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William C. Carter, o aclamado biógrafo de Proust, retrata as aventuras e desventuras do escritor francês da adolescência à idade adulta, evocando as próprias observações sensíveis, inteligentes e não raras vezes desiludidas de Proust sobre o amor e a sexualidade, através das suas cartas por vezes surpreendentemente explícitas. Proust é retratado como um homem dolorosamente dividido entre o medo constante da exposição pública da sua homossexualidade e a necessidade de encontrar e expressar o amor. Ao contar a história dos amores e desamores de Proust, William C. Carter demonstra também como as expe-riências amorosas do escritor se tornaram temas centrais do seu romance Em Busca do Tempo Perdido.
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Neste romance transgeracional, vencedor da última edição do California Book Award, Adam Mansbach plasma três gerações através de um épico familiar que se desenrola com a história do século XX e a contemporaneidade do século XXI como pano de fundo. Posicionado pela crítica na linhagem de Bernard Malamud, Saul Bellow e Philip Roth, Mansbach alia ao romance judeu a experiência contemporânea e a percepção da hibridação cultural. Tristan Brodsky, escritor directamente saído do Bronx da Era da Depressão, é um daqueles génios judeus que deixam uma marca indelével na cultura americana, enquanto sufoca a sua mulher, uma poeta com segredos bem guardados; Nina Hricek, uma jovem e enérgica fotógrafa checa, evade-se do outro lado da Cortina de Ferro com um grupo de músicos negros para se encontrar de novo encurralada, desta feita num caso amoroso condenado; e Tris Freedman, neto de Tristan e amante de Nina, um artista graffiti e revolucionário desancorado, canibaliza a história da sua família para alimentar a sua musa. As suas histórias convergem e a sobrevivência de cada um implica o sacrifício do outro.
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Escrito em “lisboeta”, A Borboleta na Gaiola recria, ao estilo do realismo cinematográfico, um certo território citadino: o microcosmos da esquerda no ano que antecede a Revolução, que se arrasta pela noite numa forma peculiar de querer gostar da vida e de fazer a mudança.
Vistosa, como a borboleta, esta gente não produz, porém, um único som que incomode verdadeiramente o poder. Isso é para os pássaros canoros, os autênticos revolucionários, que estão ausentes deste romance. Todavia, acaba também privada de voo.
Publicado pela primeira vez em 1984, e adaptado ao cinema pelo próprio autor, ressurge agora por ele revisitado, mantendo uma actualidade desconcertante.
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Agraciado este ano com a Medalha Jorge Amado da União Brasileira da Escritores, Miguel Barbosa explora, neste seu último livro de poesia, as relações de atracção, acusação, compreensão, perplexidade, perdão entre Deus e o Homem. E também a razão desse diálogo, serpenteante, sinuoso, apaixonado – o absurdo do que é, do que se faz, do que se diz.
O absurdo do que existe, do que está aí. A divindade surge, assim, comoventemente humanizada, a dialogar com o homem, a desejar a sua aprovação, como que a desculpar-se da imperfeição, do absurdo, do erro.
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