Da origem etimológica do termo à evolução da noção de paraíso enquanto espaço terrestre e daí ao ponto onde se focam os destinos de uma sociedade fundamentada no trabalho e no consumo. Assim se define o percurso traçado neste livro para o seu tema fundamental. Da antiga ideia de paraíso e da sua evolução, da antiguidade à actualidade, o tema é vasto, como o são as possibilidades exploradas. E é por isso que, apesar da relativa brevidade, este é um livro que exige bastante concentração.
Relativamente denso, apesar da brevidade de cada uma das partes que o constituem, há, neste livro, toda uma vastidão de referências, a autores, teorias e ideologias, o que leva a que ter à partida, algum conhecimento prévio sobre o assunto, possa tornar a leitura mais acessível. Ainda assim, e mesmo sem esse conhecimento, os conceitos essenciais e as ideias fundamentais (desde a origem do paraíso às aplicações ao turismo e ao próprio turismo enquanto conceito) acabam por se tornar assimiláveis ao alcançar a perspectiva global.
Assim, um aspecto que acaba por sobressair é o facto de cada uma das partes valer por si mesma, apresentando ideias e informações mais que suficientes, mas o conjunto de todas resultar num cenário mais vasto que a simples soma dos elementos. O conjunto das ideias, quer pela forma como se completam, quer pelo próprio percurso evolutivo que traçam, abre caminho a uma perspectiva mais vasta. E, por isso, a uma reflexão mais completa.
É por isso, aliás, que, apesar da brevidade, este é um livro com muito que considerar. Partindo do que é, afinal, o centro de uma busca eterna, e considerando a evolução das percepções subjacentes, acaba por ser todo um reflexo do tempo, das gerações e da sociedade. E é isso, precisamente, que o torna interessante.
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