Felismino, a quem alcunharam de Jardins, vive uma vida feliz até encontrar a mulher, morta, na horta de casa. Amava-a muito. A sua perda aprisiona-o, passando a habitar num mundo de sonho e imaginação.
O seu filho Edmundo é um simples operário. Mas tem um segredo que esconde às pessoas da sua aldeia: gosta de ler livros. E ama o seu pai, mesmo doente e ausente de tudo.
Um dia, Edmundo tem um terrível acidente.
Preocupada com a sua ausência, a mulher sai com a filha, ainda pequena, à sua procura. Mas o dia estava frio e tempestuoso e a menina apanha uma pneumonia. Morre dias mais tarde. O mundo de Edmundo entra em colapso. Sente-se culpado da morte da filha, que tanto amava.
No lugar mais inesperado de todos, vislumbra o sentido de todas as coisas e compreende o verdadeiro valor do amor, da vida e da amizade.
RUI CONCEIÇÃO SILVA nasceu em 1963 em Figueiró dos Vinhos, onde reside. É casado e tem dois filhos.
Apesar de ter vivido em Coimbra, Tavira e Lisboa, é na sua terra que se sente completo, convivendo com os afectos e com os rostos de sempre.
Este seu primeiro romance é fruto da necessidade de falar da saudade triste da perda de alguém que se ama, mas também da reconciliação necessária com a vida e com toda a sua beleza.
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