriosamente assassinada. Segundo as leis do Mundo da Noite, Mary-Lynnette terá de aproximar-se da família das três irmãs para ser condenada à morte: uma sentença que parece selar-se no momento em que Ash aparece.
Ash é irresistível, preguiçoso e cruel e nunca sonhou vir a apaixonar-se por uma humana ou violar as leis do Mundo da Noite. Será Ash capaz de renunciar ao seu escabroso passado vampírico e abraçar um amor proibido?

domingo, 21 de março de 2010

O Véu da Revelação (Chris Wooding)

O caos da guerra tomou posse de Saramyr. Aproxima-se o momento em que, de uma forma ou outra, a situação terminará e, se forem os Tecedores a vencer o confronto, afigura-se negro o destino do mundo. Torna-se, pois, desesperadamente necessária uma acção eficaz e conclusiva e, sob a égide da jovem imperatriz Lucia tu Erinima, todos os meios possíveis deverão ser mobilizados.
Original na criação do seu mundo, pormenorizado e de uma complexidade fascinante, este último livro da trilogia A Teia do Mundo não desilude. O autor é preciso e detalhado nas suas descrições e a obscuridade da sua criação - quer das criaturas Aberrantes, quer da sucessão de acontecimentos - não afasta, de forma alguma, o fascínio da história. E, numa conclusão bastante forte, em que o autor surpreende com sacrifícios imprevistos e mortes que pareceriam, no mínimo improváveis, o mais interessantes em toda a história é a forma como, apesar da necessidade de uma acção sem hesitações, é possível ver o lado humano e, como tal, falível das personagens. Isto é particularmente evidente em Lucia, alvo de muita expectativa e que, por isso, opta por decisões que, longe de perfeitas, não deixam, ainda que abalem todo um sistema de princípios, de ser estranhamente compreensíveis.
De referir, contudo, um aspecto importante. Sendo uma conclusão final para uma guerra, seria de prever que muitas batalhas se travassem ao longo deste livro. E assim é, estratégias e concretizações de batalhas longas, pormenorizadas, cuidadosamente descritas preenchem uma grande parte deste livro, pelo que o lado pessoal das relações entre personagens acabe por ficar para segundo plano - ainda que, nos momentos em que é abordado, o seja de uma forma marcante.
Uma conclusão brilhante para uma trilogia surpreendente na sua totalidade. Original, cativante e com um universo muito bem construído, julgo que tem muito para agradar. E ainda que não seja particularmente fã das longas batalhas, foi uma leitura que apreciei e que, em muitos momentos, me surpreendeu.

sábado, 20 de março de 2010

As Belas Coisas (José Dinis Fidalgo)

Desejoso de eleger um sucessor para a sua arte, Filipe convida Paulo, seu sobrinho, a visitá-lo e aprender com ele os conhecimentos necessários para se ser um antiquário. E assim começa uma profunda viagem ao mundo da arte antiga, mas também de um passado mais pessoal: a vida de cada um deles.
Partindo de uma premissa interessante e com uma escrita bastante detalhada, este é um livro que apresenta ao leitor uma história no geral promissora. As descrições que o autor dedica a cada objecto e a forma como constrói cada momento, entrelaçando a arte com os que a contemplam, enquanto, aos poucos, revela o passado por detrás da máscara - onde nem tudo é perfeito quanto parece - são, por si só bastante interessantes e as palavras fluem com uma certa musicalidade que, aliada à reduzida dimensão dos capítulos, contribuem para estabelecer neste livro uma certa envolvência.
Os problemas prendem-se fundamentalmente com a quase constante mudança de narrador, o que, em conjunto com as contemplações e meditações sobre a arte e a vida que, por vezes, deixam os acontecimentos para segundo plano, acabam por tornar esta leitura um pouco confusa e cansativa.
Bastante interessante no geral, mas exigente em termos de esforço, não posso dizer que este me tenha conquistado por completo, principalmente devido à perda da relação com a história e as personagens causada pelos elementos anteriormente referidos. Ainda assim, no que respeita à apreciação da arte antiga e a alguns aspectos do restauro e da aquisição de antiguidades, apresenta alguns elementos realmente fascinantes e, por isso, julgo, ainda assim, que vale a pena ler.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Lançamento do livro Uma Aventura no Pulo do Lobo, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

As conhecidas autoras da colecção Uma Aventura, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada apresentam, nos próximos dias 23 e 24 de Março o novo livro da colecção com o mesmo nome. A acção de Uma Aventura no Pulo do Lobo, (n.º 52 da Colecção) é passada na zona de Mértola, nas Minas de São Domingos e no próprio Pulo do Lobo.
A apresentação do livro decorrerá em duas sessões públicas que contam com a presença da actual Ministra da Educação, Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães:
23 Março (terça-feira), pelas 11.00 horas no Cine Teatro Marques Duque, em Mértola
24 Março (quarta-feira), pelas 11.00 horas na Livraria Leya na Barata, em Lisboa

quinta-feira, 18 de março de 2010

Planeta edita "A Sacerdotisa da Luz", de Trudi Canavan

Voz inovadora no campo da fantasia feminina, a obra de Trudi Canavan tem cativado os fãs de autoras como Marion Zimmer Bradley, Juliet Marillier ou Jennifer Fallon. Neste excerto de uma entrevista feita pela Orbit Books, Trudi fala-nos das suas influências literárias.

"A obra de Tolkien incitou-me a escrever, Raymond Feist mostrou-me que a literatura fantástica não tinha de ser apenas baseada num imaginário europeu, os livros de Tanith Lee provaram-me que a Fantasia podia ser rica, exótica e seguir diferentes estilos e atmosferas, a escrita de Guy Gavriel Kay cortou-me a respiração, os diálogos e o humor na obra de Jennifer Fallon são algo a que devemos aspirar, as personagens de Glenda Larke deram-me coragem para quebrar o molde e a obra de Russell Kirkpatrick lembra-me que a paisagem também pode ser uma personagem." Trudi Canavan

O seu heroísmo salvou uma aldeia à beira da destruição. Agora, dez anos depois, eleita por cinco divindades, Auraya terá de testar os limites dos seus novos Dons e provar-se digna da honra e grave responsabilidade que lhe foram atribuídas. Um caminho recheado de ciladas e a amizade ilícita com um Tecedor de Sonhos ― membro de uma seita proscrita de curandeiros ― poderão pôr em risco o seu futuro, e, com ele, o destino de toda a Ithania do Norte.
Vindos do Sul, misteriosos feiticeiros negros lideram um exército de feras, homens e semideuses. À medida que os invasores se aproximam da fronteira, vencendo todas as barreiras naturais, Auraya e os seus companheiros trabalham incansavelmente para selar alianças e unir todos os povos do norte. O tempo, porém, escasseia…
Nas vésperas da maior batalha alguma vez travada na terra da Ithania, uma sacerdotisa terá de aprender a dominar a sua ira e travar um massacre que nem mesmo os deuses conseguiriam impedir.