9 de Agosto de 1945. Nagasaki. Hiroko Tanaka sai para a varanda e absorve a paisagem de socalcos que conduzem ao céu. A rapariga de 21 anos, embrulhada num quimono com três grous pretos estampados nas costas, está apaixonada pelo homem com quem vai casar, Konrad Weiss. Num milésimo de segundo o mundo fica branco. Depois explode ao som do fogo e com o horror da tomada de consciência do que aconteceu. No entorpecimento consequente ao explodir da bomba que oblitera tudo o que ela conheceu, apenas restam as queimaduras em forma de ave nas suas costas, uma memória indelével do mundo que perdeu.
Dois anos depois, procurando recomeçar, Hiroko viaja para Deli. Vai conhecer a meia-irmã de Konrad, Elizabeth, o marido desta, James Burton, e o empregado deles, Sajjad Ashraf. Com o passar dos anos, outros lares substituem os que ficaram para trás e as velhas guerras são ultrapassadas perante os novos conflitos. Mas as sombras da história – pessoais, políticas – alongam-se sobre os mundos entrelaçados dos Burton, dos Ashraf e dos Tanaka quando são transportados do Paquistão para Nova Iorque, e, no espantoso clímax da história, para o Afeganistão no pós-11 de Setembro. Os laços que os uniram ao longo de décadas e de gerações são testados ao extremo, com consequências imprevisíveis.
Passado no East End de Londres, dos finais dos anos 70 até ao presente, A Firma fala de drogas, de prostituição e da luta de uma jovem pela sobrevivência – contra tudo e todos.
Imelda Dooley está assustada – está grávida e agora está sozinha. O pai, um homem perigoso, certificar-se-á de que alguém paga por isso. Por isso Imelda conta uma mentira que, literalmente, causa algumas mortes. Quando o marido de Mary Dooley é morto, ela sabe que tem de se esforçar por manter a família de pé. E é isso que faz, e torna-se um nome importante. Mas, mesmo assim, tem de ver a vida da filha cair num ciclo vicioso e abominável de drogas e prostituição.
Marco Aurélio, o último dos “cinco bons imperadores” de Roma, é a única grande figura da Antiguidade que ainda nos toca, quase dois mil anos após a sua morte. Podemos entusiasmar-nos com os feitos de Alexandre o Grande, de Aníbal ou de Júlio César, mas a única voz do mundo greco-romano que ainda parece assumir relevância na nossa contemporaneidade é a do homem que dirigiu o Império Romano entre 161 e 180 d. C.
Seleccionado por Adriano para futuro imperador, Marco Aurélio foi educado por alguns dos maiores académicos do seu tempo. Escritas enquanto estava em campanha, entre 170 e 180, as suas Meditações são um guia para nos orientar na vida, conferem a perspectiva da espiritualidade aos ateus, a felicidade sem o Paraíso e a moralidade sem a religião, permanecendo um dos livros da Antiguidade mais lidos em todo o mundo.
O reinado de Marco Aurélio prenunciou a inevitável queda do Império Romano, apesar de a sua vida ter representado o cumprimento do famoso ditame de Platão, segundo o qual a Humanidade só poderá prosperar quando os filósofos se tornarem dirigentes e os dirigentes filósofos.
Marco Aurélio promete ser a biografia mais nítida e decisiva, até à data, de tão monumental figura histórica.
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