terça-feira, 30 de junho de 2015

Divulgação: Novidades Topseller

Há mais de um ano que Eddie Flynn prometeu a si mesmo não voltar a entrar numa sala de audiências. Mas agora não tem alternativa. Olek Volchek, o chefe da máfia russa nova-iorquina, quer obrigar Eddie a representá-lo num julgamento por homicídio impossível de vencer.

Eddie Flynn tem 31 horas para…
• defender o seu novo cliente da acusação de homicídio;
• resgatar a filha, Amy, de dez anos, raptada pelos criminosos;
• salvar a própria vida, ameaçada pela bomba que traz presa ao casaco.

Sob o olhar atento dos media e do FBI, Eddie tem de usar a sua inteligência e todos os truques do passado para defender o seu cliente e garantir a segurança da filha. Com o temporizador da bomba a contar, conseguirá Eddie convencer o júri e salvar a sua vida e a de Amy?

Steve Cavanagh nasceu e cresceu em Belfast, na Irlanda do Norte, e aos 18 anos mudou-se para Dublin onde estudou Direito, por engano. A sua decisão era seguir Marketing e Gestão mas uma confusão nos horários das matrículas fê-lo inscrever-se no curso errado.
Porém, este poderá ter sido um engano com sentido, já que Steve Cavanagh se tornou um proeminente advogado de direito civil, envolvido em casos de especial relevância. Steve também dá palestras sobre temas legais, mas do que ele gosta mesmo é de contar piadas. A Defesa é o seu romance de estreia, que lhe valeu ser considerado uma Amazon Rising Star em 2015.

Como Conselheira do Processo de Luto por Animais de Estimação, Maggie Brennan recorre a uma combinação entre empatia, compreensão e humor para ajudar os seus pacientes que estão a lidar com a angústia de terem perdido um amigo de quatro patas. Apesar de possuir um dom para guiar os outros através de situações difíceis, a própria Maggie está, neste momento, a passar por um problema grave que pode ameaçar a sua prática de aconselhamento: ataques de pânico quando sai de casa, suscitados pela morte do seu próprio cão, Toby.
Tudo muda quando uma rapariga difícil e perturbada aparece no consultório de Maggie e acaba a pedir-lhe ajuda para encontrar o seu cão desaparecido. Percorrendo as ruas da cidade de São Francisco à procura do animal, Maggie dá por si envolvida num mistério que a força a enfrentar, finalmente, o seu maior medo — e a abrir o coração para um novo amor.

Meg Donohue é autora bestseller do USA Today dos livros How to Eat a Cupcake e All the Summer Girls. Tem um mestrado em Escrita Criativa pela Columbia University e uma licenciatura em Literatura Comparada pelo Dartmouth College. Nascida e criada em Filadélfia, vive actualmente em São Francisco com o marido, três filhas pequenas e um cão.
A Topseller orgulha-se em dar a conhecer esta maravilhosa autora aos leitores portugueses, com Doidos por Cães. Um livro que vai suscitar sorrisos, lágrimas, recordações e esperança a todos os amantes de animais de estimação.

Divulgação: Novidades O Castor de Papel

Quem lida com animais não duvida de que têm sentimentos e faculdades surpreendentes e, certamente, já se perguntou se porventura não possuirão também uma alma. Nestas páginas de leitura empolgante e surpreendente poderá encontrar a resposta positiva de acordo com o célebre investigador italiano Ernesto Bozzano. Tendo estudado centenas de casos ao longo de muitos anos, é neste livro que consegue demonstrar não só que os animais têm sentimentos como os seres humanos, como também provar cientificamente a existência da alma animal e a sua sobrevivência após a morte. Esta é uma das obras mais importantes sobre este tema, sendo imperdível para quem gosta de animais. Não esqueçamos que já o Papa João Paulo II proclamou que os animais estão tão próximos do céu quanto os homens.

ERNESTO BOZZANO (1862-1943), professor na Universidade de Turim, escreveu cerca de cem obras de carácter científico e foi um dos mais considerados pesquisadores dos fenómenos espíritas. Percebeu a necessidade de uma determinação positiva da existência da alma dos animais, e daí resultou um dos seus livros mais conhecidos, Os Animais Têm Alma?, editado em muitos idiomas com grandes tiragens.

Nestes pequenos giftbooks encontrará as citações mais bonitas e profundas de Antoine de Saint-Exupéry sobre temas transversais como o amor, a amizade, a felicidade e os desejos e sonhos, retiradas do grande clássico da literatura que é O Principezinho e de outras obras do conhecido autor, como Correio do  Sul, Terra dos Homens, Piloto de Guerra, Cartas de Juventude, Cartas a um Refém e Cidadela.
Cada um destes pequenos livros ilustrados constitui um presente ideal para si ou para as pessoas mais importantes da sua vida, para que a sabedoria e beleza das palavras de Saint-Exupéry continue a tocar o coração de todos por muito e muito tempo.

ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY (1900-1944) foi um piloto francês, autor e ilustrador mundialmente conhecido, muito graças à sua obra plena de simbolismo e beleza intitulada O Principezinho. Sofreu um acidente aéreo sob o Mar Mediterrâneo durante uma missão pelos Aliados no âmbito da 2ª Guerra Mundial – mas o seu corpo nunca foi encontrado.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Palácios e Casas Senhoriais de Portugal (Diana de Cadaval)

De norte a sul do país e não só nas grandes cidades, há paços e palácios, casas com história - e com histórias para contar. Ricos, elegantes, repletos de beleza, muitos destes lugares tiveram um papel no percurso das grandes figuras da História de Portugal. O que a autora nos apresenta neste livro é uma viagem - sucinta e, em grande medida, pessoal - a estes lugares, dando a conhecer o que de melhor neles existe. Nos lugares, e nas histórias que lhes estão associadas.
Um dos aspectos que primeiro importa referir sobre este livro é que não é - nem pretende ser - um guia exaustivo. Talvez nem sequer um guia. E, assim sendo, o que define este livro não é uma exposição detalhada de características de cada um dos lugares que aborda, mas antes um conjunto de impressões pessoais, complementadas com uma base histórica. E, sendo assim, de várias destas explicações sucintas, fica a impressão de que mais haveria a dizer. A própria autora o diz. Mas, para conhecer o essencial e para despertar curiosidade, o que parece ser, em grande medida, o objectivo deste livro, este registo sintético e pessoal acaba por ser o mais adequado.
É que, ao conjugar as suas impressões com os elementos descritivos (que dominam) e o contexto histórico, a autora torna mais acessível a sua exposição das características do lugar. Claro que todos estes sítios serão, naturalmente, dignos de uma exposição tão completa quanto possível, mas, ao partilhar as suas impressões, a autora permite ao leitor pôr-se no papel de um visitante, sendo mais fácil imaginar essas impressões como suas.
Também interessante é o facto de o livro não se resumir aos palácios mais conhecidos, percorrendo antes locais espalhados um pouco por todo o país. Claro que há zonas dominantes, mas isso era algo de prever. E acrescente-se ainda uma outra nota para o conjunto de fotografias e ilustrações que complementam o texto com uma componente visual, tornando mais fácil a assimilação - ainda que, inevitavelmente, parcial - dos cenários descritos.
Tudo somado, o que fica deste livro é a impressão de um percurso pessoal por um conjunto de lugares estimados. Um percurso em que cada paragem é descrita de forma bastante breve, mas equilibrada e esclarecedora, ainda que, nalguns casos, haja, inevitavelmente, muito mais a explorar. Um bom ponto de partida, em suma, para conhecer um pouco mais destes lugares e para despertar a curiosidade em saber ainda mais. Gostei.

Título: Palácios e Casas Senhoriais de Portugal
Autora: Diana de Cadaval
Origem: Recebido para crítica

Divulgação: Novidade Quetzal

A história de uma perda. E uma reflexão sobre a ilimitada capacidade de nos iludirmos.
O mundo anda faminto de qualquer coisa que não sabe o que é. Mãos estendidas, estômagos vazios, gente que morre à espera.
Há Sempre Tempo Para Mais Nada é uma história de perda colectiva e individual, pombos e pilotos suicidas, mosquitos assassinos, macacos raivosos e rostos sem corpo. A extinção pessoal de um viúvo, embalado numa dança de miséria irresistível que faz da distância um pormenor. Uma viagem de Lisboa a Varanasi, na Índia, terra de morte definitiva num tempo em que nem todas o são, onde o viúvo espera consumar, afundada no rio Ganges, a mais triste das despedidas.

