quinta-feira, 11 de julho de 2013

Londres, 1850 (Sebastian Rook)

1850. Um navio fantasma alcança o porto de Londres. Dele sai um numeroso bando de morcegos, depois um homem de aspecto sombrio. Por fim, um rapaz cambaleante, quase a cair de fome e com uma história terrível para contar. O nome dele é Benedict Cole e acaba de chegar do México, onde a expedição de que fazia parte despertou um poder terrível. Camazotz, o deus vampiro dos maias retornou à vida e acaba de chegar a Londres com os seus servos. E só Ben sabe. E poucos acreditarão. Por isso mesmo, só ele poderá impedir a catástrofe. Mas como?
Relativamente breve e escrito num estilo bastante directo, este é um livro que, sendo orientado para um público jovem, cativa, em primeiro lugar, por não simplificar demasiado as coisas. O tema do vampirismo é algo de relativamente comum, mas a forma como é desenvolvido, com a associação à mitologia maia e uma curiosa fusão entre esses elementos e as características mais conhecidas da figura do vampiro, contribui em muito para tornar a história cativante.
Também as personagens têm bastante de interessante. Ainda que a história gire mais em termos de acontecimentos do que de personalidades, ficando, por vezes, a impressão de haver ainda muito a dizer sobre os protagonistas, tanto Ben e os seus aliados como o temível Camazotz tem traços que os individualizam e pontos fortes que os tornam intrigantes. Há, além disso, um elemento emocional a crescer, na relação de amizade entre Jack, Ben e Emily, relação essa que se reflecte em alguns momentos particularmente bons.
Este livro é o primeiro de uma série e, como tal, é natural que fiquem perguntas sem resposta. Ainda assim, a linha essencial da história deste primeiro volume tem um início definido e um final para os objectivos principais. Isto torna as coisas interessantes, já que não fica demasiado em aberto, havendo uma conclusão para as circunstâncias e acções das personagens, mas há, desde logo, várias possibilidades interessantes a surgir relativamente aos livros que se seguirão.
Agradável e cativante, com um ambiente intrigante, bastante acção e um conjunto de personagens interessantes, Londres, 1850, é, pois, um início muito promissor para uma série que parece ter ainda muito mais para dar. Uma boa leitura, portanto. Gostei.

1 comentário:

  1. Parece ser um livro diferente de todos os outros que têm aparecido na temática vampírica... Fiquei curiosa :)
    Beijinho

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