terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Stumptown - Volume Dois (Greg Rucka e Matthew Southworth)

Dex Parios acaba de se mudar para o seu novo escritório, mas o primeiro cliente a aparecer-lhe à frente é alguém que não pode aceitar, pois está ligado a um barão do crime. Felizmente, não é o único cliente a bater-lhe à porta. Quando uma famosa guitarrista decide contratá-la para encontrar a sua guitarra perdida ou roubada - a que carinhosamente trata por bebé - Dex não hesita em aceitar o caso, até porque, como sempre, o dinheiro dá-lhe muito jeito. Mas a guitarra perdida traz outras complicações associadas. Complicações com a DEA, uma dupla de agressores pouco competentes e o mistério de como uma digressão acaba por servir de base a negócios menos... harmoniosos. Dex está disposta a seguir a pista... e isso só pode significar sarilhos.
Um dos aspectos mais interessantes desta série, e algo que vem já do volume anterior, é a forma como as imperfeições da protagonista tornam tudo mais empolgante. Dex Parios não é propriamente a mais eficaz das detectives e tem uma tendência natural para se meter em sarilhos, o que significa que, onde quer que a investigação a possa levar, uma coisa é certa: as coisas não vão correr conforme o planeado. E este desvio dos planos significa fugas precipitadas, momentos de tensão bastante perigosos e o ocasional momento divertido protagonizado pelo peculiar sentido de humor da protagonista.
Tudo isto significa movimento e é esse mesmo movimento o aspecto que mais se destaca em termos visuais. Há, aliás, algures pelo caminho uma intensa e perigosa perseguição que muda por completo o ângulo da aventura. E, se é verdade que o facto de haver sempre muito a acontecer faz com que alguns desenvolvimentos pareçam um pouco apressados, também o é que faz com que seja impossível parar de ler.
Quanto ao caso propriamente dito, importa dizer que é essencialmente independente do do volume anterior, pelo que pode ser lido isoladamente, mas tem alguns pequenos elos de ligação com o passado - e algumas sugestões de problemas no futuro. Faz, pois, sentido ler a série por ordem, até para acompanhar os desenvolvimentos de Dex.
Somadas as partes, fica a impressão de uma aventura intensa, de ritmo alucinante e cheia de surpresas, ainda que com algumas relações deixadas por explorar. Mas, uma vez que a série não termina aqui, faz todo o sentido que assim seja, já que tudo parece indicar que há ainda muito de bom para descobrir sobre Dex Parios e a sua agência de investigações.

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