Dom Miguel da Silva nasceu em Évora por volta do ano de 1480, filho de D. Diogo da Silva e Menezes, aio de D. Manuel quando duque de Beja e primeiro conde de Portalegre e de D. Maria de Aiala e era sobrinho carnal de dois santos: o Beato Amadeu, fundador de um ramo da Ordem Franciscana, e a Beata Beatriz da Silva, fundadora das Irmãs Concepcionistas, a primeira congregação religiosa instituída para celebrar o privilégio da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.
Dos estudos em Paris e em Itália, onde viveu em Bolonha, Siena, Roma e Veneza, às altas instâncias do Vaticano foi um instante. Em 1514 D. Manuel nomeou-o embaixador junto do papa Leão X, tornando-se assim o segundo diplomata português com missão permanente na Cúria Romana, alcançando tanto lá como cá o lugar de maior embaixador de Portugal na Santa Sé durante o século XVI.
Ainda assim, Dom Miguel da Silva poderia ter chegado mais longe. Por muitos considerado um digno sucessor de Pedro, o cardeal responsável pela grande reforma renascentista em Viseu, foi contudo impedido por el-rei D. João III de alcançar o sólido pontifício.
A epopeia dos Descobrimentos, a cultura do Renascimento e os dias negros da Inquisição convivem com a atmosfera das intrigas e dos jogos de poder, tudo isto é possível vislumbrar através do livro A Janela do Cardeal.
Luís Miguel Novais nasceu em Portugal em 1963. Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa em 1986, pros-seguiu estudos de pós-graduação noutras áreas em diversos países da Europa. Exerce advo-cacia desde 1989, sendo actualmente presidente em Portugal da União Internacional dos Advogados. Foi professor de Direito Internacional e orador em diversas conferências internacionais em todos os continentes. A sua obra está publicada em diversas línguas. Na imprensa portuguesa foi colabora-dor permanente do Mais Semanário e é colborador regular do Grande Porto.
Nos anos 80, foi um dos protagonistas do movimento da música moderna portuguesa, músico e cantor da banda de rock Prece Oposto.
A Janela do Cardeal é o seu primeiro romance histórico.
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