Dez anos antes, a sua coragem salvou a sua aldeia. Agora, Auraya é uma entre os Eleitos dos Deuses e os seus dons mágicos são poderosos. Há uma ameaça, contudo, que pende sobre a Ithania do Norte e os Brancos têm de estabelecer alianças entre os povos e preparar-se para a guerra contra os Pentadrians. Enquanto descobre a verdadeira força das suas capacidades e os sentimentos que foram nascendo dentro de si, Auraya terá também de estar à altura da missão que lhe foi atribuída não só pelos seus iguais, mas também pelas forças superiores.
Um mundo complexo, cuidadosamente descrito, onde deuses, criaturas e até mesmo objectos têm os seus nomes peculiares e um sistema hierárquico interessante, com vários pontos em comum com outros já conhecidos mas com várias particularidades que o diferenciam, são dois dos pontos que tornam este livro numa leitura bastante cativante. Dada a vastidão do universo apresentado, seria de prever alguma dificuldade em assimilar todos os termos e conceitos, mas a verdade é que a escrita envolvente da autora e a forma como muitas das informações são gradualmente apresentadas leva a que essa dificuldade se manifeste apenas nos primeiros capítulos. E, apesar das variações de costumes e características dos diferentes grupos em conflito neste livro, o enredo nunca se torna monótono.
Não existe uma única história neste livro. Apesar de todos os elementos terem, de alguma forma, ligações a Auraya, a autora não se centra nesta personagem, desenvolvendo cuidadosamente as características e histórias próprias dos outros intervenientes. E é neste desenvolvimento de personagens que encontrei o elemento mais interessante deste livro. Com temperamentos e personalidades diversas, existem ao longo do enredo personagens capazes de apelar a vários tipos de leitor. Quase todos humanos e, portanto, imperfeitos, cada um deles tem o seu elemento próprio capaz de cativar o leitor, sendo o meu favorito incondicional o Tecedor de Sonhos Leiard. E isto leva-me a outro aspecto muito bem caracterizado neste livro: as crenças dos diferentes povos e respectiva interacção com os deuses.
Uma obra envolvente, complexa, mas que nunca perde o elo às questões emotivas pessoais e que nos deixa um final surpreendente, semeando uma curiosidade inevitável relativamente ao que sucederá no próximo volume. Sem dúvida um excelente início para uma saga que se adivinha fascinante e que não posso deixar de recomendar.
Tenho muita curiosidade em ler este livro, e esta opinião só serviu para me aguçar ainda mais a curiosidade.
ResponderEliminarÉ engraçado que esta autora está com uma outra trilogia (do Mágico Negro) publicada em Portugal, curiosamente, por outra editora. Porque será =/ ?
ResponderEliminarBem, tanto quanto sei as duas trilogias não têm relação em termos de mundo e de história, por isso provavelmente o que aconteceu foi que cada editora comprou os direitos só de uma das sagas.
ResponderEliminarE se a trilogia do Mágico Negro for tão interessante como esta, vou querer ler!
ui não conhecia este livro nem esta autora!
ResponderEliminarvou ficar atenta... com esta opinião, quem não ficaria?
adorei ler este livro! :D
ResponderEliminarnum só dia ficou lido, agora estou à espera (de uma forma ansiosa) para que chegue o seguinte.
recomendo a todos ;)
Por acaso, encontrei este artigo através do google. A quem ainda não leu as duas trilogias da senhora Trudi Canavan, aconselho a sua leitura em inglês, língua original. A tradução está, tanto para a Age of the Five como Black Magician Trilogy, um tanto ou quanto ranhosa.
ResponderEliminar"Tropecei" sem querer com Trudi Canavan e decidi arriscar, comprando o livro. Logo nas primeiras páginas, fiquei completamente rendida... a construção das personagens, o universo criado, o fio condutor da história, a evolução e a imaginação prodigiosa da autora, são uma agradável surpresa.
ResponderEliminarAgora só penso em comprar o 2º volume...