Um bom jornalista é também um bom contador de histórias. E se Roby Amorim contou com mestria as histórias dos outros, também o fez com a que lhe era mais próxima, até hoje inédita.
Este é o registo de um mundo que terminou com a morte da própria avó. Maria Inácia da Conceição de Faria Machado Pinto Roby de Miranda Pereira da Rocha Tinoco, a personagem central desta narrativa, nasceu quando Portugal se digladiava entre facções ultraconservadoras e progressistas, em plena revolta da Maria da Fonte, e morreu durante a Guerra Civil espanhola.
Como refere António Lobo Antunes, «Roby Amorim consegue transformar uma Mulher na saga de uma família e de um tempo, com um bom gosto e um poder evocativo de alto calibre. [...] quero apenas pedir LEIAM ISTO, uma vez que o engenho do Autor nos retrata também a nós mesmos, nos diversos tempos de que somos feitos.»
José de ROBY AMORIM. (Braga, 1927 – Lisboa, 2013) foi um dos nomes mais respeitados do jornalismo português. Iniciou a sua carreira no Correio do Minho, tendo passado pelo Diário Ilustrado, ABC, O Século (onde chegou a director por nomeação da redacção), Diário de Lisboa e as agências de notícias ANOP e Lusa. Desde sempre focado na temática histórico-cultural portuguesa, recebeu ao longo da carreira dezenas de prémios.
Publicou Elucidário de Conhecimentos Quase Inúteis, Da Mão à Boca – Para uma História da Alimentação em Portugal e ABC dos Sabores Portugueses e Mais Alguns.
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