Mais um aniversário, mais umas férias... e, como sempre, não faltam à Francisca coisas a que se dedicar. Desde a melhor festa de aniversário de sempre (bem, quase) ao campo de férias de teatro, passando pelas suas iniciativas em prol do ambiente, não lhe falta com que ocupar a cabeça. Além, claro, das amigas e das paixonetas. Mas há ainda um mistério a pairar. Andam a desaparecer coisas do teatro. Será um fantasma? Ou algo mais mundano?
Ao sétimo volume de uma série, e sobretudo de uma série em que o quotidiano desempenha um papel tão importante, não são propriamente de esperar grandes surpresas em termos de qualidades. Mas são precisamente as expetativas, e a forma como cada novo volume lhes corresponde sempre, um dos aspetos que tornam estes livros tão cativantes. Sempre simples, sempre divertidos e sempre com uma componente didática que flui com naturalidade por entre os ritmos do enredo, podem seguir essencialmente um percurso comum, mas nunca deixam de proporcionar uma leitura envolvente, não só por haver sempre algo de novo nas aventuras da protagonista, mas porque, chegados a este ponto, já é quase como se estivéssemos a vê-la crescer.
Sendo uma série juvenil, há caraterísticas que são quase inevitáveis, e que importa sempre salientar, desde a relativa simplicidade do texto e do enredo às ilustrações também simples, mas que se ajustam perfeitamente ao que imaginamos ser... bem, o diário de uma miúda. Vista da perspetiva adulta, sobressai ainda outro aspeto: a dos vários temas importantes que vão sendo abordados de forma bastante concisa, mas também muito certeira. E que não são, de todo, importantes apenas para os mais jovens.
Não deixa de ser a história de uma miúda de onze anos. O que significa que, além das preocupações globais, tem também as suas aspirações e dramas pessoais - como, aliás, é anunciado pelo próprio título. E este equilíbrio entre as duas facetas torna a personagem mais real, mais próxima. E se o faz da perspetiva de um adulto, fá-lo-á ainda mais, certamente, junto do público a que se destina.
Leve, divertido, educativo e cativante: assim se resume, basicamente, este novo diário da Francisca. Que continua igual a si mesma e igualmente digna de acompanhar nas suas sempre descontraídas e envolventes aventuras.
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