Filipe Homem Fonseca nasceu em 1974. Licenciado em Publicidade, é humorista, argumentista, dramaturgo, músico, escritor e realizador. 
Notabilizou-se pela sua co-autoria em famosos programas e séries de televisão: Herman Enciclopédia, Major Alvega, Conversa da Treta, Contra-Informação, Inimigo Público, Paraíso Filmes e Estado de Graça, entre muitos outros. É autor de vários documentários, curtas-metragens e telefilmes, como, por exemplo, Só Por Acaso. Além de peças de teatro, escreveu contos, um dos quais publicado na Antologia de Ficção Científica Fantasporto, e assinou ainda um romance, Se Não Podes Juntar-te a Eles, Vence-os. Há Sempre Tempo Para Mais Nada é o primeiro romance que publica na Quetzal.

domingo, 28 de junho de 2015

A Guerra dos Tronos - Vol. 4 (George R.R. Martin)

Aproximam-se tempos de grandes mudanças. Na Muralha, fala-se de movimentações suspeitas e de inimigos temíveis. Na corte, um rei jovem toma decisões que podem comprometer negociações futuras. Entretanto, diferentes casas avançam para a guerra e novos pretendentes a rei assumem as suas posições. E, longe dos olhos dos combatentes, uma rainha prepara-se para pagar um preço elevado pelo papel que terá de assumir. Está perto o caos. A guerra é inevitável. E o Inverno está a chegar...
Último volume da adaptação a banda desenhada do primeiro volume das Crónicas de Gelo e Fogo, este é um livro que se mantém, em grande medida, fiel às características dos anteriores. E, por isso, cativa, em primeiro lugar, por ser um regresso a uma história fascinante, e um regresso que dá a lugares e personagens uma imagem visual mais precisa. Foi este, desde o início, um dos primeiros pontos a chamar a atenção e continua a sê-lo neste último volume: a representação por imagens da história já conhecida dos livros acrescenta-lhe algo de diferente, mas sem perder de vista as linhas essenciais.
Além disso, é este o volume em que estão representados muitos dos grandes acontecimentos e, por isso, não deixa de ser particularmente cativante reviver o impacto dessas grandes surpresas. Que já não são surpresas, pelo menos para quem leu o livro, mas que, tanto pela mestria com que foram construídas como, mais uma vez, pela nova perspectiva transmitida pelas imagens, não perdem, neste regresso, nenhuma da sua força.
Ainda um outro ponto interessante - e também ele comum aos volumes anteriores - é a forma como, ainda que com a componente descritiva e de contexto remetida em grande parte para o aspecto visual, os traços mais marcantes das personagens continuam bem presentes, seja nas expressões, seja nos próprios diálogos. E claro, há personagens mais marcantes pelas frases acutilantes - Tyrion, em particular - e esse reconhecimento das personagens que conhecemos dos livros contribui também para a sensação de familiaridade - do tal regresso - que fica também desta leitura.
Fascinante regresso a uma história já conhecida, ou uma forma diferente de conhecer essa história, este é, pois, um livro que cativa e que surpreende, mesmo que os acontecimentos centrais sejam já familiares. E é essa capacidade de contar a mesma história de uma forma diferente que faz com que este livro valha mesmo muito a pena - mesmo para quem já conhece a história. Recomendo sem reservas.

Título: A Guerra dos Tronos - Vol. 4
Autor: George R.R. Martin
Origem: Recebido para crítica

sábado, 27 de junho de 2015

Rooftoppers - Os Vagabundos dos Telhados (Katherine Rundell)

Sophie foi resgatada de um naufrágio quando não tinha mais de um ano e, desde então, ficou a viver com Charles, o seu improvável tutor. Mas nunca esqueceu as memórias da mãe - memórias que todos lhe dizem que são impossíveis e que, apesar disso, alimentam a sua certeza de que, um dia, a voltará a encontrar. Por isso, quando, num momento de crise, Sophie se cruza com uma pista inesperada - no mesmo estojo de violoncelo onde ela própria foi encontrada - Sophie sabe que agora, mais que nunca, não pode pôr de parte a filosofia de vida do seu tutor: nunca ignorar uma possibilidade. Mas seguir aquela nova pista significa uma longa viagem - e, em certos aspectos, perigosa. Mas talvez Sophie e Charles não estejam tão sozinhos como pensam na sua busca.
Há, neste livro, acima de tudo, dois aspectos que se destacam ao longo de toda a leitura, contribuindo em muito para a tornar memorável. São eles a beleza da escrita e a inocência da protagonista. A escrita, porque, num registo que é essencialmente simples e resumido ao essencial, a autora consegue, ainda assim, realçar a beleza das coisas, descrevendo lugares e ideias com uma harmonia tal que são muitas as frases memoráveis. A inocência, porque, num mundo com tanto de feio e de triste, Sophie consegue ver o melhor das coisas e das pessoas, acreditando no melhor mesmo quando tudo parece demasiado difícil. 
Ora esta inocência está intimamente associada à vaga ternura que se sente ao longo de todo o livro. Isto porque, desde as objecções que surgem ao papel de Charles enquanto tutor às dificuldades inesperadas que encontram em Paris, há todo um conjunto de aspectos que pertencem, sem dúvida alguma, ao lado mais feio do mundo. E, ainda assim, a forma como Sophie encara as coisas, insistindo no que tem de fazer, porque sabe que há, ainda e sempre, algo de bom à espera, cria, desde logo, uma fácil empatia para com ela - até porque, em contraste com algumas das personagens que cruzam o seu caminho, Sophie é aquele tipo de personagem relativamente à qual se sente uma vontade de a proteger. 
Quanto ao desenvolvimento da história, sobressaem os momentos de ternura, a descoberta do inesperado e as interacções estranhamente cativantes de Sophie com aqueles que o rodeiam. E a busca, claro, que, constituindo o cerne da história, culmina num final que poderia ser ao mesmo tempo um princípio. Talvez por isso ficam perguntas sem resposta e, daí, uma vontade de saber mais sobre os porquês que nunca são explicados. Ainda assim, no que é realmente importante, tudo fica resolvido e, dadas as circunstâncias da protagonista, a forma como tudo termina acaba por ser a mais adequada.
Cativante e enternecedor, este é, pois, um livro que marca, acima de tudo, pela forma como conjuga a leveza da inocência com um olhar certeiro sobre algumas situações complicadas. Com uma escrita harmoniosa, uma história envolvente e uma protagonista memorável, eis, pois, um livro que vale a pena ler. 

Título: Rooftoppers - Os Vagabundos dos Telhados
Autora: Katherine Rundell
Origem: Recebido para crítica

Passatempo Um Anjo de Quatro Patas

O blogue As Leituras do Corvo, em parceria com a O Castor de Papel, tem para oferecer dois exemplares do livro Um Anjo de Quatro Patas, de Walcyr Carrasco. Para participar basta responder às seguintes questões:

1. Como se chama o protagonista canino deste livro?
2. Com que peça foi o autor premiado com o Prémio Shell?


Regras do Passatempo:
- O passatempo decorrerá até às 23:59 do dia 5 de Julho. Respostas posteriores não serão consideradas.
- Para participar deverão enviar as respostas para carianmoonlight@gmail.com, juntamente com os dados pessoais (nome e morada);
- Os vencedores serão sorteados aleatoriamente entre as participações válidas;
- Os vencedores serão contactados por email e o resultado será anunciado no blogue;
- O blogue não se responsabiliza pelo possível extravio do livro nos correios;
- Só se aceitarão participações de residentes em Portugal e apenas uma por participante e residência.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Divulgação: Novidade Clube do Autor

Se está a pensar que o nome Richard Castle o recorda vagamente da popular série do AXN, Castle, tem toda a razão! O autor de Ondas de Calor é mesmo o escritor de livros policiais de sucesso que colabora com a polícia de Nova Iorque, em conjunto com a detective Kate Beckett, na série televisiva. Este é o primeiro romance do autor a passar do pequeno ecrã para livro.
A história não podia ser mais escaldante. Ou não fosse ela protagonizada pela sensual e decidida Nikki Heat, personagem inspirada em Kate. No meio de uma vaga de calor, a detective tem um duplo desafio pela frente: desenredar o nó que lhe permitirá desvendar os segredos dos mais poderosos e decidir o que fazer perante a faísca escaldante que surgiu entre ela e Rook, o jornalista presunçoso e bem-parecido com a mania de que é polícia, que a acompanha nesta investigação. Será que esta dupla inusitada vai ser eficaz?

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Divulgação: Novidade Casa das Letras

A ideia de império nasceu na Roma antiga e ainda hoje o Império Romano surge com uma poderosa imagem. Vestígios dos seus monumentos e literatura encontram-se espalhados por toda a Europa, Próximo Oriente e Norte de África.
Ao cobrir a totalidade da vasta expansão do império e ao começar pelas suas origens, Roma: A História de Um Império combina três perspectivas. Primeiro, trata-se de uma história abrangente do império: como foi criado, como resistiu às crises e como se moldou ao mundo dos seus dirigentes e dos seus súbditos, desde o século viii a.C. até à alvorada da Idade Média; depois descreve o que as últimas pesquisas históricas e arqueológicas revelaram sobre os segredos do domínio romano; por último, explora as grandes questões. De entre todos os impérios, porque terá Roma resistido tanto tempo? Porque teve um impacto tão profundo e serviu de modelo explícito para outros imperialismos?
Como demonstra Greg Woolf, jamais alguém planeou criar um Estado que iria durar mais de um milénio e meio, no entanto, a política de alianças de curto prazo entre grupos cada vez mais amplos criou uma estrutura de extraordinária estabilidade

Greg Woolf é professor de História Antiga na Universidade de St. Andrews. Como professor convidado deu aulas em França, Alemanha, Itália e Brasil, e tem realizado conferências em todo o mundo. Publicou estudos sobre uma vasta gama de assuntos de história antiga e arqueologia romana, incluindo literatura antiga, pré-história europeia, economia romana e patronato romano. Mais recentemente tem desenvolvido o seu trabalho em ciência antiga, especialmente etnografia e religião romana, e foi-lhe atribuído um Major Research Fellowship do Leverhulme Trust para um projecto sobre as origens do pluralismo religioso.

