Deviam estar a salvo. O medo, o perigo, a luta pela sobrevivência, tudo devia ter terminado com a fuga da Clareira. Mas o Labirinto era apenas o início e as intenções dos seus criadores continuam pouco claras. As provas da CRUEL ainda não terminaram e Thomas e os seus companheiros têm um novo desafio a superar. Um desafio que porá à prova os seus limites físicos e também tudo aquilo em que acreditam.
Partindo no ponto onde o primeiro livro terminou, este primeiro livro mantém essencialmente os mesmos pontos fortes de Maze Runner - Correr ou Morrer. O ritmo compulsivo, o estilo de escrita directo e envolvente, o enredo cheio de acção e que conduz leitor e personagens de surpresa em surpresa, e, claro, a forma de reagir das próprias personagens, são elementos que tornam este livro cativante desde a primeira página e impossível de largar até ao fim.
Os pontos em comum com o primeiro volume são muitos. Mais uma vez, Thomas e os companheiros encontram-se em circunstâncias complicadas, a lutar pelas próprias vidas e sem saber o que podem esperar - excepto que será mau. Também a presença insondável da CRUEL, com as suas intenções ainda pouco claras para os Clareirenses e o poder que detêm sobre o grupo continua a ser um elemento fulcral. E, mais uma vez, a conjugação destes elementos serve de base a uma história de acção intensa, enigmas e revelações inesperadas - que, por sua vez darão lugar a outros enigmas -, e um ambiente bastante impressionante, quer pelo que o caracteriza, quer pela forma como o autor o explora.
A estes pontos comuns junta-se uma série de desenvolvimentos interessantes. Em primeiro lugar, novos elementos são revelados relativamente às Provas, elementos esses que estão na origem de situações bastante surpreendentes. Além disso, quer nos objectivos da CRUEL, quer no papel que Thomas e Teresa terão tido na preparação do que lhes está a acontecer, há novas revelações e novas pistas a surgir. Cada uma delas despoletando novas perguntas, o que contribui, também, e em muito para manter constante a curiosidade em saber mais.
Mas, de entre todos estes desenvolvimentos, há um que se destaca também pelo impacto emocional. É que as novas provas não dizem respeito apenas à sobrevivência e, ao desenvolver questões de empatia e afecto entre as personagens, e ao colocar em causa a confiança que estas têm entre si, o autor cria também outros níveis de tensão. Para lá da reacção ao perigo, entram elementos de traição e suspeita, o que vai introduzir novas questões e situações entre as personagens. Além de originar, por si só, momentos de uma emotividade surpreendentemente marcante.
Com grandes revelações e a mesma envolvência de escrita e de enredo, Maze Runner - Provas de Fogo é, portanto, uma sequela à altura do início da trilogia. Intenso e viciante, um livro cheio de surpresas. Muito bom.
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