Aurora Negra (L.J. Smith)

Quando a namorada do irmão lhe diz que este morreu num acidente, Maggie recusa-se a acreditar. A explicação é inconsistente e o discurso de Sylvia parece ser demasiado ensaiado para alguém a lidar com tão grande perda. Por isso, Maggie decide investigar. Mas o que acabará por descobrir é bem diferente que se esperava e a jovem acabará por se encontrar num mundo bem diferente, onde os sobrenaturais reinam soberanos e o príncipe de todos eles é, não só, uma figura importante para uma antiga profecia, mas também a sua alma gémea.

Os elementos que se destacam como pontos positivos neste livro são fundamentalmente os mesmos dos anteriores. Apesar de não se tratar de uma história particularmente complexa, a autora consegue criar um ritmo envolvente e, revelando sempre um pouco mais sobre o Mundo da Noite, principalmente agora que pequenas ligações entre as diferentes histórias são já visíveis, mantém-se constante a curiosidade em descobrir um pouco mais. Tudo isto num ritmo de acção bastante intenso, com personagens interessantes (e aqui os que mais se destacam são nitidamente Delos e Aradia) e alguns momentos de agradável sentido de humor.

Poderia, talvez, haver um pouco mais de desenvolvimento nalguns aspectos. A relação entre Maggie e Delos e, principalmente, o processo de descoberta dos poderes deste último acabam por suceder bastante depressa, deixando a sensação de que mais poderia ser dito tanto a nível de contextualização com de força emocional. Ainda assim, a história não perde o interesse e, com a sua escrita leve e agradável, não deixa de ser uma leitura intrigante e cativante.

Leve, talvez um pouco breve, um livro interessante para descontrair durante algum tempo, com os seus novos desenvolvimentos acerca do Mundo da Noite e da iminente guerra entre Dia e Escuridão.