quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Novidade Esfera dos Livros


O rio Tejo tem mil quilómetros de histórias para contar. Um ser vivo, o maior rio ibérico foi testemunha e protagonista de episódios marcantes e cruciais da História de Portugal. Foi o rio Tejo que criou Lisboa, rodeado de fábulas e mistérios. Acolheu os primeiros agricultores, viu chegar os marinheiros fenícios, os romanos e foi fundamental para a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques. As suas águas assistiram a grandes e sangrentas batalhas navais, revoltas e atentados - nomeadamente em 1910, quando da queda da monarquia, ou na revolução dos Cravos. Devoraram barcos, sem dó nem piedade, e enfureceram-se em tempestades e cheias que fustigaram quem vivia nas suas margens. Centro da actividade económica da cidade, pelo Tejo saíram caravelas e naus que nos levaram a conhecer novos mundos e chegaram princesas que se tornaram rainhas. D. Maria Pia ou D. Estefânia admiraram-se perante o colorido e a beleza do rio que as acolhia na sua nova casa. Ali morreram reis e rainhas suspiraram de melancolia. Nas suas margens, as calhandreiras despejavam os dejectos dos lisboetas. O povo amontava-se para ver chegar visitas reais e admirar um Tejo engalanado, cheio de barcos e faluas, tornado numa verdadeira passadeira de sangue azul. Lendas nasceram na sua corrente e poetas, como Camões, Bocage ou o inglês Lord Byron, nela se inspiraram. Glória e tragédia. Mistério e intrigas. Vitória e derrota. São tudo ingredientes de uma história contada ao longo destas páginas pelo jornalista Luís Ribeiro. Baseado numa apurada e extensa investigação, este livro empolgante e curioso traz-nos as histórias de um rio que faz parte do nosso dia a dia, da nossa História e, sobre o qual sabemos tão pouco.

Luís Ribeiro nasceu em Lisboa em 1976. Vinte e três anos mais tarde, em 1999, integrou os quadros da revista Visão. Teve o seu baptismo de fogo quatro meses depois, ao ser enviado para São Jorge, nos Açores, para cobrir o acidente do voo ATP SP530M, que matou 35 pessoas. Daí para cá, já fez reportagens na Gronelândia e em Svalbard, onde assistiu, em directo, às consequências do aquecimento global no Ártico; viajou para o Paquistão, de onde escreveu a história do atentado que matou Benazir Bhutto; passou pelo deserto do Saara e pelas bases militares da NATO em Sarajevo e no Kosovo; cobriu as trágicas enxurradas de 2007 em Moçambique e de 2010 na Madeira. Entretanto, em 2004, venceu o prémio nacional de imprensa «Jornalismo pela Tolerância», atribuído pelo Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, com a reportagem «De Portugal, com amor», feito na Ucrânia durante a Revolução Laranja. É casado e tem um filho.

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