Divulgação: Novidades Planeta

Em troca de ajuda para escapar a um longo e injusto encarceramento, a amarga curandeira mágica Blackthorn jurou pôr de lado o seu desejo de vingança contra o homem que destruiu tudo o que lhe era querido. 
Seguida por um companheiro de clausura, um homem grande e silencioso chamado Grim, ela viaja para o norte, rumo a Dalriada. Aqui, viverá na orla de uma misteriosa floresta e terá de cumprir, durante sete anos, a promessa que fez ao seu libertador: aceder a todos os pedidos de socorro que lhe forem dirigidos. 
Oran, príncipe herdeiro do trono de Dalriada, esperou com ansiedade a chegada da sua noiva, Lady Flidais. Conhece-a apenas por via de um retrato e da poética correspondência que trocaram entre si e que um dia o convenceu de que Flidais era o seu verdadeiro amor. 
Oran descobre, porém, que as cartas também mentem, pois, embora igual em aparência à imagem no retrato, a sua noiva vem a revelar-se uma mulher muito diferente da criatura sensível e sonhadora que escreveu aquelas cartas. 
Nas vésperas do seu casamento, o príncipe não vê saída para a o seu dilema. Mas corre o rumor de que Blackthorn possui um dom extraordinário para a resolução de problemas espinhosos, e ele pede a sua ajuda. 
Para salvar Oran das suas insidiosas núpcias, Blackthorn e Grim vão precisar de todos os seus recursos: coragem, engenho, astúcia e talvez até um pouco de magia.

Com apenas uma lágrima, Eureka inundou o mundo e iniciou a ascensão de Atlântida. Se verter mais duas, nada parará o maléfico rei Atlas.
Herdeira da Linhagem da Lágrima, é a única pessoa capaz de o deter, mas para o conseguir terá de atravessar o oceano para descobrir Solon, um Semeador em fuga, que sabe como enfrentar o rei. 
Mas a revelação do amor entre Ander e Eureka faz com que Solon envelheça rapidamente e se senta incapaz de vencer Atlas. 
Se continuarem juntos, Solon morrerá em breve. Eureka precisa de se reconciliar consigo mesma e com o que o seu sofrimento causou ao mundo. 
Um segredo sobre a Linhagem da Lágrima mudará tudo, passado, presente e futuro. Eureka tem uma visão de uma lagoa encantada que revela um segredo esmagador. Com esse conhecimento, será capaz de conseguir a chave para derrotar Atlas. Mas o seu coração partido poderá deitar tudo a perder. 
Em A Cascata do Amor, Eureka tem a oportunidade de salvar o mundo. Mas terá de desistir de tudo, até mesmo do amor.

É tudo um jogo até que alguém se apaixona... 
A herdeira Louisa Stratton está de regresso a casa em Rosemont de férias, e, a pedido da família, leva o marido, Maximillian Norwich, conhecedor de arte e amante astuto, o homem que lhes descreveu como deslumbrante. Só que há um problema: ele não existe. Louisa precisa de um falso marido para causar uma boa impressão. 
Charles Cooper, capitão da Guerra Bóer, tem um passado de origem humilde e fica desconcertado com o acordo que Louisa lhe propõe. Mas são só trinta dias e não até que a morte os separe. 
Onde está a dificuldade em personificar um marido, mesmo que não saiba nada sobre Rembrandt?

Um livro para nos ajudar a rever a nossa atitude face ao dinheiro e à abundância.
A abundância é o nosso estado do ser espiritual natural, e estamos constantemente rodeados de seres divinos que querem proteger-nos, cuidar de nós e ajudar-nos a desenvolver todo o nosso potencial. 
Estes seres têm muitos nomes e desempenham diversos papéis, mas são geralmente chamados de anjos. 
Este livro vai ajuda-lo a descobrir como obter todo o apoio de que necessita para se dedicar ao propósito da sua vida. 
Não precisa de sofrer para ganhar dinheiro! 
Pode concentrar-se em servir os outros e, simultaneamente, cumprir as suas responsabilidades. 
Se precisa de mais dinheiro, ou de mais tempo, confiança, ideias, contactos, oportunidades, ou quaisquer outros recursos, vamos ajudá-lo a encontrar o seu estado natural de abundância.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Gilgamesh - Na Demanda da Imortalidade (Artur Pais)

Gilgamesh foi, em tempos, um grande rei na cidade de Uruk. Mas era um tirano e isso fez com que as preces do povo lhe trouxessem um adversário à altura. Mas da batalha com Enkidu - criação da deusa mãe - não resultaria uma derrota, mas um novo começo, pois o grande rei descobriria na amizade e na aventura um novo caminho para a vida. Mas os deuses testam duramente aqueles que amam - e ainda mais os que os desafiam. Esta é a história dessa grande aventura.
Vocacionado para um público jovem, este é um livro que parte de uma história sobejamente conhecida para a contar de uma forma mais simples, mas igualmente cativante. Para tal, conjuga um texto fluído, ainda que de ritmo pausado, com ilustrações também elas de relativa simplicidade, mas surpreendentemente cativantes, para formar uma narrativa bastante breve, mas envolvente e interessante.
É neste equilíbrio que está a grande força deste livro. Texto e ilustração completam-se, dando uma nova imagem a um conjunto que, bastante próximo do épico que lhe serve de base, o resume ao essencial, sem por isso se tornar demasiado simplista. Faz, em certa medida, lembrar o Ulisses, de Maria Alberta Menéres, pois, da mesma forma, parte de uma história mais complexa para, centrando-se nos momentos essenciais, a tornar mais acessível.
Claro que, dada a brevidade, fica a impressão de haver mais para dizer, pois, sendo os acontecimentos o centro da narrativa, não há grande espaço para proximidade ou empatia relativamente às personagens. O que há, ainda assim, é uma aventura interessante e, neste aspecto, o livro consegue captar o interesse do leitor. Até porque, apesar das poucas gralhas que escaparam, a escrita tem um ritmo bastante agradável.
Tudo somado, temos um livro que, de forma simples e envolvente, mas sem descurar os elementos essenciais da história, resume as linhas essenciais de um épico, tornando-o mais fácil de assimilar. É, no fundo, a versão abreviada de uma história maior, e por isso fica, inevitavelmente, a ideia de mais haver para descobrir. Ainda assim, o que aqui se apresenta é mais que satisfatório e, por isso, a impressão que fica é a de uma boa leitura.

Título: Gilgamesh - Na Demanda da Imortalidade
Autor: Artur Pais
Origem: Recebido para crítica

Divulgação. Um Anjo de Quatro Patas, de Walcyr Carrasco

Neste livro o escritor Walcyr Carrasco regista os momentos mais engraçados e comoventes vividos ao lado de Uno, um cão husky, para ele, um companheiro e um amigo.
Diz o autor: “Quando o meu amigo peludo chegou, eu amei-o naquele mesmo instante. Nos doze anos seguintes, eu e o Uno fomos fiéis companheiros um do outro. E recebi o amor incondicional que só os cães são capazes de oferecer.
O Uno fez-me redescobrir o prazer de ver a vida com os olhos do coração. Foram risadas, diversões, trapalhadas, afecto e companheirismo. Dias de redescoberta das minhas emoções. O Uno mostrou-me como ser feliz novamente.
Escrever este livro fez-me rir, chorar. Emocionar-me. Um anjo de quatro patas encheu o meu coração de esperança e mostrou-me que na vida há sempre coisas boas por acontecer”.

