1850. Um navio fantasma alcança o porto de Londres. Dele sai um numeroso bando de morcegos, depois um homem de aspecto sombrio. Por fim, um rapaz cambaleante, quase a cair de fome e com uma história terrível para contar. O nome dele é Benedict Cole e acaba de chegar do México, onde a expedição de que fazia parte despertou um poder terrível. Camazotz, o deus vampiro dos maias retornou à vida e acaba de chegar a Londres com os seus servos. E só Ben sabe. E poucos acreditarão. Por isso mesmo, só ele poderá impedir a catástrofe. Mas como?
Relativamente breve e escrito num estilo bastante directo, este é um livro que, sendo orientado para um público jovem, cativa, em primeiro lugar, por não simplificar demasiado as coisas. O tema do vampirismo é algo de relativamente comum, mas a forma como é desenvolvido, com a associação à mitologia maia e uma curiosa fusão entre esses elementos e as características mais conhecidas da figura do vampiro, contribui em muito para tornar a história cativante.
Também as personagens têm bastante de interessante. Ainda que a história gire mais em termos de acontecimentos do que de personalidades, ficando, por vezes, a impressão de haver ainda muito a dizer sobre os protagonistas, tanto Ben e os seus aliados como o temível Camazotz tem traços que os individualizam e pontos fortes que os tornam intrigantes. Há, além disso, um elemento emocional a crescer, na relação de amizade entre Jack, Ben e Emily, relação essa que se reflecte em alguns momentos particularmente bons.
Este livro é o primeiro de uma série e, como tal, é natural que fiquem perguntas sem resposta. Ainda assim, a linha essencial da história deste primeiro volume tem um início definido e um final para os objectivos principais. Isto torna as coisas interessantes, já que não fica demasiado em aberto, havendo uma conclusão para as circunstâncias e acções das personagens, mas há, desde logo, várias possibilidades interessantes a surgir relativamente aos livros que se seguirão.
Agradável e cativante, com um ambiente intrigante, bastante acção e um conjunto de personagens interessantes, Londres, 1850, é, pois, um início muito promissor para uma série que parece ter ainda muito mais para dar. Uma boa leitura, portanto. Gostei.
Parece ser um livro diferente de todos os outros que têm aparecido na temática vampírica... Fiquei curiosa :)
ResponderEliminarBeijinho