Formosa e culta, Aldegundes de Bragança era a quinta filha do rei D. Miguel, banido de Portugal no seguimento das Guerras Liberais que o opuseram ao seu irmão D. Pedro. Casada aos 18 anos com o príncipe italiano Enrico de Bourbon-Parma, cedo descobriu o homem azedo que o seu semblante belo e distinto escondia.
Os trinta anos de matrimónio foram tecidos de momentos ora de paixão, ora de discórdia, tendo como palco o seu palácio veneziano, o castelo dos Braganças na Áustria ou os iates que os levavam frequentemente a terras distantes. A maior batalha da sua vida, porém, foi a que travou em busca do sonho de ser mãe.
Visitou Portugal clandestina, impedidos como estavam os herdeiros de D. Miguel de entrar na sua pátria. Pátria essa à frente de cujos destinos sonhou um dia poder ver o seu amado sobrinho D. Duarte Nuno de Bragança, pai do actual pretendente à Coroa portuguesa.
Esta é a história da Princesa de Parma, uma mulher decidida e iluminada, que reclamou para si o título de duquesa de Guimarães e que fez do seu drama pessoal a força para vencer, encontrando na luta pela restauração da monarquia em Portugal a sua derradeira paixão.
Maria João Fialho Gouveia nasceu em Lisboa a 14 de Novembro de 1961, mas foi no Estoril que cresceu e estudou. Tirou o curso Comunicação Social, e depois de Línguas, sendo diplomada pela Universidade de Cambridge. Rendida ao apelo da História, porém, regressou anos mais tarde aos bancos da Universidade Aberta, para estudar a disciplina que sempre a encantara.
Começou a sua carreira jornalística aos 18 anos, passando por todas as áreas da comunicação, da imprensa escrita à televisão. Escreveu para o semanário Blitz durante 16 anos, foi colaboradora do Se7e e A Capital, integrou por três anos a equipa da Antena 1 e foi redactora da revista VIP. Entretanto, trocou o jornalismo pela docência, leccionando Inglês no Ensino Básico.
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