Uma das regras essenciais no mundo dos Predadores da Noite é que atacar um humano está fora de questão. Mas, por vezes, surgem circunstâncias em que pensamentos de rebelião dão origem a acções intoleráveis. Nessas alturas, cabe a Alexion intervir. Desta vez, contudo, as coisas são pessoais para a mão executora de Acheron: um dos rebeldes foi, em tempos, seu amigo. E a mulher a quem compete ajudá-lo ou morrer desperta em si sentimentos mortos há nove mil anos...
Envolente e cheio de sensualidade, como sempre, este livro apresenta um lado diferente do sistema dos Predadores da Noite, revelando um pouco mais do mundo privado de Acheron, ao mesmo tempo que prepara caminho para acontecimentos de maior impacto global no futuro. Como habitual, a história centra-se no casal, mas também é este é invulgar: é a protagonista feminina quem pertence aos Predadores da Noite. Alexion é... "outra coisa". E esta particular escolha de protagonistas permite uma visão clara tanto do que pode abalar o sistema cuidadosamente planeado dos Predadores da Noite (e aqui é interessante ver o poder de uma mentira, mesmo que pouco credível) como do que reside no mundo das forças superiores. Apresenta também uma interessante abordagem ao que será a vida depois da morte (bem, da segunda morte) destes seres invulgares.
Também característico desta série é o passado atormentado dos protagonistas, particularmente marcante neste livro em que tanto Alexion como Danger têm sombras e traições na sua história. E também isto contribui para a força emotiva dos momentos mais marcantes, já que, para além do passado, há também uma certeza de perda inevitável ao longo de parte do livro, limitação que confere intensidade aos momentos mais intensos da narrativa.
Ficam, como sempre, algumas perguntas por responder. Ainda assim, e no que toca à história de Danger e Alexion em particular, a impressão final é a de uma história intensa, sensual e emotiva, com uma conclusão particularmente marcante. Cativante e agradável, uma boa leitura.
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