Walcyr Carrasco é escritor, cronista, dramaturgo e guionista, muito conhecido e apreciado pelo povo Português pela sua adaptação para a televisão do romance Gabriela, Cravo e Canela, e também pelas novelas Xica da Silva, O Cravo e a Rosa, Chocolate com Pimenta, Alma Gémea e Caras & Bocas, de sua autoria. Membro da Academia Paulista de Letras, publicou mais de trinta livros infanto-juvenis, assim como várias adaptações de clássicos. 
É ainda autor de romances para adultos, de grande sucesso, como Pequenos Delitos, A Senhora das Velas e Juntos Para Sempre. Dramaturgo premiado (Prémio Shell) pela peça Êxtase e também pela tradução e adaptação (União Brasileira de Escritores) de A Megera Domada, de Shakespeare.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Como Ser Feliz (Lee Crutchley)

A felicidade - esse elemento aparentemente inatingível que serve de tema central a tantos e tantos livros de auto-ajuda. Mas o que é a felicidade, afinal? E será que há uma fórmula mágica para a atingir e que aqueles de nós que não a conhecem redondamente estão a falhar nalguma coisa? Talvez não. Este livro não é propriamente o livro de auto-ajuda habitual. Mas, com a sua perspectiva particular e a muita criatividade envolvida, pode, talvez, ser o que de mais perto se arranja para ajudar o leitor a ser mais feliz - ou, pelo menos, menos triste.
A primeira coisa a cativar para este livro é a postura do autor, expressa desde as primeiras páginas e bem patente na forma como todo o livro está construído. Não sendo um especialista nem tendo as tais respostas mágicas, o autor baseia-se acima de tudo naquilo que viveu para, da mesma forma que mudou a sua perspectiva, mudar a de quem lê. E isto não promete soluções milagrosas - até porque essas não são propriamente reais, mas antes um esforço constante que, num exercício de introspecção que nos leva a ver a vida de outra forma, se resume na questão que o próprio autor levanta numa das primeiras páginas: Já Tentaste Ser Menos Triste?
Ora, este é um muito bom ponto de partida para uma reflexão sobre a felicidade e o que realmente nos torna feliz. E uma boa passagem para o segundo ponto que se destaca deste livro. É que, sendo acima de tudo, um conjunto de exercícios e tarefas criativas, deixa grande parte do percurso na mão do leitor, mas sem deixar de dar as indicações correctas. O que este livro apresenta é, acima de tudo, um desafio e um desafio que, feito do início ao fim ou apenas em pequenas partes, nos leva a ver a vida de outra forma.
O que me leva a ainda um outro ponto que importa referir. Este livro é-nos apresentado como O Caderno Criativo da Felicidade. E é exactamente isso: criativo. Tanto nas ideias como nos desafios que lança o leitor como, ainda, no aspecto que toma, fazendo lembrar - e, talvez, pretendendo ser precisamente isso - um diário pessoal, mas com um objectivo maior associado. E este aspecto, visualmente apelativo e muito adequado ao objectivo, faz também parte do que chama a atenção para este livro/diário.
Surpreendente será, portanto, uma boa palavra para descrever este livro que, além de muito apelativo enquanto objecto físico, resulta num exercício de introspecção fascinante. E que, sem respostas universais nem imposições filosóficas, consegue ser um bom ponto de partida para se ser menos triste. Ou mais feliz.

Título: Como Ser Feliz
Autor: Lee Crutchley
Origem: Recebido para crítica

Divulgação: Novidade Porto Editora

Dois mundos estão à beira de uma guerra cruel. Através de um assombroso ardil, Karou assumiu o controlo da rebelião das quimeras e tem a intenção de as desviar do caminho da vingança extrema. O futuro depende dela.
Quando o brutal imperador serafim traz o seu exército para o mundo humano, Karou e Akiva estão finalmente juntos – se não no amor, ao menos numa aliança provisória contra um inimigo comum. É uma versão alterada do seu antigo sonho, mas ambos começam a ter esperança de que será possível forjar um destino alternativo para os seus povos, e, talvez, para si próprios.
Porém, com ameaças ainda maiores a desenharem-se, serão Karou e Akiva fortes o suficiente para se erguerem entre anjos e demónios?
Das cavernas dos Kirin às ruas de Roma, humanos, quimeras e serafins lutam, amam e morrem num cenário épico que transcende o bem e o mal, nesta impressionante conclusão da trilogia bestseller Entre Mundos.

Laini Taylor é autora de livros de fantasia, tendo publicado anteriormente a série Dreamdark e o romance finalista do National Book Award, Lips Touch: Three Times. Considerado por muitos livreiros e meios de comunicação como o melhor livro do ano de 2011/2012, Sonhos de Deuses e Monstros é o terceiro volume de uma trilogia com direitos de tradução vendidos para mais de 30 países e cuja adaptação cinematográfica está a cargo dos estúdios da Universal Pictures.

Divulgação: Novidade Topseller

Tate é enfermeira e muda-se para São Francisco, para casa do irmão Corbin, para estudar e trabalhar. Miles é piloto-aviador e mora no mesmo prédio de Corbin. Depois de se conhecerem de forma atribulada, Tate e Miles acabam por se aproximar e dar início a uma relação exclusivamente física. Para que esta relação exista, Miles impõe a Tate duas regras: «Não faças perguntas sobre o meu passado. Não esperes um futuro.»
Tate aceita o desafio de manter uma relação distante, sem nenhum compromisso, nem sequer o da amizade. A relação alimenta-se assim da atracção mútua entre os dois. Miles nunca fala de si nem do seu passado, e comporta-se perante Tate de acordo com as regras que ele definiu. Será Miles capaz de desvendar o que se esconde por detrás desta necessidade tão grande de se distanciar emocionalmente dos outros?

Collen Hoover já atingiu o 1.º lugar no top de vendas do New York Times e comoveu muitas leitoras com os seus onze livros publicados, incluindo Um Caso Perdido (Hopeless) e Uma Nova Esperança (Hope), publicados em Portugal pela Topseller. Os seus livros já foram traduzidos para cerca de 30 línguas.
Colleen Hoover trabalhou nos Serviços de Protecção a Crianças, antes de voltar aos estudos para concluir a sua formação em Educação Especial e Nutrição Infantil.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A Medicina Chinesa (Tom Williams)

Cada vez mais se ouve falar em medicinas alternativas ou complementares e, de entre todas elas, algumas das mais referidas - acupunctura, fitoterapia... - fazem parte do que se considera ser a medicina tradicional chinesa. Mas o que é exactamente a medicina chinesa e em que fundamentos se baseia? Este livro, que não pretende ser um guia prático, mas, acima de tudo, um texto informativo, apresenta os fundamentos essenciais de um sistema que, diferente em todos os aspectos, nunca será fácil de compreender, mas que, pela sua complexidade e não só, surge aqui como algo de muitíssimo interessante.
Um dos aspectos que mais cativa para este livro é a postura do autor ao escrevê-lo. Postura essa que não pretende convencer ninguém a acreditar, nem muito menos orientar para a prática da medicina chinesa (muito pelo contrário, reserva aos praticantes experientes o papel que lhes é devido). O objectivo é, acima de tudo, informar e, nesse objectivo, tudo indica que o autor é bem sucedido.
Isto não quer dizer que a explicação seja fácil. Com todas as diferenças relativamente à perspectiva ocidental - processos em oposição a estrutura, elementos energéticos em vez de físicos, interacções em tudo diferentes das explicadas pelas bases da medicina ocidental - o sistema na base da medicina chinesa é vasto e complexo e, por isso, revela-se, em vários aspectos, difícil de assimilar. É, aliás, deste ponto que surge um aspecto que teria sido diferente desenvolver um pouco mais: os paralelismos e as divergências entre os dois sistemas. É que, apesar de a explicação ser tão clara quanto possível (tendo em conta toda a vastidão de ideias e de termos envolvidos no sistema), uma analogia com o mais conhecido poderia, talvez, facilitar a compreensão.
Mas voltando à globalidade. Outro aspecto particularmente bem conseguido é o facto de não se centrar em demasia em nenhuma das práticas englobadas na dita medicina chinesa, explicando antes os fundamentos do todo, para depois aprofundar um pouco mais cada um dos métodos. Desta forma, e mesmo que as bases não sejam fáceis de compreender, é possível ficar com uma ideia global bastante clara, e isto tanto para quem já tem algumas ideias sobre o assunto como para absolutos leigos na matéria (como é o meu caso).
Dito isto, poder-se-ia definir este livro como uma exposição abrangente e esclarecedora quanto baste, ainda que não propriamente fácil de digerir. Mas, se o objectivo é transmitir a informação e deixar o leitor com uma noção mais precisa do que define os fundamentos da medicina chinesa, então não há dúvidas de que o livro cumpre esse objectivo. E, desse ponto de vista, acaba por ser uma leitura muito interessante.

Título: A Medicina Chinesa
Autor: Tom Williams
Origem: Recebido para crítica

Divulgação: Novidade Porto Editora

O roubo do coração de D. Pedro IV deixará atrás de si o rasto de duas mortes... Poderá o crime perfeito ser desvendado?
Dois homicídios, encapotados de morte natural, e o roubo do coração do rei D. Pedro IV do mausoléu da igreja da Lapa, no Porto, são o pretexto para uma nova investigação do detective privado Mário França.
Em conjunto com a sua equipa de agentes marginais, com métodos peculiares mas de uma eficácia a toda a prova, terá forçosamente de se imiscuir num universo de intrigas familiares, gangues violentos e querelas que remontam aos tempos das Guerras Liberais, procurando respostas para os assassínios, de uma sofisticação incomum, e para o roubo da relíquia real, aparentemente relacionado com redes internacionais de tráfico dessa peculiar mercadoria que é a memorabilia corporea...
Por entre as linhas da narrativa, e pela voz do seu protagonista, naquela que é a primeira obra ficcional sobre o coração do rei D. Pedro IV, bastião nacional da liberdade, Miguel Miranda tece uma sincera homenagem à cidade do Porto e aos ideais da causa liberal, bem como uma análise histórica, em particular ao momento que deu origem ao famoso epíteto de Invicta: o cerco da cidade, «tempos de horror e carnificina» que terminaram com a vitória dos liberais.

