sábado, 26 de julho de 2014

Jogo Arriscado (Janet Evanovich)

Stephanie Plum, caçadora de recompensas com uma propensão para o desastre, têm, finalmente, em mãos o caso que pode equilibrar a sua conta bancária. Geoffrey Cubbin, acusado de desviar cinco milhões de dólares, desapareceu do hospital depois de ter sido operado ao apêndice. A recompensa é elevada e Stephanie precisa de o descobrir, mas a missão não é nada fácil. É que não parece haver nenhuma pista e ninguém no hospital está disposto a colaborar. Como se não bastasse, Stephanie aceita também um trabalho como guarda-costas de Ranger, no que parece ser uma situação relativamente inócua - ou tão inócua quanto um casamento pode ser - mas que implica alguns perigos ocultos... 
Quem já conhece esta série e a sua protagonista sabe, à partida, o que esperar: uma história leve, com momentos caricatos em abundância, acção e humor quanto baste e, no conjunto, uma leitura descontraída e agradável. Este livro não foge à regra. Mais uma vez, Stephanie Plum revela a sua característica fundamental de "íman para a catástrofe" num conjunto de episódios peculiares, mas cativantes, em que o exagero dos momentos mais estranhos se conjuga com uma forma simples e directa de narrar as coisas. O resultado, como não podia deixar de ser, é uma leitura com tanto de improvável como de divertido.
É, aliás, pelo improvável que se define muito desta história, tanto nos acontecimentos como nas personagens. Relações amorosas, familiares e de amizade, sem esquecer as sempre ambíguas interacções com Ranger, surgem descritas como sendo quase normais, mas com momentos em que o surreal domina. E o curioso é que, apesar do que isso tem de estranho, a leitura não perde nada com todo esse ambiente algo invulgar e exagerado. Talvez porque já se tornou familiar, ou talvez pelo que tem de divertido, o cenário de estranheza que envolve a vida de Stephanie Plum, nos incidentes mais dramáticos (se assim se lhes pode chamar) ou as mas simples conversas, acaba por ser estranhamente cativante.
Quanto aos casos que Stephanie tem para resolver, muitos deles acabam por ter uma resolução relativamente simples, também porque a forma como a autora os descreve acaba por ser bastante sucinta. Ainda assim, e apesar de algumas questões resolvidas de forma apressada, a questão de Geoffrey Cubbin acaba por sobressair como um mistério invulgarmente vasto para o que é habitual nestes livros, o que surge também como uma surpresa agradável.
A soma de tudo isto é a já expectável leitura leve e cativante, sem grandes surpresas, mas com bastante humor e momentos peculiares em abundância. Um bom livro para descontrair, em suma.

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