Publicado originalmente em 1954, O Deus das Moscas é um dos mais perturbadores e aclamados romances da actualidade.
Um avião despenha-se numa ilha deserta, e os únicos sobreviventes são um grupo de rapazes.
Inicialmente, desfrutando da liberdade total e festejando a ausência de adultos, unem forças, cooperando na procura de alimentos, na construção de abrigos e na manutenção de sinais de fogo. Porém, à medida que o frágil sentido de ordem dos jovens começa a fraquejar, também os seus medos começam a tomar sinistras e primitivas formas. De repente, o mundo dos jogos, dos trabalhos de casa e dos livros de aventuras perde-se no tempo. Agora, os rapazes confrontam-se com uma realidade muito mais urgente – a sobrevivência – e com o aparecimento de um ser terrível que lhe assombra os sonhos.
Sobre o autor: William Golding nasceu na Cornualha. Estudou Literatura inglesa em Oxford. Professor, abandonou a profissão durante a II Guerra Mundial, tendo servido na Royal Navy. Apesar de ter publicado um livro de poemas em 1934, só depois da Guerra é que se dedicou à escrita. Publicou o seu primeiro romance em 1954, O Deus das Moscas, um sucesso imediato que a crítica internacional considerou como uma das maiores obras do século XX. Seguiram-se-lhe Os Herdeiros (1955), Pincher Martin (1956), Borboleta de Latão (1958) e Queda Livre (1959). Escreveu ainda Ritos de Passagem (1980), Abordagem (1987) e Fogo no Porão (1989), uma trilogia galardoada com o Booker Prize. Fazem também parte da sua bibliografia alguns ensaios e o seu último romance, As Duas Vozes, que foi publicado postumamente em 1995. Recebeu o Nobel da Literatura em 1983 e, em 1988, foi elevado ao grau de Cavaleiro, juntando ao seu nome o título de Sir. Morreu em 1993.”
Fábula que evoca o Alentejo Feudal dos anos 50, que cortava com o neorrealismo dominante na literatura portuguesa da época. Foi escrita entre 1953 e 1954, “um romance destinado unicamente a ilustrar uma legenda, uma moral ou um clima humano, para lá de qualquer imediatismo de tempo e de lugar histórico”.
José Cardoso Pires dedicou a obra ao seu irmão, que morreu num acidente de aviação em cumprimento do serviço militar, como protesto contra a guerra fria e a colonização militar.
Livro vencedor do Prémio Camilo Castelo Branco.
Sobre o autor: José Cardoso Pires (1925-1998) nasceu a 2 de Outubro de 1925 na aldeia de Peso (Castelo Branco) e faleceu em Lisboa, a 26 de Outubro de 1998. Considerado um dos mais importantes escritores portugueses contemporâneos, a sua obra foi traduzida em diversas línguas e distinguida com os seguintes prémios: Prémio Internacional União Latina (Roma, 1991); XXV Prémio Internacional Ultimo Novecento (Pisa, 1992); Prémio Pessoa (Lisboa, 1997); Prémio Vida Literária da APE (Lisboa, 1998); Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa (Lisboa, 1998). Alguns dos seus livros foram ainda premiados individualmente, como é o caso de O Hóspede de Job (1963) – Prémio Camilo Castelo Branco; Balada da Praia dos Cães (1982) – Grande Prémio de Romance e Novela da APE; Alexandra Alpha (1987) – Prémio Especial da Associação de Críticos do Brasil; De Profundis, Valsa Lenta (1997) – Prémio Dom Dinis da Fundação da Casa de Mateus e Prémio de Crítica da Associação Internacional de Críticos Literários.
Naquele que seria o dia mais decisivo da sua vida, Mary – filha de humildes pescadores da Cornualha – traçou o seu destino ao roubar um chapéu. O seu castigo: a forca. A sua única alternativa: recomeçar a vida no outro lado do mundo.
Dividida entre o sonho de começar de novo e o terror de não sobreviver à dura viagem. Mary ruma à Austrália, à época uma colónia de condenados. O novo continente revela-se um enorme desafio onde tudo é desconhecido… como desconhecida é a assombrada sensação de encontrar o grande amor da sua vida. Apaixonada, Mary vai bater-se pelos sonhos sem reservas ou hesitações. E a sua luta ficará para sempre inscrita na história. Inspirada por uma excepcional história verídica, Lesley Pearse – a rainha do romance inglês – apresenta-nos Mary Broad e, com ela, faz-nos embarcar numa montanha-russa de emoções únicas e inesquecíveis.
Sobre a autor: Lesley Pearse é autora de uma vasta obra já traduzida para mais de 30 línguas, tendo vendido cerca de três milhões de livros. A própria vida da escritora é uma fonte de material para os seus romances, quer esteja a escrever sobre a dor do primeiro amor, crianças indesejadas e maltratadas, adopção, rejeição, pobreza ou vingança, uma vez que conheceu tudo isto em primeira mão. É uma lutadora, e a estabilidade e sucesso que atingiu na sua vida deve-o à escrita. Com apoio da editora Penguin, criou o Women of Courage Award para distinguir mulheres comuns dotadas de uma coragem extraordinária. Na ASA estão já publicados com grande sucesso este Nunca Me Esqueças e, também, Procuro-te.
O jornalista de economia Mikael Blomkvist precisa de uma pausa. Acabou de ser julgado por difamação ao financeiro Hans-Erik Wennerström e condenado a três meses de prisão. Decide afastar-se temporariamente das suas funções na revista Millennium.
Na mesma altura, é encarregado de uma missão invulgar. Henrik Vanger, em tempos um dos mais importantes industriais da Suécia, quer que Mikael Blomkvist escreva a história da família Vanger. Mas é óbvio que a história da família é apenas uma capa para a verdadeira missão de Blomkvist: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Vanger, que desapareceu sem deixar rasto há quase quarenta anos.
Algo que Henrik Vanger nunca pôde esquecer.
Blomkvist aceita a missão com relutância e recorre à ajuda da jovem Lisbeth Salander. Uma rapariga complicada, com tatuagens e piercings, mas também uma hacker de excepção.
Juntos, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander mergulham no passado profundo da família Vanger e encontram uma história mais sombria e sangrenta do que jamais poderia imaginar.
Sobre o autor: Stieg Larsson (1954-2004) foi jornalista e editor da revista Expo. Foi um dos maiores peritos mundiais no estudo de movimentos antidemocráticos, de extrema-direita e nazis. Morreu subitamente pouco tempo depois de entregar à editora sueca os três volumes da trilogia Millennium.
Tragicamente, não viveu para assistir ao fenómeno mundial em que a sua obra se tornou.
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