Depois do sucesso alcançado com a saga Luz e Escuridão, Stephenie Meyer apresenta-nos uma história completamente diferente. Neste extenso livro, acompanhamos a jornada de Nómada, membro de uma espécie alienígena que sobrevive através de uma relação de parasitismo. Os problemas começam quando Melanie Stryder, a sua hospedeira humana se recusa a abandonar a consciência do seu corpo.
Contrariamente ao que por vezes acontece nos livros da autora, neste não são muitos os momentos parados, ou aqueles em que a acção cede lugar a um romantismo excessivamente contemplativo. Existe, sem dúvida, uma grande quantidade de emoções, mas, neste caso, cada uma delas faz sentido, dentro das circunstâncias do enredo e do historial das personagens.
Não é uma obra prima. A escrita da autora continua a manter a sua estrutura simples, mas fluída, contudo, a forma como a história se desenvolve, a um ritmo de quase constantes acontecimentos ou revelações, torna as 830 páginas deste livro numa leitura viciante e que, por isso, se termina rapidamente.
De realçar ainda a importância de algumas mensagens que se encontram neste livro. Algumas delas aparecem em breves momentos do enredo, outras estão presentes ao longo de toda a história, mas todas elas têm algo para ensinar, sobre o valor do amor e da amizade, do altruísmo, do que vale a pena fazer e daquilo por que vale a pena morrer.
Em suma, foi uma leitura que apreciei imenso. Nota-se uma grande evolução da parte da escritora e também a atenção para com um público menos adolescente. Recomendo.
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