Miguel Miranda é médico e autor de vários romances, livros de contos e livros infantis. Recebeu o Grande Prémio de Conto da APE pelo livro Contos à Moda do Porto (1996); o Prémio Caminho de Literatura Policial pelo livro O Estranho Caso do Cadáver Sorridente (1997); e o Prémio Fialho de Almeida em duas ocasiões, pelos livros A Maldição do Louva-a-Deus (2001) e Todas as Cores do Vento (2013). Foi, também, finalista do Prémio PEN Narrativa 2012 (Todas as Cores do Vento) e do Prémio Violeta Negra 2014 do Festival de Literatura Policial de Toulouse (Donnez Leur, Seigneur, le Repos Éternel, edição francesa de Dai-lhes, Senhor, o Eterno Repouso). Está traduzido em Itália e França e representado em diversas colectâneas. 
No catálogo da Porto Editora figuram já os seus romances Dai-lhes, Senhor, o Eterno Repouso, Todas as Cores do Vento e A Paixão de K, bem como o livro de contos A Fome do Licantropo e Outras Histórias.

sábado, 20 de junho de 2015

Crónicas de André e Vicente - O Bosque dos Murmúrios (Anita dos Santos)

O verde está a desaparecer e, por mais que tentem, ninguém na aldeia consegue encontrar uma solução para o problema. Mas algumas pistas nos arquivos e a intensa vontade de fazer alguma coisa enviam André e Vicente numa demanda: encontrar o Senhor dos Bosques, de quem se diz que, em tempos, terá derrotado o Negro e que, por isso, talvez o possa fazer outra vez. Mas há mais do que uma simples busca no caminho dos dois rapazes. Também eles têm um segredo e o papel que deverão desempenhar vai muito para além do de dois rapazes inocentes com vontade de fazer o que é certo. E o inimigo, esse, está mais perto do que parece. E é urgente encontrar uma resposta.
Bastante simples e direccionado, em grande medida, para um público mais jovem, este é um livro que se pode definir como, acima de tudo, uma história de aventuras. Há uma missão a cumprir, um inimigo maléfico a combater e muita magia no meio, tanto do lado do bem como do do mal. E assim, esta é uma história que, não sendo propriamente surpreendente, pelo menos na globalidade, cativa principalmente pelo ritmo do enredo - em que há sempre alguma coisa a acontecer - e pelas pequenas surpresas.
E é destas pequenas surpresas que surgem as principais forças da história. Por duas razões. Primeiro, pela forma como a autora narra os acontecimentos, guardando os segredos das suas personagens até ao momento em que a sua revelação mais importa. E segundo, pelo contexto em que tudo decorre, num mundo em que, não havendo propriamente uma caracterização exaustiva, há, ainda assim, um conjunto de elementos bastante interessantes. E que, dado o fim desta história, deixam em aberto a possibilidade de novas aventuras.
Quanto a fragilidades, sobressaem essencialmente duas. A primeira é que, ao dar prioridade aos acontecimentos, fica, por vezes, a impressão de alguma pressa na explicação das coisas e, por isso, a ideia de que mais haveria a dizer, principalmente em termos de contexto. A outra é algum descuido a nível de revisão, já que surgem algumas gralhas (principalmente confusões entre à e há ou entre trás e traz) que acabam por quebrar o ritmo de uma escrita que é, no geral, bastante cativante.
Considerando tudo isto, a impressão que fica é a de uma história leve e cativante, com vários momentos divertidos e bastante potencial em termos de continuidade. Uma aventura envolvente, com personagens bem caracterizadas (ainda que de forma sucinta) e uma conclusão que, encerrando esta aventura em particular, desperta curiosidade para um possível futuro. Tudo somado, uma boa leitura.

Título: Crónicas de André e Vicente - O Bosque dos Murmúrios
Autora: Anita dos Santos
Origem: Ganho num passatempo

sexta-feira, 19 de junho de 2015

O Outro Filho (Alexander Söderberg)

Sophie Brinkmann não vê muitas alternativas no seu futuro. Ligada, contra a sua vontade, à organização criminosa do homem com quem teve uma relação, e que agora permanece em coma enquanto o seu império desmorona, Sophie tem de seguir as instruções de Aron Geisler, braço direito de Hector, e fazer com que os seus associados pensem que tudo está controlado. Mas ela sabe que não é assim e, quando se vê sozinha numa posição complicada, Sophie faz uma escolha. Uma escolha que até pode ter boas intenções, mas que traz resultados terríveis. E que a porá no centro de uma situação ainda mais perigosa, e de uma teia de investigações que, sem que ela o saiba, pode trazer ainda mais problemas. 
Dando continuidade aos acontecimentos de O Amigo Andaluz, O Outro Filho tem com este muitos pontos em comum. Mantém-se a complexidade de um enredo em que há muitas personagens, cada uma com as suas motivações e intenções, na base de uma intriga (ou conjunto de) complexa e em que há tanto de cativante como de disfuncional. Mas há também um factor de evolução que contribui para que seja muito mais fácil entrar no ritmo deste livro: é que, talvez por grande parte das personagens serem já conhecidas, ou por a história se encaminhar para um conjunto de situações de maior impacto, o ritmo do enredo é muito mais intenso, o que aumenta em muito a envolvência do enredo.
Outro ponto que se mantém, mas agora a um nível muito mais evidente, é a ambiguidade moral das personagens. Não há, de todo, uma linha definida entre os bons e os maus, até porque, num ou mais aspectos, praticamente todas as personagens tem algo - ou bastante - de mau. Mas mais que isso. Há momentos em que as personagens aparentemente mais sem escrúpulos parecem revelar uma maior humanidade, enquanto que as supostamente boas demonstram a dimensão da sua verdadeira frieza. Tudo é ambíguo, pois todos são capazes de tudo nas circunstâncias certas. E também isto torna a história intrigante, pois é quando postas perante a necessidade de escolher, pesando ou não as consequências, que as personagens tomam as decisões que alteram o rumo da história.
Claro que esta ambiguidade tem uma contrapartida. É que, por mais que nos preocupemos com as circunstâncias de algumas personagens - e, felizmente, há algumas que, de forma mais ou menos discreta, acrescentam a esta teia de crueldade um muito refrescante rasgo de inocência - quando as suas escolhas são, inevitavelmente, cruéis, cria-se para com elas uma sensação de distância. Ainda assim, e sendo este o segundo volume da trilogia - e um volume que deixa muitas perguntas em aberto - há ainda muitas hipóteses de redenção para estes actos menos compreensíveis das personagens.
Trata-se, portanto, de um livro mais intenso que o anterior, mas igualmente complexo na intriga e invulgar na caracterização do lado mais disfuncional das personagens. Intrigante e envolvente, surpreende em vários momentos, ao mesmo tempo que abre caminho para um final para o qual promete infinitas possibilidades. Tudo somado, uma boa leitura. 

Título: O Outro Filho
Autor: Alexander Söderberg
Origem: Recebido para crítica

Divulgação: Novidades Topseller

Depois da morte do pai, Riley MacPherson regressa a casa para organizar as cerimónias fúnebres e tratar da divisão dos bens. No entanto, em vez de conseguir fechar um ciclo doloroso e encontrar a tranquilidade de que tanto precisa, Riley depara-se com a possibilidade de, afinal, ter sido adoptada.
Teria, realmente, vivido 25 anos a acreditar numa mentira? Que outras revelações estarão ali, prontas para serem descobertas? Confusa e sedenta de respostas, inicia uma investigação arriscada para encontrar toda a verdade sobre a sua origem. Uma busca emocionante que acaba por desenterrar informações e factos misteriosos acerca da sua irmã Lisa, uma violinista-prodígio que, dizem, teria cometido suicídio há mais de 20 anos.
À medida que as peças do puzzle se encaixam, Riley percebe que nada é o que parece. Resta saber se estará preparada para a verdade e se será capaz de a aceitar de braços abertos. Uma história arrebatadora, com personagens apaixonantes e reviravoltas inesperadas. Um enredo misterioso que nos prende a cada virar de página.

Diane Chamberlain é uma autora bestseller norte-americana, com 23 títulos publicados em mais de 20 línguas.  Apaixonada pela leitura e pela escrita desde criança, viu o seu primeiro romance publicado em 1989, título esse que lhe valeu um prémio RITA, atribuído pela Associação Americana de Escritores de Romance.
É licenciada em Serviço Social pela Universidade de San Diego, ainda que já não exerça a sua profissão para poder dedicar-se inteiramente à escrita e aos livros. Para a autora, a verdadeira magia da escrita está na possibilidade de tocar os leitores com as suas palavras.

