Esta obra congrega um conjunto de 30 narrativas que abordam crimes, e os respectivos castigos, cometidos em Portugal até à abolição da pena de morte em meados do século XIX.
Todos os crimes incluídos tiveram condenações à pena capital. Este ano de 2011 é o do centenário da Constituição de 1911 que aboliu a pena de morte e a prisão perpétua para todo o tipo de crimes.
A escolha dos crimes baseou-se numa criteriosa selecção segundo a sua relevância histórica, fundamentando-se em documentação oficial e/ou em documentos coevos. São crimes que têm, como denominador comum, a aplicação da pena capital, mesmo que em alguns casos possam ter sido comutadas ou amnistiadas.
Apresenta pois, cruamente, um conjunto de 30 crimes históricos, compreendidos entre os séculos XVI e XIX (até à abolição da pena de morte em 1867), sob a forma de narrativas curtas. Como denominador comum da quase generalidade destes crimes seleccionados está a pena de morte como castigo aplicado, embora em alguns casos tenha ocorrido comutação desta pena.
Uma parte destes crimes são relativamente conhecidos, tendo alguns mesmo sido abordados em obras de ficção ao longo dos anos, como o famoso «Maria, não me mates que sou tua mãe!» de Camilo Castelo Branco. Mas figuras como a de Diogo Alves, António José da Silva (O Judeu), o padre Gabriel Malagrida ou a serial killer infanticida que esteve na origem da fundação da Casa Pia, entre outras, estão presentes neste primeiro volume de Crime e Castigo no País dos Brandos Costumes, que em breve será complementado com um segundo volume que abordará casos judiciais envolvendo atentados a reis e ministros, motins e sublevações, conspirações contra o Estado e crimes económicos, todos com o denominador comum de condenações à pena de morte.
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