terça-feira, 24 de novembro de 2020

Animais Ameaçados (Martin Jenkins e Tom Frost)

O mundo animal é vasto e fascinante, repleto de todo o tipo de criaturas, mais ou menos estranhas, mais ou menos visíveis, mais ou menos abundantes. Há um equilíbrio. Mas esse equilíbrio tem sido, em muitos casos, ameaçado e muitas destas espécies podem deixar de existir em resultado dessas mudanças. Este livro apresenta um vasto conjunto de espécies ameaçadas, dando a conhecer as suas características e condições - e retratando-as de forma muito interessante.
Não é propriamente uma surpresa que o primeiro aspecto a sobressair neste livro seja a componente visual. Além de grande e colorido - perfeito para uma leitura conjunta com os mais novos, mas também para uma leitura leve e interessante por parte dos... menos novos - as ilustrações de cada uma das espécies, em curiosa forma de selo, são também muito bonitas. É, pois, um livro que, mesmo antes da leitura propriamente dita, dá gosto folhear e fica imediatamente na memória.
Quanto ao texto propriamente dito, importa salientar dois aspectos: concisão e envolvência. É um livro infantil, pelo que é apenas natural que a informação se cinja ao essencial, embora não faltem pontos de interesse ao longo deste livro. Mas sobressai sobretudo a forma como esta relativa brevidade permite realçar a importância da mensagem. Às características de cada espécie juntam-se os esforços feitos ou que é preciso fazer para evitar a extinção, o que é uma bela forma de despertar consciências.
E importa realçar, por último, a diversidade, tanto de espécie como de habitats. Há peixes, mamíferos, insectos e aves, dos mais remotos lugares e também do nosso rectângulo. Também isto realça a importância da biodiversidade e da conservação das espécies - além de recordar a sempre importante verdade de que o mundo é muito mais vasto do que parece.
Breve, mas belíssimo e sobretudo muito relevante, trata-se, pois, de uma bela e pertinente descoberta para leitores de todas as idades, capaz de fascinar pela estranheza dos seus singulares protagonistas e de alertar para a importância de preservar essa singularidade. Perfeito para os mais novos? Sem dúvida. Mas não só para eles.

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