Nascido numa geração pós 25 de Abril, Ricardo S. é um consultor que trabalha numa multinacional de tecnologias de informação.
Insatisfeito com a vida profissional e pessoal, viciado nas salas de chat e nas redes sociais, na droga, no consumismo desenfreado, nos speed datings, no trabalho em excesso, vê-se preso numa vida high-tech, onde tudo é reciclável e efémero: os empregos, os casamentos, as relações, as amizades, as ideologias, os cursos superiores, os bens materiais.
Toma consciência de que não está a viver a sua própria vida. Está, sim, a viver uma vida ilusória, pensada e projectada por outros. Vai transformar-se num dissidente. Quer purificar-se de toda a contaminação cultural e tecnológica. Quer recuperar o tempo perdido e encontrar-se a si próprio. Mas ele sabe que a liberdade tem um preço. E o preço é sempre elevado.
Mário Santos: Nasceu em Lisboa, em 1969. Terminado o ensino secundário, trabalhou em diversos sectores de actividade: da construção civil à indústria naval, passando pela hotelaria, vendas ao domicílio, clubes de vídeo e restaurantes de fast food. Vindo de Humanísticas, mas apaixonado pelas novas tecnologias, ingressou num curso superior de Engenharia Multimédia. Desiludido com o que não estava a aprender, abandonou as aulas após o primeiro ano.
Depois de longos anos a exercer a actividade de analista/programador em diversas software houses nacionais e estrangeiras, desempregou-se, entrando num período sabático, e escreveu o seu primeiro romance, este A Máquina não Gosta de Gatos.
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