A Porto Editora publica no próximo dia 18 de Março o primeiro romance do historiador João Pedro Marques. Os Dias da Febre é uma viagem pelos sons, os cheiros, as cores, as gentes, as casas, os costumes – numa palavra, pela vida – da Lisboa de meados do século XIX. Mesmo antes da sua publicação, a obra de estreia de João Pedro Marques já conquistou adeptos: Maria Filomena Mónica considera-o “um livro estimulante”; a também historiadora Maria Fátima Bonifácio destaca o “enredo de uma notável originalidade e muitíssimo bem construído”.
Apoiada por uma escrita sedutora, que se concilia facilmente com o rigor dos factos, a narrativa de João Pedro Marques distingue-se pela subtileza com que transporta o leitor para o quotidiano burguês do século XIX, tornando Os Dias da Febre numa leitura, mais do que agradável, surpreendente.
O livro principia com Elvira Sabrosa descendo a Calçada de Santana e espreitando por entre as cortinas da sua carruagem. Num dado momento, vislumbra Robert Huntley, um inglês que não via desde os tempos da infância, há mais de 20 anos.
Os Dias da Febre narra as circunstâncias que conduziram ao reencontro de Robert e Elvira, e o que dele decorreu. A acção situa-se em 1857, quando Lisboa estava a ser atingida por uma epidemia de febre-amarela que mataria quase 5 mil pessoas. É nesse contexto que a intriga se desenvolve e que o leitor é convidado não só a conviver com as figuras da época, mas também a percorrer a cidade em toda a sua diversidade, dos camarotes do S. Carlos às ruas apertadas de Alfama, das enfermarias do Hospital de S. José às bancadas das Cortes, dos salões das senhoras das classes altas ao bulício do café Nicola.
Romance histórico escrito por um historiador de reconhecido mérito e extensamente apoiado na documentação existente, Os Dias da Febre assume-se, mais do que um romance sobre uma epidemia, a morte e o amor, como um documento estimulante e fiel à época que representa.
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