quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Paris, 1850 (Sebastian Rook)

As suas aventuras no combate a Camazotz deixaram em Emily, Ben e Jack um certo interesse nos assuntos maias... e o alívio de ver tudo terminar. Mas e se não tiver terminado? Esse é o pressentimento que assombra o pensamento de Jack e que cedo se revela acertado. Um convite do professor Adensnap leva os três jovens a Paris e a um inevitável confronto com o seu já conhecido inimigo. É que Camazotz continua à solta e, mais uma vez, é preciso que alguém faça alguma coisa para o parar.
Dando continuidade à aventura do primeiro volume, e, em certa medida, seguindo o mesmo percurso, este livro tem, também, as mesmas características essenciais do anterior. A escrita mantém o mesmo estilo directo e a acção continua a ser o elemento dominante. Na verdade, há até circunstâncias, a nível do enredo, bastante semelhantes, devido à necessidade dos protagonistas de contar - mais uma vez - a sua história a um adulto céptico. 
Mas há também novos elementos e um maior desenvolvimento dos já existentes. O ambiente continua a manter a mesma aura de mistério, adensada agora por novos elementos mitológicos e por situações mais complicadas para os protagonistas. Além disso, estes são agora figuras familiares, pelo que é mais fácil entrar nas suas histórias, que se tornam ainda um pouco mais interessantes por haver novos desenvolvimentos a nível de relações e empatia.
Ainda um outro aspecto curioso é que, ainda que os três jovens sejam personagens fundamentais, a história parece centrar-se um pouco mais em Jack. Sendo este o mais particular dos três protagonistas, com as suas origens a moldar uma coragem surpreendente, é particularmente cativante ver a sua evolução e, ao mesmo tempo, as suas perspectivas sobre o estranho mundo em que, quase sem querer, entrou.
Também aqui surgem perguntas em aberto, o que é natural, uma vez que a série continua. Mas se, no primeiro volume, havia uma conclusão, ainda que parcial, aqui tudo fica em aberto, deixando no ar muitas possibilidades para a próxima fase da aventura de Ben e dos seus companheiros. Fica, pois, ainda muito para revelar, mas também muita curiosidade em saber como irá evoluir a aventura dos três protagonistas.
Com um ambiente interessante e um muito agradável tom de mistério, eis, pois, uma boa continuação para a aventura iniciada em Londres, 1850. Cativante e surpreendente, uma boa leitura.

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