Última descendente legítima da ilustre linhagem dos Médicis, foi prometida ainda adolescente a Henrique, filho de Francisco I de França, e enviada de Itália para um reino desconhecido, onde foi ofuscada e humilhada pela poderosa amante do marido, Diana de Poitiers. Perseverante, Catarina lutou por criar o seu papel no reino que lhe pertencia por direito, com uma força e determinação inatas que a transformavam numa mulher notável.
Além de uma forte personalidade, Catarina possuía ainda, segundo testemunhos, visões premonitórias, as quais, aliadas à orientação do clarividente Nostradamus, a ajudaram a traçar as linhas do seu destino e da sua família. Mas no seu 40.º aniversário, Catarina enviúva e é deixada sozinha, com seis filhos jovens, como regente de um reino dilacerado pela discórdia religiosa entre católicos e huguenotes e as ambições desmedidas de uma família traiçoeira de nobres, os Guise.
Confiando apenas na sua tenacidade, Catarina toma o poder para garantir o trono dos filhos. Mas para salvar França, ela terá de sacrificar os seus ideais, a sua reputação e os segredos mais profundos de um coração agrilhoado.

C. W. Gortner possui um mestrado em Escrita na especialidade de Estudos Renascentistas, pelo New College of California. Os seus romances históricos, sempre fruto de intenso trabalho de pesquisa, têm-lhe granjeado elogios por parte da crítica internacional. Já foram traduzidos para 21 línguas com mais de 400 mil exemplares vendidos. Em Portugal, editados pela Topseller, já se encontram publicados O Juramento da Rainha, um romance sobre Isabel, a Católica, e O Segredo dos Tudor. De ascendência espanhola, C. W. Gortner vive actualmente na Califórnia.

Matthew Fisher é um banqueiro bem-sucedido, posição que lhe permite desfrutar dos prazeres materiais e morar num apartamento com vista para o Central Park. Matt sempre foi um sedutor e um mulherengo incorrigível. Ele admite que, enquanto não encontrar a «mulher certa», se vai divertindo com todas as «mulheres erradas». Apesar disso, ele quer assentar.
Delores Warren é uma mulher diferente. O seu trabalho como engenheira espacial não a impede de ser sensual, extravagante e espontânea. Dee (como é conhecida) é decidida, principalmente no que respeita aos homens. Por ter vivido uma sucessão de relações que correram mal, resolve desistir dos compromissos sérios e aproveitar apenas os encontros casuais pelas noites de Nova Iorque.
Quando se conhecem, Matt acredita que encontrou finalmente a pessoa certa. Conseguirá ele fazê-la mudar de ideias e levá-la a aceitar um relacionamento sério?

Emma Chase é uma escritora norte-americana, bestseller do New York Times e do USA Today. Vive com o marido e com os filhos em New Jersey. 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Divulgação: Novidade Editorial Presença

Julianna Baggott
Título Original: Fuse
Tradução: Fátima Andrade
Páginas: 472
Colecção: Via Láctea Nº 122

Em Fusão, voltamos a encontrar Pressia, a jovem determinada a descobrir os segredos do passado; Lyda, a guerreira; Bradwell, o revolucionário; El Capitan, o guarda e por fim Partridge, um Puro. Juntos organizam um grupo de guerrilha para pôr termo a um plano secreto e diabólico que está a ser arquitectado pela elite científica da Cúpula. Se conseguirem vencer milhares de vidas poderão ser salvas, mas se não, a humanidade corre um grave perigo… 
Este segundo volume da trilogia, iniciada com o volume Puros, é o relato de uma aventura épica mas é também uma história de amor inesquecível.

Julianna Baggott é uma autora bestseller norte-americana, agraciada com diversas distinções literárias. O primeiro volume desta trilogia, Puros, que a Presença publicou, foi considerado um dos 100 Notable Books de 2012 pelo jornal The New York Times. Este segundo volume foi Editor’s Choise do New York Times Book Review. Os direitos da trilogia estão vendidos para mais de 15 países.

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Divulgação: Novidade Topseller

Quando o Homem se torna o grande inimigo de todas as outras espécies animais, o perigo espreita e o pânico instala-se, não só pelas ruas das cidades, mas até dentro das nossas próprias casas.
O comportamento animal está a mudar. E não para melhor. Por todo o mundo sucedem-se ataques de animais espalhando uma verdadeira epidemia de terror. Em todos os continentes, espécies selvagens, e até animais domésticos, ostentam subitamente uma atitude hiperagressiva em relação a um animal em particular: o Homem.
Jackson Oz, um jovem biólogo, assiste a esta escalada de episódios violentos com uma clara sensação de pânico. Quando vê, com os seus próprios olhos, um ataque organizado de leões em África, a enormidade da violência torna-se terrificamente clara. Com a ajuda da ecologista Chloe Tousignant, Oz tenta avisar os líderes mundiais antes que seja demasiado tarde. Os ataques aumentam em ferocidade, astúcia e planeamento e, em breve, não restará um único lugar seguro para o Homem se esconder.

James Patterson é desde há vários anos o autor n.º 1 absoluto em todo o mundo, segundo a revista Forbes. Patterson já criou mais personagens inesquecíveis do que qualquer outro escritor da atualidade. É o autor dos policiais Alex Cross, os mais populares dos últimos vinte e cinco anos dentro do género. Entre os seus maiores bestsellers estão também Invisível, Private: Agência Internacional de Investigação, The Women’s Murder Club (O Clube das Investigadoras), NYPD Red e A Amante.
Patterson é o autor que teve mais livros até hoje no topo da lista de bestsellers do New York Times, segundo o Guinness World Records  (67!). Desde que o seu primeiro romance venceu o Edgar Award, em 1977, os seus livros já venderam mais de 305 milhões de exemplares. Segundo dados de 2013, 1 em cada 26 livros (hardcover), vendidos nos EUA, foi escrito por James Patterson.
Em Portugal, James Patterson é publicado pela Topseller (Alex Cross, Private, NYPD Red, Confissões, Maximum Ride, Primeiro Amor, Invisível, A Amante, Um Anjo da Guarda) e pela Booksmile (séries juvenis Escola e Eu Cómico e A Casa dos Robots).

Michael Ledwidge é um escritor norte-americano com ascendência irlandesa. É coautor de mais de uma dezena de livros com James Patterson.

Divulgação: Novidade Esfera dos Livros

"É quase impossível percorrer Portugal de Norte a Sul sem me deparar com um palácio ou uma casa senhorial que me deslumbre com a sua beleza, grandiosidade e capacidade de me fazer sonhar com o passado e com a nossa História. O Palácio dos Duques de Cadaval, em Évora, faz parte de mim, daquilo que sou. Na minha família há mais de 600 anos, é aqui que estão as minhas origens e representa uma parte incontornável da minha vida. Mas há tantos edifícios nobres por este país… Falar do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, é também relembrar a rainha D. Maria Pia, que fez dele a sua casa e que ali deixou tantas memórias. O Palácio das Necessidades estará para sempre ligado à Família Real portuguesa, à morte de D. Pedro V e à partida de D. Manuel II, o último rei de Portugal, para o exílio. No Palácio dos Duques de Bragança, em Vila Viçosa, vivem memórias da Restauração da Independência e de D. João IV. Mas há jóias escondidas que muitos não conhecemos. Qual não foi a minha surpresa ao visitar o Paço de Calheiros, em Ponte de Lima, e descobrir uma casa senhorial lindíssima e recheada de histórias com uma vista deslumbrante, ou voltar à Casa de Água de Peixes, no Alvito, que pertence à Família Cadaval e é um tesouro oculto na planície alentejana? Neste livro levo-o por uma visita guiada pelos palácios e casas senhoriais de Portugal. Por aqueles que são incontornáveis no património arquitectónico português, mas também pelos que me trazem memórias de infância, recordações de momentos vividos em família ou com amigos, pelos que se encontram na Casa Cadaval há várias gerações ou que considero pontos de passagem obrigatórios num passeio por Portugal. Estes palácios e casas senhoriais destacam-se pela sua arquitectura imponente, mas se olharmos bem para eles e percorrermos os corredores do passado, descobrimos uma parte fundamental da nossa História – além das histórias de pessoas que construíram e deram alma a estes lugares mágicos e surpreendentes."

Diana, duquesa de Cadaval, nasceu em Genebra, na Suíça, e vive actualmente em Portugal, entre o Estoril e Évora. Formou-se em Comunicação Internacional na Universidade Americana de Paris e trabalhou na leiloeira Christie's, em Londres. Tem a seu cargo a actividade cultural do Palácio Cadaval, em Évora, o berço da família ducal há mais de seis séculos. Da agenda do palácio destaca-se o Festival Évora Clássica - desde 1994, hoje um Festival de Músicas do Mundo -, as mostras anuais de Arte Contemporânea e o Museu e a Igreja, abertos ao público e um dos pólos de atracção da capital alentejana. Com o marido, o príncipe Charles-Philippe d'Orléans, duque d'Anjou, Diana de Cadaval tem participado em missões humanitárias na Etiópia, Camboja, Sérvia e Egipto. Publicou com grande sucesso Eu, Maria Pia, em 4.ª edição, Maria Francisca de Sabóia, em 2.ª edição, e Mafalda de Sabóia, todos com A Esfera dos Livros.       

