Pensar pode significar analisar profundamente uma situação em busca de respostas, procurar novas aprendizagens, descobrir soluções para grandes desafios. Mas pode também significar dar rédea livre aos medos, deixá-los crescer ao ponto da paralisia. E é sobre o equilíbrio entre pensamento e quietude que este pequeno livro se debruça.
Facilmente se poderia dividir este livro em duas partes, uma introspetiva e outra espiritual. Assentes ambas numa experiência pessoal, que confere ao texto um registo mais próximo, a parte introspetiva olha para o papel dos pensamentos, dos medos, das intuições e das emoções na construção de uma vida mais serena. Já a espiritual vem no seguimento da anterior, avançando, porém, para uma perceção que exige uma certa medida de fé.
Em ambas as facetas existem posições de fácil compreensão e outras que suscitam alguns sentimentos ambíguos, nomeadamente no que diz respeito à saúde física. Ainda assim, e ambiguidades à parte, é sempre possível retirar do texto pontos de identificação. Pensar demasiado, ao ponto de a questão se tornar dúvida e depois medo é algo que acontece a todos. E há nesta visão várias considerações positivas que não exigem concordância plena para serem úteis.
Ainda um último ponto a mencionar tem a ver com o aspeto visual. As ilustrações são simples, mas complementam perfeitamente o texto, dando-lhe uma etérea aura de magia que faz todo o sentido num livro sobre intuições e convicções espirituais.
Terá um impacto diferente consoante as crenças e convicções de quem o ler, mas não deixará de ser uma boa reflexão sobre os efeitos de pensar demasiado e de deixar os medos mo comando. E basta isso para fazer com que valha a pena conhecer este pequeno livro.
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