Não existe nem pode haver passividade na palavra, nem valores equacionados na mesma. Cresço em cada sílaba, em cada frase, em emoções de gestos incontidos.
Brindo o gosto pela poesia, com as horas que fruem os caminhos, como o lavrador semeia na terra lavrada. Corre em mim um quotidiano, rebelde e irreverente que me desalinhou da estética como indivíduo e comunico a vida, como algo adjacente no vaguear torto das esquinas.
A autora: Nascida em Lisboa nos anos 50, cedo se destacou pelas idas constantes para a Quinta dos avós na Beira-Alta, onde se encontrava no seu pleno no meio da Natureza.
Fez os seus estudos no Liceu de Oeiras, tendo igualmente frequentado o British Council e Alliance Française. Os estudos Académicos passaram pelo Curso de Língua e Cultura Portuguesa, na Faculdade de Letras de Lisboa.
O "amor" pelos multi-deficientes, levou-a a tirar várias especialidades, para se dedicar ao trabalho quer com os mesmos, quer com jovens em risco.
O gosto pela poesia, incentivada pela mãe e avó, desabrochou na Escola Primária, quando Pessoa era leitura obrigatória. A partir daí tornou-se o seu mestre, quer com Caeiro, mas principalmente com Campos.
E como costuma dizer: "Meto a metafísica no bolso e vou para a rua dançar".
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