O Keith é um patinho bebé que se perdeu da mãe e que, por isso, não consegue parar de chorar. Ora, enquanto o Benny procura a Mãe Pata, o Claude e o senhor Borboto têm de ficar a tomar conta do Keith e de arranjar coisas com que o distrair. Só que nenhuma distracção dura muito e não tarda a que o Keith comece novamente a chorar. Além disso, ninguém consegue encontrar a mãe do Keith. Mas a solução vem de onde menos se espera. Afinal, o Claude tem sempre as melhores ideias...
Parte do que torna estas histórias tão cativantes, mesmo a um olhar adulto, é que trazem imediatamente à memória a mistura de inocência e de imaginação que tão bem caracterizam a infância. E, sendo assim, é fácil imaginar que esta pequena aventura será ainda mais cativante para os leitores para os quais foi pensada. Tudo nesta história tem o seu quê de improvável, a começar pelo facto de o Claude ser um cão que toca corneta e o senhor Borboto... bem, uma meia, mas tudo flui com naturalidade. Tudo é credível, apesar de impossível, e isso é algo que facilmente nos transporta para tempos mais mágicos.
É também um livro visualmente muito bonito e em que a caracterização das personagens tem sempre o seu quê de surpreendente, seja pela indumentária curiosa, seja pelas cores fortes que parecem dar-lhes mais vida. É, pois, um livro bonito de se folhear e em que as imagens constroem um cenário mais vasto para um texto que é, basicamente, muito simples.
Simples, mas com uma cadência notável. Lido em voz alta, parece adquirir um ritmo próprio, o que faz desta pequena história uma boa opção para ler com ou aos mais pequenos. Além disso, apesar de breve, nunca se torna demasiado básico, sendo também uma boa forma de começar a aprender palavras novas.
Breve, mas com a sua magia peculiar, simples, mas muito cativante e visualmente muito apelativo, trata-se, pois, de uma bela história para ensinar aos mais novos a magia da leitura, através de uma aventura muito simples, mas ternurenta e muito divertida.
Título: O Dia em que o Keith se Perdeu
Autor: Alex T. Smith
Origem: Recebido para crítica
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