Ano de 1089. Uma nação em formação ergue-se na bruma do tempo, movida pelo forte e leal braço do povo, pelo arrojo de senhores feudais e pela fé nos ditames da Igreja e dos seus ministros.
Num velho mosteiro, são muitas e sinceras as preces, mas também as manobras pela conquista do poder nesse novo território.
1089 relata, de forma precisa, viva e cativante, os dias da fundação de Portugal tendo como palco central as terras de um mosteiro beneditino. E não deixa de fora relatos da ambição dos homens e, em particular, dos da Igreja, com os seus segredos e jogos de luz e sombra.
EMÍLIO MIRANDA nasceu em Luanda, Angola, em 1966. Em 1975, fruto da guerra colonial, vem viver para o Norte de Portugal, de onde os pais são originários, mais concretamente para a aldeia de Lordelo, próxima de Vila Real, onde mais tarde passou a residir. É o contacto com esta nova realidade – de espaços abertos no verão e horizontes fechados nos longos invernos – que definitivamente o vai marcar. Uma realidade na qual conviveu com costumes como a matança do porco, a vindima e a pisa do vinho, com a agricultura regida por preceitos tradicionais. Foi com essa mistura mágica das práticas religiosas com as pagãs que também cinzelou esse território.
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