Faltam dez minutos para a hora de ir para a cama, mas a Chinfrim ainda não está pronta para dormir. Por isso, desce as escadas sorrateiramente e vai em busca de aventura. Também os outros monstrinhos deviam estar a dormir, mas não é bem assim. E dez minutos dão para muita coisa, mesmo quando se é um monstrinho (pouco) assustador.
Muito à semelhança do anterior Pequeno Unicórnio, também neste segundo livro uma das primeiras coisas a chamar a atenção são as ilustrações. Há toda uma vastidão de fofura nesta pequena e enternecedora história de um monstrinho querido sem vontade de dormir. Além disso, é fácil imaginar este livro como uma boa história para adormecer: é uma contagem decrescente, ao mesmo tempo que é também uma breve aventura, o que torna esta pequena história uma bela leitura para antes de ir dormir.
É uma história breve, é certo, mas parece ter o equilíbrio ideal. Além da contagem decrescente, a rima confere-lhe uma agradável fluidez, quase de canção de embalar, o que contribui também em muito para fazer desta uma bela história para adormecer. E se é verdade que mais haveria a dizer sobre a Chinfrim e os seus amigos monstrinhos, também o é que a aventura é, em si mesma, um todo completo. Afinal, não é qualquer monstrinho que consegue fazer uma festa em dez minutos.
E há ainda um outro aspecto curioso: é que, através desta história cativante e enternecedora, com a sua protagonista estranhamente fofa, surge ainda o desfazer de um mito. Todos nos lembramos de ter medo dos monstros debaixo da cama, certo? Bem, estes monstrinhos queridos e brincalhões são tudo menos assustadores, o que também é um bom ponto de partida para deixar de ter medo.
Misturando ritmo e cor, fofura e aventura, eis, pois, uma boa forma de afastar o medo dos monstros, através de uma boa história para adormecer. Cativante, ternurento e cheio de cor, um belo livro para ler aos mais novos.
Autores: Rhiannon Fielding e Chris Chatterton
Origem: Recebido para crítica
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