sábado, 20 de novembro de 2010

Evernight (Claudia Gray)

Tudo começa quando, segura de que nunca se conseguirá enquadrar no colégio interno sinistro que é Evernight, Bianca decide fugir. Mas o plano não é assim tão bom e tudo o que consegue com a sua tentativa de fuga é conhecer Lucas, também ele um novo aluno e que parece detestar tanto como ela aquela escola sombria. E, entre os problemas que parecem ter com os colegas e a descoberta do forte sentimento que parece ter nascido entre ambos, Bianca e Lucas guardam segredos bem mais complexos que o simples drama das suas vidas em Evernight.
O que de mais marcante surge neste livro será, sem dúvida, a forma como a autora consegue surpreender. Ao início, tudo aponta para que este seja mais um simples romance de adolescentes onde algum elemento sobrenatural irá complicar a situação. E esse romance existe, de facto, mas existem elementos bastante mais intrigantes para lá do aspecto. Contrariamente ao que a situação inicial pode fazer pensar, as coisas não são propriamente lineares e os elementos sobrenaturais estão, em grande parte, onde menos se espera. E, através de uma escala de mentiras progressivamente mais preocupantes, a autora consegue desviar a simpatia do leitor de uma para outra personagem, para terminar de uma forma que deixa muito em aberto... e também muita curiosidade.
Claro que existem vários elementos comuns com muitos outros livros deste género, a começar pela escola onde os sobrenaturais se reúnem para completar a sua aprendizagem e passando pela habitual impossibilidade do amor entre duas personagens de mundos diferentes. Mas, de surpresa em surpresa (ainda que após um início um pouco mais parado), a autora vai acrescentando novas particularidades ao seu mundo e a história vai-se tornando mais envolvente à medida que as características tanto do sistema vampírico como dos seus inimigos vão sendo reveladas.
Envolvente, com uma escrita bastante acessível, mas de leitura agradável, um livro que surpreende à medida que vai acrescentando segredos e revelações numa teia de mentiras que, ainda que deixe várias questões por responder, dá início a uma história com bastante potencial.

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