Divulgação: Novidade Porto Editora

Clemency Smittson foi adotada em bebé, e a única ligação à mãe biológica é um berço de cartão com borboletas pintadas à mão. Agora adulta, e em constante conflito com sentimentos de perda e rejeição, decide mudar drasticamente de vida e voltar a Brighton, a cidade onde nasceu.
Mas Clem não sonha que é lá que vai encontrar alguém que sabe tudo sobre a sua caixa das borboletas e a verdadeira história dos seus pais biológicos.
E quando percebe que nem tudo é o que parece, e que talvez tenha sido injusta com aqueles que mais a amam, haverá tempo para recuperar o que foi perdido? 

Traduzida em 30 línguas e com mais de 2 milhões de livros vendidos em todo o mundo, Dorothy Koomson é hoje uma das maiores referências do romance feminino. Ao livro mais emblemático – A filha da minha melhor amiga – seguiram-se outros sucessos que a tornaram uma das autoras preferidas dos leitores portugueses.

terça-feira, 16 de junho de 2015

O Contrato Social (Rousseau)

Da definição de um estado bem constituído e de conceitos como a soberania, o poder executivo e o do legislador. Das normas que constituem uma boa sociedade global e dos abusos que lhe podem ou não estar associados. De bons e maus líderes, monarcas e tiranos. Das bases do sistema, em suma. De tudo isto trata este livro, que, apesar da relativa brevidade, exige ao leitor toda a sua atenção para ponderar sobre questões que, há muito colocadas, nunca deixaram de ser actuais.
Poder-se-á considerar este livro como dividido em duas partes igualmente complexas: por um lado, a obra de Rousseau propriamente dita e, por outro, a longa e elaborada introdução. E, começando pela introdução, fica-se, desde logo, com uma boa ideia do quão exigente virá a ser esta leitura. Densa - talvez mais densa até que a própria obra - , citando uma multiplicidade de referências que, para quem não tenha qualquer conhecimento prévio do assunto, poderão afigurar-se como bastante obscuras, e pondo em evidência uma multiplicidade de perspectivas, enquanto introdução, pode-se dizer que é, por vezes, bastante difícil de seguir. Cumpre, ainda assim, o objectivo de abrir caminho para o que se seguirá, realçando ideias e pondo-as em evidência a partir de um ponto de vista possivelmente mais actual.
Passando efectivamente ao Contrato Social, nota-se, em contraste com a introdução, um registo mais fluído, mas igualmente denso, ou não fossem muitíssimo complexas as questões que nele são abordadas. É, aliás, a complexidade destas várias ideias interessantes, com tudo o que têm de relevante, que faz com que, independentemente das dificuldades, se mantenha viva a vontade de continuar a ler, de perceber mais, de ver o cenário global tal como representado aos olhos do autor.
Importa ainda realçar um outro aspecto. É que, nesta vastidão de ideias, há, ao mesmo tempo, uma clara afirmação da época em que a obra foi escrita - no olhar acutilante com que o autor se refere às religiões ou ao papel de determinados grupos na sociedade - mas também um todo mais vasto que se poderia aplicar a qualquer época ou sociedade. E, deste equilíbrio entre o que foi e o que continua a ser, surge algo de intemporal, de quase universal, que acaba por fazer com que todo o esforço de concentração tenha valido a pena.
É preciso que se diga que, apesar da relativa brevidade, nunca se poderá encarar este livro como uma leitura fácil, já que quer as elaborações da escrita quer a complexidade das ideias exigem ao leitor toda a sua atenção. Ainda assim, enquanto retrato do pensamento do seu tempo, mas, acima de tudo, enquanto reflexão global sobre os fundamentos da sociedade, é impossível deixar de ver a relevância de um tal escrito. E isso é mais que suficiente para justificar o porquê de valer a pena ler este livro. 

Título: O Contrato Social
Autor: Rousseau
Origem: Ganho num passatempo

Divulgação: Novidade Chiado Editora

“O ser que me habita a memória”, Um texto formado por duas perspectivas intercaladas que frequentam o mesmo universo de uma povoação desertificada - a aldeia de Banrezes – que, até finais do Sec.XIX, constituiu um pequeno aldeamento na província de Trás-os-Montes, concelho de Macedo de Cavaleiros. O leitor viaja para uma realidade desidratada de todos os aspectos caracterizadores das sociedades modernas. Encontramos aqui um universo pessoal, cru, perdido no tempo, perdido nas reminiscências da infância, um universo escravo das mãos de um tempo velho. Assistimos a uma descrição dos dias lentos, letárgicos e bucólicos, onde se expõe a cadência, o sentimento, e a dinâmica dos ritos perdidos da pequena população. Uma intensidade nostálgica que nos absorve e consome, que nos prende e nos chama. Vivenciamos um relato emocional de um modo de vida, já há muito extinto, onde a população isolada se une para combater as dificuldades da solidão. Fica ao leitor um dissabor na ponta da língua, um dissabor da interioridade perdida, da interioridade rica nas relações humanas, na proximidade entre os homens que, no mundo actual em constante aceleração, cada vez mais se eclipsa.

Fernando André Gonçalves nasceu em Guimarães no ano de 1979. É mestre em Arquitectura pela Universidade Lusíada - Faculdade de Arquitectura e Artes - e sócio-gerente do Atelier Zurban Arquitectura.
Se o prazer da leitura se edificou desde muito cedo, a necessidade em passar para o papel pequenas estórias, pensamentos e concepções, revelou-se elemento fulcral, quer no seu trabalho de Arquitecto como no de escritor. É na relação homem/território, comum aos dois campos, onde encontramos os temas decorrentes dos seus textos. Afinal o que é o homem sem a sua circunstância? “Em cada habitação projectada escreve-se uma história com personagens reais, com sentimentos reais, personagens que me sopram ao ouvido, que me relatam as suas vontades, os seus sonhos. O trabalho do arquitecto é o paraíso do escritor, resta-me sonhar com um final feliz e deixá-los viver”, escreveu um dia.
Reúne neste livro a sua primeira experiência no campo da literatura romanceada. Foi o conhecimento adquirido, ao longo dos anos, na área da habitação tradicional portuguesa e das próprias sociedades tradicionais, que tornou possível conhecer e calcar algumas das aldeias desertificadas que ponteiam o nosso país, tal como a povoação de Banrezes onde decorre a teia ficcional deste livro.

Divulgação: Novidade Porto Editora

Whit Mosley, juiz de paz na cidade de Port Leo, Texas, é um rapaz novo e descontraído, tanto na vida como no cargo. Em ano de reeleição, não parece muito interessado em lutar pelo seu emprego, o último numa longa lista de falhanços profissionais.
No entanto, as águas da pacata cidade costeira não vão demorar muito a agitar-se: uma noite, Whit é convocado para atestar um óbito. 
O cadáver pertence ao filho de uma senadora, regressado à terra natal depois de uma carreira no mundo da pornografia. Terá sido suicídio, alimentado por uma antiga tragédia familiar? Ou será que um assassino obcecado o usou como peão num jogo deturpado?
Quando Whit desafia a pressão política e começa a investigar, ele e a detective Claudia Salazar põem as suas carreiras e as suas vidas em perigo, expondo um ninho de barões da droga, vigaristas e tubarões sedentos de poder, todos em busca de sangue.
Mas nas areias quentes de Port Leo há segredos ainda mais obscuros enterrados... e ninguém é o que parece ser.

Escritor norte-americano, Jeff Abbott é licenciado em História e Inglês pela Universidade de Rice e trabalhou como director criativo numa agência de publicidade antes de se dedicar à escrita. Autor de vários livros de suspense e mistério, já esteve nomeado três vezes para o Edgar Allan Poe Award e duas vezes para o Anthony Award, atribuído pela World Mystery Conference. Actualmente vive em Austin com a mulher e os dois filhos.

Divulgação: Novidades Planeta

A história de uma plebeia de grande beleza, que ascende à realeza, servindo-se dos seus trunfos e que casa com o rei Eduardo IV. 
Embora de origens humildes, ela mostra estar à altura da sua elevada posição social e que luta tenazmente pelo êxito da sua família. 
Uma mulher cujos filhos estarão no âmago de um mistério que há séculos intriga os historiadores: o misterioso desaparecimento dos dois príncipes encarcerados na Torre. 
Através da sua visão única, Philippa Gregory explora o maior mistério por resolver, baseando-se numa investigação rigorosa e recorrendo ao seu inimitável talento como contadora de histórias.

Sophie Scaife quase tinha fugido ao destino, quando trocou o bilhete que a levaria para a faculdade por um bilhete para Tóquio. Mas um atraso no voo e um encontro escaldante com um desconhecido fê-la mudar de ideias, colocando-a no bom caminho para alcançar um ambicionado emprego numa revista de moda em Nova Iorque.
Quando o irresistível desconhecido daquela noite extraordinária se revela como o novo chefe, o milionário magnata da comunicação Neil Elwood, Sophie não resiste à oportunidade para reacender a chama entre os dois... e a oportunidade para explorar o seu lado submisso com o homem mais dominador que alguma vez conheceu. 
Neil é o único homem que compreendeu a sua necessidade de se submeter sexualmente, o único homem que conseguiu satisfazer esses desejos. Quando a sua relação tórrida e descomprometida se transforma em algo mais, Sophie terá de escolher entre a carreira e o coração... ou arriscar-se a perder ambas as coisas.

