Enviado ao Algarve para conduzir uma investigação, no mínimo, macabra, que envolve a descoberta de múltiplos cadáveres e a suspeita do envolvimento de poderosos, o inspetor Frederico Batalha regressa à casa das suas memórias para passar a noite antes de dar início à sua própria investigação. Só que essas memórias nunca deixaram de o assombrar, tanto que nunca mais regressou. E agora está de volta, os fantasmas vieram novamente à tona e as perguntas sem resposta são mais do que nunca. Longe está ele de imaginar que o caso que o trouxe ali tem mais ramificações do que esperava...
Algo que importa começar por dizer sobre este livro é que é relativamente breve, daí que seja uma surpresa a forma como entrelaça dois elementos tão diferentes como a história pessoal do protagonista e o caso em investigação. Importa, pois, também dizer desde já que a história não dará todas as respostas, com o âmbito mais vasto da investigação a passar para segundo plano ante a história pessoal do protagonista. Ainda assim, e pese embora a curiosidade insatisfeita que fica sobre o caso para lá dos laços pessoais, nunca deixa de ser uma história cativante e, pelo menos no que ao percurso pessoal diz respeito, que termina de forma particularmente adequada.
Algo que importa começar por dizer sobre este livro é que é relativamente breve, daí que seja uma surpresa a forma como entrelaça dois elementos tão diferentes como a história pessoal do protagonista e o caso em investigação. Importa, pois, também dizer desde já que a história não dará todas as respostas, com o âmbito mais vasto da investigação a passar para segundo plano ante a história pessoal do protagonista. Ainda assim, e pese embora a curiosidade insatisfeita que fica sobre o caso para lá dos laços pessoais, nunca deixa de ser uma história cativante e, pelo menos no que ao percurso pessoal diz respeito, que termina de forma particularmente adequada.
É o tipo de livro que se lê praticamente de uma assentada, não só devido à já referida brevidade, mas também devido ao estilo direto com que tudo é narrado. Não há grandes elaborações, até as reminiscências se concentram mais em momentos do que em introspeções e tudo progride de forma muito rápida, o que significa que, havendo sempre algo a acontecer, nunca há momentos mortos. Além disso, apesar de uma certa ambiguidade moral, não deixa de haver também uma boa empatia para com o protagonista (sobretudo na sua faceta mais jovem) que gera uma agradável sensação de proximidade ao longo de grande parte da leitura.
Podia, provavelmente, ser uma história mais longa, até porque o desenvolvimento do caso é muito conciso e deixa muito em aberto, o que significa que fica, de facto, uma boa dose de curiosidade insatisfeita. Ainda assim, não deixa de haver um certo equilíbrio - e um contraste que faz sentido - entre a parte pessoal e a parte profissional do percurso de Frederico, sendo que as respostas surgem na menos esperada das facetas.
Breve e conciso, mas cativante e agradável, mistura elementos do policial com a história de um romance de juventude. E, embora deixe coisas por explorar, nunca deixa de surpreender, nos mistérios... e sobretudo nas memórias.
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