Adensam-se as intrigas e os planos traçados na sombra do trono de Robert Baratheon. Eddard Stark, Mão do Rei, encontra-se no centro da intriga dos seus vários inimigos, fragilizado, mas determinado a seguir pela via da honra que sempre o orientou. Mas, no jogo dos tronos, ou se ganha ou se morre. E há um segredo que, se revelado, poderá ser o início de uma vasta mudança. Entretanto, ao longe, outros inimigos se avultam. Mas esses ameaçam mais que um homem. Podem ser, talvez, o fim dos Sete Reinos.
Terceiro volume desta adaptação a banda desenhada, os pontos fortes deste livro são, essencialmente, os mesmos dos anteriores. Mais uma vez, as imagens vêm substituir a descrição, apresentando uma perspectiva diferente sobre cenário e personagens, ao mesmo tempo que, mais centrada nas cenas essenciais, sobressai a intensidade dos grandes momentos. Além disso, o rumo da história continua a manter-se fiel ao livro original, pelo que a sensação que fica é, acima de tudo, de reencontro com as personagens, o que, numa história como esta, é sempre algo de muito bom.
Também um ponto interessante é que, apesar de, em certa medida, este volume se centrar em acontecimentos preparatórios para as ditas grandes mudanças, há, ainda assim, na escolha do ponto onde termina, um ponto de tensão que, principalmente para quem apenas conheça esta adaptação, cria grandes expectativas quanto ao que se seguirá. Esta parte da história é feita, em grande medida, de planos e de intrigas, pelo que são muitas as possibilidades em aberto. Assim, o que fica é uma grande curiosidade em saber de que forma prosseguirão as coisas, ou, no caso de quem já conhece a história, como virão a ser representadas.
Mais uma vez, a imagem adapta-se na perfeição ao que define o mundo e as personagens, apresentando uma representação em tudo adequada da narrativa que serve de base. Neste aspecto, sobressai ainda um tom progressivamente mais sombrio, como que associado aos muitos presságios funestos associados à evolução do enredo.
Tudo isto faz deste terceiro volume uma leitura que não desilude. Fiel à história, mas traçando-a sob uma nova forma, é, sem dúvida, um bom regresso e um bom complemento. Muito bom.
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