George R. R. Martin junta-se ao conhecido romancista Daniel Abraham e ao ilustrador Tommy Patterson para dar uma nova vida à obra-prima da fantasia heróica A Guerra dos Tronos,como nunca foi visto em graphic novels a cores, dando uma visão única do mundo idealizado por Martin. 
George R. R. Martin trabalhou dez anos em Hollywood como escritor e produtor de diversas séries e filmes de grande sucesso. 
Autor de muitos best-sellers, foi em meados dos anos 90 que começou a sua mais famosa obra: A Guerra dos Tronos, que se tornou na saga de fantasia mais vendida dos últimos anos.

Sincera, brilhante e divertida, esta é a história de um jovem tímido de Weston-super-Mare que se tornou numa verdadeira lenda. 
Desse percurso, John Cleese descreve: 
-A sua primeira aparição pública – uma camada de nervos! –, na Escola Preparatória St. Peter, aos oito anos e cinco sextos; 
-A sua infinitamente peripatética vida com os pais, incapazes de permanecer em qualquer casa por mais de seis meses; 
-As suas primeiras experiências no mundo do trabalho, como professor que nada sabe sobre os assuntos que era suposto ensinar; 
-Os dias em Cambridge, quando tinha um hamster; e o primeiro encontro com o homem que seria o seu parceiro de escrita por mais de duas décadas, Graham Chapman. 
-E assim por diante até à sua notável ascensão, escrevendo guiões para Peter Sellers, David Frost, Marty Feldman e outros, até aos históricos e marcantes Monty Python. 
Pontuada pelos pensamentos de John Cleese sobre temas tão diversos como a natureza da comédia, os méritos relativos do cricket e do esqui aquático, bem como a importância de conhecer as datas dos reinados de todos os reis e rainhas da Inglaterra, eis o desempenho magistral de um ex-professor. 
Este livro contém fotografias de John Cleese, da família e de colegas de trabalho.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Divulgação: Novidade Guerra e Paz

De 1961 a 1986, uma história de amor e guerra que atravessa os vários cenários do conflito colonial e regressa a Portugal com Afonso, o soldado esquecido. Sangue, paixão visceral e o retrato de um tempo que parece estar já longe demais. Um romance de fôlego.
Dez de Novembro de 1975: ao cair da noite, as últimas autoridades militares portuguesas abandonam Angola no paquete Niassa, horas antes da independência. O atirador especial Afonso está nas praias de Porto Amboim a vigiar a chegada de centenas de cubanos e não embarca no navio português que deixa para trás uma presença de quase cinco séculos. Afonso sobreviverá à guerra civil escondido durante onze anos, até ser capturado e repatriado. O psiquiatra que o acompanha no regresso a Lisboa quer saber tudo o que lhe aconteceu durante as sucessivas comissões nos três cenários da Guerra Colonial e não vai descansar enquanto não desvendar a história por detrás do soldado esquecido.
Recorrendo a testemunhos de cinco amigos e a consultas com o atirador especial para compreender o passado de quem se vai confrontar no regresso com um país tão distante do império colonial como é o Portugal de 1986, Adeus, África – A História do Soldado Esquecido refaz o mundo brutal dos jovens que foram combater sem saber o que lhes estava reservado – guerras em que matar inocentes e morrer em emboscadas eram situações triviais. Pelo meio, a história de amor a uma mulher que divide dois irmãos, um encontro com Che Guevara, um affaire com a jornalista francesa que encantou Salazar e muitas outras peripécias, numa narrativa baseada em factos e testemunhos reais.

João Céu e Silva nasceu em Alpiarça, em 1959, e viveu no Rio de Janeiro, onde se licenciou em História. É, desde 1989, jornalista do Diário de Notícias. 
Adeus, África – A História do Soldado Esquecido é o seu terceiro romance, publicado depois de ter recebido, em 2013, o Prémio Literário Alves Redol por A Sereia Muçulmana. É autor de vários títulos, que vão da investigação histórica à literária, dos quais se destaca a série Uma Longa Viagem, com volumes dedicados aos escritores José Saramago, António Lobo Antunes, Manuel Alegre, Álvaro Cunhal e Miguel Torga.

Divulgação: Novidade Quetzal

Esta Distante Proximidade, nomeado para o National Book Award, é como uma boneca russa – cada história contém histórias e os capítulos espelham-se uns aos outros. Uma narrativa riquíssima, luxuriante de incidentes e surpresas.
O que ela fez com os alperces, com a memória da mãe em desagregação, com um convite para a Islândia, e com uma doença é a matéria-prima bruta deste livro. 
Mas Rebecca Solnit vai muito além da sua própria vida, entrando em histórias que ouviu e leu, levando-nos para dentro da vida de outras pessoas: um canibal do Ártico, o jovem Che Guevara entre os leprosos, uma artista islandesa e o seu labirinto, um músico de blues que se cura da bebida com as histórias que conta a si mesmo. Assim, somos transportados através do frio e do calor, da generosidade e da imaginação, da distância e da empatia.
Publicada pela primeira vez em Portugal, Rebecca Solnit é uma das mais aclamadas escritoras americanas da actualidade

Multipremiada autora de mais de uma dezena de títulos publicados, Rebecca Solnit colabora regularmente com as revistas Bomb, Wired e Harper’s Magazine. Wanderlust: A History of Walking, A Field Guide to Getting Lost e River of Shadows (galardoado com os prémios National Book Critics Circle Award e Mark Lynton History Prize) são alguns dos seus livros mais importantes. Rebecca Solnit é activista em questões ambientais e dos direitos humanos desde os anos 1980. Vive em São Francisco.

domingo, 14 de junho de 2015

Cifra (Mai Jia)

Descendente de génios e de loucos, Rong Jinzhen aprendeu sozinho a sua forma de compreender a matemática. Foi essa capacidade, em primeiro lugar, a revelar o seu brilhantismo. Mas o seu génio é frágil e, por mais aspirações que tenha a conduzir uma investigação capaz de abrir grandes caminhos no futuro, há como que um lugar destinado no seu percurso. Tudo muda no momento em que é recrutado para uma unidade muito secreta, onde se deverá dedicar à decifração de cifras. Aí, a sua genialidade poderá conquistar-lhe o título de herói nacional. Mas basta um fracasso para que tudo desabe. E a ruína pode vir de onde menos se espera...
Apesar do grande mistério que paira sobre toda esta história, este é um livro que está muito longe de ser o habitual thriller de espionagem. Aliás, não podia ser mais diferente. Em primeiro lugar, porque a história não é propriamente uma aventura repleta de perigos, mas antes o registo da estranha e brilhante vida da sua figura central. E, em segundo lugar, porque a criptografia pode ser a base fulcral do percurso de vida de Jinzhen - mas não é a decifração o grande objectivo final da história, e nem sequer, muitas vezes, o centro da narrativa. 
O que me leva a uma das principais particularidades deste livro: a estrutura. Ainda que Jinzhen seja o cerne de toda a história, a narrativa recua até aos seus antepassados, divaga até à história particular dos que, de alguma forma, entram no seu caminho, e expande-se para um futuro em que o protagonista já não tem grande papel a desempenhar. Em resultado, o protagonista assume o seu papel de forma gradual, e desvanece-se como memória, sem que se perca a sua imagem de figura central.
Claro que isto, associado às longas - mas interessantes - exposições sobre os meandros da criptografia ou de outras explorações matemáticas levadas a cabo pelas personagens, confere à narrativa um ritmo pausado. Dificilmente se poderá ver este livro como leitura compulsiva, até porque a abundância de pormenores e teorias exige um certo tempo para que tudo seja assimilado. Ainda assim, cria-se uma estranha envolvência, em parte devido à tal aura de mistério que resulta do percurso de Jinzhen, mas acima de tudo pela forma como, apesar da aparente distância que caracteriza a sua personalidade, se cria uma fácil empatia para com o protagonista.
E depois há a complexa teia de mistérios que rodeia não só o percurso individual de Jinzhen, mas também os que o rodeiam. Segredos deixados por revelar, identidades ocultas, acções levadas a cabo sem conhecimento dos seus supostos protagonistas... Tudo isto levanta um conjunto de questões capazes de manter acesa a vontade de saber mais. E se nem tudo encontra respostas - ou, pelo menos, as respostas desejadas - no fim, tudo faz sentido, e o equilíbrio entre o que é revelado e o que fica por dizer acaba por ser o mais adequado.
A soma de tudo isto, é um livro que exige o seu tempo e uma boa medida de concentração, mas também uma história que, apesar dos muitos pormenores e de tudo o que tem para se assimilar, facilmente conquista um lugar na memória, tanto pela estranha vida do seu protagonista, como pelo que reflecte do mundo em seu redor. Muito interessante, portanto, e muito bom. 

Título: Cifra
Autor: Mai Jia
Origem: Recebido para crítica