quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A Praga (Sebastian Rook)

Depois da destruição definitiva de Camazotz, Ben, Jack e Emily esperam retomar uma vida normal, como a família que agora são. Mas um novo perigo está prestes a surgir. Tudo começa com a conferência em que um historiador toca o Sino Dhampir, um artefacto do qual se diz ser capaz de levantar os mortos das tumbas. Mais especificamente, as vítimas da praga dos lampiros. Ora, acontece que estes lampiros têm algumas semelhanças com os vampiros que o grupo tão bem conhece. Mas são também diferentes nos aspectos mais importantes. E, por isso, cabe aos três jovens descobrir uma forma de acabar com as criaturas que invadiram Londres... antes que seja demasiado tarde.
Apesar de ser o início de uma nova aventura, os protagonistas deste livro são os mesmos dos anteriores, ainda que agora com novos inimigos e aliados. Assim, o que primeiro cativa para este novo percurso é a quase imediata sensação de proximidade para com as personagens. Ben, Jack e Emily surgem exactamente como se deram a conhecer nos livros anteriores, com as mesmas personalidades cativantes, um sentido de humor refrescante e uma postura face o perigo que desperta empatia. 
Isto basta para querer saber mais sobre a nova batalha que os espera, mas as novas personagens vêm acrescentar também algo mais. Henry, em particular, apesar de ter um papel secundário nos grandes momentos, protagoniza um momento particularmente emotivo. E as personalidades quase opostas de Filip e Sir Peter introduzem um muito cativante equilíbrio entre sobriedade e humor.
Também cativante é o desenvolvimento do conceito de lampiro, das características que os definem e do que pode ser usado contra eles. Claro que, sendo um livro relativamente breve, ficam, inevitavelmente, aspectos por explorar. Mas a história não acaba neste volume, daí que essas questões deixadas em aberto contribuam também para despertar curiosidade para os livros seguintes.
Quanto ao ritmo do enredo, há sempre algo a acontecer, seja no grande confronto, seja nos pequenos planos a fazer, pelo que a leitura facilmente se torna viciante. Além disso, nota-se uma rápida evolução da quase leveza inicial para um panorama bastante mais sombrio, o que confere à situação uma maior intensidade. Sem, contudo, perder o toque de descontracção que acaba por ser característico da forma de estar dos protagonistas.
Trata-se, pois, de uma história envolvente, com personagens fortes, um enredo cheio de momentos intensos e um bom desenvolvimento dos novos elementos sobrenaturais. Uma boa leitura, portanto, interessante e viciante. Gostei.

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